O secularismo alcançou os cultos das igrejas. Os cultos foram criados para engrandecer o Nome de Jesus, sob o qual “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” At 4:12.
Mas desde a época da igreja primitiva tem sido objetivo do “império das trevas” Cl 1:13, corromper o culto, a adoração e o louvor.
Passando pelo culto apostatado da igreja romana, até hoje nos cultos pós-modernos o que vemos é um desvio da adoração para o show, entretenimento e o espetáculo.
O jornal The New Yok Times descreve um desses cultos – “A atmosfera estava elétrica na igreja Renascer em Cristo na noite de "Extreme Fight". Seguidores da igreja vestiam jeans e tênis, muitos com bonés virados para trás, e se alinhavam num ringue de boxe temporário para aplaudir lutadores de jiu-jitsu de peitos desnudos. Eles gritavam quando o favorito dos fãs, Fabio Buca, resistiu ao seu oponente após vários minutos. Eles ficaram frenéticos quando o Pastor Dogão Meira, de 26 anos, abateu o seu opositor, segurando ele com uma chave de braço por apenas 10 segundos de luta”.
Tudo é uma questão de estratégia – “Aqui eles entram na igreja, às vezes para ver uma competição de luta, recebem a palavra de Jesus Cristo, e começam uma transformação. Eles vão deixar as drogas, começar a respeitar sua família e começar a curar doenças da alma, como ansiedade, depressão, drogas, álcool e prostituição", disse o pastor Dogão Meira da igreja Renascer.
O fenômeno é pós-moderno ou seja, surgiu no final do século 20. As igrejas impulsionadas pela mídia televisiva transmitem seus cultos no formato de show. A Igreja Internacional da Graça, liderada pelo missionário R.R. Soares possui esse slogan – Show da Fé.
A Igreja Universal do Reino de Deus, com seus dois canais de TV e dezenas de rádio transformou seus cultos em programas populares, onde a igreja é o cenário e os pastores os astros.
Os músicos evangélicos foram os grandes propulsores deste formato de culto. Eles copiaram as apresentações das grandes bandas de música popular (rock, dance music, sertanejo etc) e fizeram do louvor um verdadeiro show business. Com dança, fumaça, luzes e o som muito alto, o louvor foi engessado no formato do show – você não louva, você se diverte.
Com esse formato de louvor, os púlpitos sumiram ou foram minimizados; os aparelhos de som, instrumentos como baterias enormes, guitarras e teclados tomam conta da plataforma da igreja.
Embora o nome de Jesus seja gritado, entoado nas músicas e invocado nas orações, o centro do programa não é a pregação das Escrituras, mas o show musical e o espetáculo.
Algumas perguntas surgem diante deste novo cenário de culto, adoração e louvor. As pessoas vão lá para se divertir ou para adorar? A excitação das luzes e do som alto permite a meditação espiritual que as escrituras exigem?
Eles estão adorando a quem?
CULTOS CONGREGACIONAIS – DE ONDE VIERAM?
Eles surgiram na época dos judeus, no formato da Sinagoga.
Se você ler atentamente, vai ver que antes no AT os cultos eram feitos no Santuário, depois nos Templos de Salomão, Zorobabel e Herodes, respectivamente.
Mas todos tinham o mesmo formato devido ao sistema sacrifical que seguiam. A congregação não existia e assistia a tudo de forma passiva. Os Sacerdotes ministravam rituais e quando liam a Torah, o faziam para todo o povo que se ajuntava na frente do templo para ouvir a leitura. A maioria era iletrada e somente os escribas e doutores da lei sabiam ler e escrever.
Com a invasão de Jerusalém e posteriormente o domínio dos Medo-persas, os judeus cativos passaram a se utilizar das Sinagogas. Os Persas se utilizavam de locais como estes, que eram centros culturais onde a leitura e a discussão eram incentivados. O formato de culto congragacional surgiu aqui.
Embora os judeus não reconhecessem que presença Divina (Shekinah) se manifestasse na Sinagoga, muito do louvor ali executado, a leitura, meditação e orações, foram caracterizando um culto. Isso permitiu a idolatria da Torah que era reverenciada como objeto sagrado. Enquanto isso no templo o ritual de sacrifícios continuava e a presença Divina era ali cultuada.
Na transição do judaísmo para o cristiansimo, o formato da Sinagoga foi mantido. Paulo coloca algumas regras para o culto cristão da época, impedindo a participação das mulheres, pedindo que elas permanecessem em silencio (como nas sinagogas).
A Igreja Romana chegou importando o formato de culto do paganismo e descaracterizou os cultos cristãos primitivos.
Mas com a Reforma o culto congregacional foi resgatado, só que o formato foi inspirado no parlamento das nações democráticas que emergiam na sociedade livre da europa.
