A REFORMA PROTESTANTE NÃO ACABOU

Os Adventistas do Sétimo Dia como Herdeiros da Reforma

A Reforma Protestante do século XVI não foi um evento isolado, mas o início de uma obra divina destinada a restaurar gradualmente a verdade bíblica. O mesmo espírito de reforma que moveu Lutero e os primeiros reformadores deveria continuar até o fim dos tempos. Para ela, o protestantismo moderno se afastou de seus fundamentos, e o manto da reforma passou para um povo que mantém viva a bandeira da verdade: os adventistas do sétimo dia.


1. A necessidade de continuar a Reforma


Embora os reformadores tenham restaurado verdades fundamentais, sua obra não foi completa:


“Há em nosso tempo um vasto afastamento das doutrinas e preceitos bíblicos, e há necessidade de uma volta ao grande princípio protestante — a Bíblia, e a Bíblia só, como regra de fé e prática. […] A mesma inseparável adesão à Palavra de Deus que se manifestou na crise da Reforma, é a única esperança de reforma hoje.”

— O Grande Conflito, p. 205 


A verdadeira Reforma deve prosseguir até que todas as verdades bíblicas sejam restauradas. O protestantismo, ao buscar o favor do mundo, “distanciou-se daquele dos dias da Reforma” (O Grande Conflito, p. 499 ). Assim, a responsabilidade de continuar a obra reformadora recai sobre um povo que mantém o princípio da sola Scriptura e a fidelidade aos mandamentos de Deus.


2. O afastamento do protestantismo moderno


O protestantismo moderno perdeu o espírito de busca às verdades que oos reformadores iniciaram:


“O protestantismo moderno muito se distancia daquele dos dias da Reforma. […] Em vez de permanecerem em defesa da fé que uma vez foi entregue aos santos, estão hoje […] justificando Roma.”

— O Grande Conflito, p. 499 


Esse afastamento é como um sinal de apostasia e alerta que o “professo mundo protestante formará uma confederação com o homem do pecado” (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, p. 368 ). Assim, o verdadeiro espírito da Reforma — a fidelidade à Palavra e à consciência — não se encontra mais no protestantismo popular, mas em um remanescente que permanece fiel à lei de Deus.


3. O povo adventista como sucessor da Reforma


O movimento adventista não é mais uma igreja, mas a continuação da Reforma inacabada:


“O nome Adventista do Sétimo Dia é uma contínua exprobração ao mundo protestante. […] É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas.”

— Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 223-224 


Ao guardar todos os mandamentos de Deus e proclamar as mensagens dos três anjos (Apocalipse 14), os adventistas se colocam no ponto culminante do movimento reformador, chamando o mundo cristão de volta à obediência total à Palavra.


4. O princípio protestante da liberdade de consciência


Os reformadores protestaram contra toda imposição religiosa e defenderam o direito de adorar conforme a consciência. Devemos recordar o protesto de Espira (1529) como o ápice dessa luta:


“A coragem, fé e firmeza daqueles homens de Deus alcançaram para os séculos que se seguiram a liberdade de pensamento e consciência. […] Os princípios são a própria essência do protestantismo.”

— O Grande Conflito, p. 197 


A crise final girará novamente em torno desse mesmo princípio — a obediência a Deus em oposição às exigências humanas (Eventos Finais, p. 147-148 ). Portanto, o movimento adventista revive os ideais centrais da Reforma: a supremacia das Escrituras e a liberdade religiosa.


5. O clímax da Reforma e a restauração final da verdade


A Reforma que começou com Lutero culminará com a proclamação da última mensagem de advertência ao mundo.


“O protestantismo dará a mão da comunhão ao poder romano. […] No próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem à besta.”

— O Grande Conflito, p. 615-616 


A missão adventista, ao denunciar essa união e exaltar o sábado bíblico, representa o último ato da Reforma — a restauração plena da verdade e da adoração genuína.


Conclusão


A Reforma Protestante não terminou com Lutero, Zwínglio ou Calvino. Ellen G. White mostra que a obra de restauração da verdade avança até o tempo do fim, quando o remanescente de Deus — identificado como os adventistas do sétimo dia — ergue novamente a bandeira da Reforma com a proclamação: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é chegada a hora do seu juízo.” (Apocalipse 14:7).


Assim, longe de ser uma nova igreja, o movimento adventista é a continuação e o clímax da Reforma Protestante, chamado por Deus para restaurar a verdade completa e preparar o mundo para a volta de Cristo.


Leia também: A CONTINUIDADE DA REFORMA

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