CULTOS CONGREGACIONAIS – DE ONDE VIERAM?

Eles surgiram na época dos judeus, no formato da Sinagoga.

Se você ler atentamente, vai ver que antes no AT os cultos eram feitos no Santuário, depois nos Templos de Salomão, Zorobabel e Herodes, respectivamente.

Mas todos tinham o mesmo formato devido ao sistema sacrifical que seguiam. A congregação não existia e assistia a tudo de forma passiva. Os Sacerdotes ministravam rituais e quando liam a Torah, o faziam para todo o povo que se ajuntava na frente do templo para ouvir a leitura. A maioria era iletrada e somente os escribas e doutores da lei sabiam ler e escrever.

Com a invasão de Jerusalém e posteriormente o domínio dos Medo-persas, os judeus cativos passaram a se utilizar das Sinagogas. Os Persas se utilizavam de locais como estes, que eram centros culturais onde a leitura e a discussão eram incentivados. O formato de culto congragacional surgiu aqui.

Embora os judeus não reconhecessem que presença Divina (Shekinah) se manifestasse na Sinagoga, muito do louvor ali executado, a leitura, meditação e orações, foram caracterizando um culto. Isso permitiu a idolatria da Torah que era reverenciada como objeto sagrado. Enquanto isso no templo o ritual de sacrifícios continuava e a presença Divina era ali cultuada.

Na transição do judaísmo para o cristiansimo, o formato da Sinagoga foi mantido. Paulo coloca algumas regras para o culto cristão da época, impedindo a participação das mulheres, pedindo que elas permanecessem em silencio (como nas sinagogas).

A Igreja Romana chegou importando o formato de culto do paganismo e descaracterizou os cultos cristãos primitivos.

Mas com a Reforma o culto congregacional foi resgatado, só que o formato foi inspirado no parlamento das nações democráticas que emergiam na sociedade livre da europa.

O que temos nas igrejas tradicionais é o púlpito como parlamento, onde todos crentes são convidados a testemunhar (pregação) do que Jesus Cristo fez em sua vida à luz das Escrituras Sagradas.

O louvor é participativo e ativo na congreagação – não apenas dos artistas no palco. O evento do culto é uma expressão do coração e não algo comtemplativo ou de entretenimento para se observar ou interagir como diversão.

O louvor, adoração e exposição das Escrituras tem caráter meditação. O barulho, som alto e movimento é desmotivado. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” I Co 14:40.

Conclusão – desde os primórdios no Tabernáculo, a leitura das Escrituras era a ordem do culto; o louvor era congregacional havendo muita reverência e meditação. Mesmo no formato das Sinagogas que tinha um caráter cultural, as escrituras eram o centro do culto e tudo feito com muita ordem e descência. A Reforma que foi a grande revolução na igreja, não tirou muito deste formato. E não deve ser diferente hoje.

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