O que temos nas igrejas tradicionais é o púlpito como parlamento, onde todos crentes são convidados a testemunhar (pregação) do que Jesus Cristo fez em sua vida à luz das Escrituras Sagradas.
O louvor é participativo e ativo na congreagação – não apenas dos artistas no palco. O evento do culto é uma expressão do coração e não algo comtemplativo ou de entretenimento para se observar ou interagir como diversão.
O louvor, adoração e exposição das Escrituras tem caráter meditação. O barulho, som alto e movimento é desmotivado. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” I Co 14:40.
Conclusão – desde os primórdios no Tabernáculo, a leitura das Escrituras era a ordem do culto; o louvor era congregacional havendo muita reverência e meditação. Mesmo no formato das Sinagogas que tinha um caráter cultural, as escrituras eram o centro do culto e tudo feito com muita ordem e descência. A Reforma que foi a grande revolução na igreja, não tirou muito deste formato. E não deve ser diferente hoje.
Se você ler atentamente, vai ver que antes no AT os cultos eram feitos no Santuário, depois nos Templos de Salomão, Zorobabel e Herodes, respectivamente.
Mas todos tinham o mesmo formato devido ao sistema sacrifical que seguiam. A congregação não existia e assistia a tudo de forma passiva. Os Sacerdotes ministravam rituais e quando liam a Torah, o faziam para todo o povo que se ajuntava na frente do templo para ouvir a leitura. A maioria era iletrada e somente os escribas e doutores da lei sabiam ler e escrever.
Com a invasão de Jerusalém e posteriormente o domínio dos Medo-persas, os judeus cativos passaram a se utilizar das Sinagogas. Os Persas se utilizavam de locais como estes, que eram centros culturais onde a leitura e a discussão eram incentivados. O formato de culto congragacional surgiu aqui.
Embora os judeus não reconhecessem que presença Divina (Shekinah) se manifestasse na Sinagoga, muito do louvor ali executado, a leitura, meditação e orações, foram caracterizando um culto. Isso permitiu a idolatria da Torah que era reverenciada como objeto sagrado. Enquanto isso no templo o ritual de sacrifícios continuava e a presença Divina era ali cultuada.
Na transição do judaísmo para o cristiansimo, o formato da Sinagoga foi mantido. Paulo coloca algumas regras para o culto cristão da época, impedindo a participação das mulheres, pedindo que elas permanecessem em silencio (como nas sinagogas).
A Igreja Romana chegou importando o formato de culto do paganismo e descaracterizou os cultos cristãos primitivos.
Mas com a Reforma o culto congregacional foi resgatado, só que o formato foi inspirado no parlamento das nações democráticas que emergiam na sociedade livre da europa.
O que temos nas igrejas tradicionais é o púlpito como parlamento, onde todos crentes são convidados a testemunhar (pregação) do que Jesus Cristo fez em sua vida à luz das Escrituras Sagradas.
O louvor é participativo e ativo na congreagação – não apenas dos artistas no palco. O evento do culto é uma expressão do coração e não algo comtemplativo ou de entretenimento para se observar ou interagir como diversão.
O louvor, adoração e exposição das Escrituras tem caráter meditação. O barulho, som alto e movimento é desmotivado. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” I Co 14:40.
Conclusão – desde os primórdios no Tabernáculo, a leitura das Escrituras era a ordem do culto; o louvor era congregacional havendo muita reverência e meditação. Mesmo no formato das Sinagogas que tinha um caráter cultural, as escrituras eram o centro do culto e tudo feito com muita ordem e descência. A Reforma que foi a grande revolução na igreja, não tirou muito deste formato. E não deve ser diferente hoje.
O QUE É SER CRISTÃO
Cristianismo se caracteriza por seguir os ensinos de Cristo. Os Evangelhos são a máxima de que Jesus Cristo viveu, falou e ensinou.
Por exemplo, nas primeiras palavras de Jesus ao povo judeu – a igreja de sua época – Jesus caracterizou seus seguidores como pessoas ‘felizes’ (bem-aventurados) e identificou-os como sendo:
1. ‘humildes de espírito’ ou indivíduos que conhecem sua fragilidade espiritual;
2. ‘os que choram’ ou aqueles que estão insatisfeitos com sua atual condição;
3. ‘mansos’ ou que não reagem as provocações deste mundo;
4. ‘têm fome e sede de justiça’ como aqueles que desejam avidamente a Palavra de Deus;
5. ‘misericordiosos’ os que exercem compaixão com os pecadores e errantes;
6. ‘limpos de coração’ como aqueles que retiram a malícia dos olhos;
7. ‘pacificadores’ os que buscam a paz com todos em qualquer situação.
Ser cristão para Jesus era exercer essas 7 qualidades régias.
Ainda nas suas primeiras palavras definindo os súditos do ‘reino’, Jesus apontou para a sua Lei – “aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus” Mt 5:19.
E a partir daí Jesus lista estes mandamentos – não matarás, não adulterarás, não cobiçarás etc.
Mas uma das coisas que Jesus mais recomendou aos seus discípulos foi o amor. Essa é a marca registrada do cristianismo.
Amar é a síntese do cristianismo – amor a Deus e amor ao próximo. Cristianismo sem amor não existe.
Há muitos seguimentos do cristianismo, milhares de denominações e crenças, mas se não houver amor em cada uma dessas crenças – não se trata de cristianismo.
A idéia revolucionária de Jesus era amar. Ame a pessoa que esta ao seu lado, ame a pessoa que lhe trata mal, ame a Deus sobre todas as coisas.
O fundamento de toda a teologia cristão foi que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3:16.
Imaginar cristianismo sem amor é como tentar descrever o oceano sem água, o céu sem ar, o cosmos sem estrelas, florestas sem árvores, montanhas sem pedras ou casas sem pessoas para morar nelas.
Cristianismo pode ser descrito como a crença na Trindade, na Revelação das escrituras, na ressurreição, regeneração, segunda vinda e muitas outras. Mas é o amor o princípio disso tudo. Ser cristão é amar.
O QUE NÃO É SER CRISTÃO
Há muito da cultura cristã ou hábitos cristãos, que são confundidos com a essência do cristianismo. No entanto não se constituem indicação distintiva para se eleger um cristão.
Embora muitos desses hábitos e práticas possam ser vistos no meio cristão, não significa que aqueles que o praticam estejam vivendo o cristianismo puro e autêntico.
Isso porque o cristianismo é caracterizado pelo amor – e ponto final. As coisas que derivam das várias situações vividas e articuladas pelos cristãos não constituem o cristianismo em si. Até mesmo porque algumas delas variam de local para local.
Assim há coisas exteriores que não indicam cristianismo, como:
1. Vestuário social – se você está bem vestido para uma reunião social, isto não o faz cristão.
2. Bíblia em punho – andar com a Bíblia empunhada não reflete o fato de ser um deles.
3. Aplicar recursos – dizimar, ofertar e aplicar seus recursos (doações) não o fará cristão.
4. Santificar um dia – separar o dia bíblico, determinado por Deus, para adoração e descanso, não determina que seja cristão genuíno.
5. Boas obras – embora isso tenha haver com amor cristão, muitas boas obras são motivadas pelo orgulho pessoal.
6. Ir a igreja – com certeza, entrar, permanecer e sair da igreja não faz uma pessoa cristã.
7. Sobriedade – abster-se das drogas sociais, é muito comum no meio cristão, mas não determina ser um deles.
8. Pobreza – pois é, nem todos pobres entrarão no reino dos céus. Há só um requisito para entrar ali, e não é a pobreza.
9. Pureza sexual – embora os solteiros cristãos procurem ser castos até o casamento, e os casados fiéis aos seus companheiros, isto também não é a essência do cristianismo.
10. Honestidade – uma virtude distintamente cristã, mas há honestos até em meio ao ateísmo.
Isto tudo não determina a qualidade cristã em uma pessoa. Muitas das coisas listadas acima são comuns e rotulam o crente, mas podem apenas rotular e o conteúdo ser bem diferente.
O indivíduo pode possuir dentro de si o ódio, amargura, inveja, ciúmes e outras coisas mais, mesmo com o rótulo (comportamento exterior) de cristão.
É fácil mimetizar um cristão.
Praticar certas coisas e repetir certos hábitos não nos fará cristãos. O que determina o cristianismo é o amor. Dizimar com amor é o cristianismo genuíno; optar pela sobriedade em amor aos conselhos Divinos caracteriza o cristão autêntico.
Existe um abismo entre o cristão nominal e verdadeiro.
Mas no vale deste abismo esta cheio de pessoas ingênuas e descuidadas que caíram ali.
Embora muitos desses hábitos e práticas possam ser vistos no meio cristão, não significa que aqueles que o praticam estejam vivendo o cristianismo puro e autêntico.
Isso porque o cristianismo é caracterizado pelo amor – e ponto final. As coisas que derivam das várias situações vividas e articuladas pelos cristãos não constituem o cristianismo em si. Até mesmo porque algumas delas variam de local para local.
Assim há coisas exteriores que não indicam cristianismo, como:
1. Vestuário social – se você está bem vestido para uma reunião social, isto não o faz cristão.
2. Bíblia em punho – andar com a Bíblia empunhada não reflete o fato de ser um deles.
3. Aplicar recursos – dizimar, ofertar e aplicar seus recursos (doações) não o fará cristão.
4. Santificar um dia – separar o dia bíblico, determinado por Deus, para adoração e descanso, não determina que seja cristão genuíno.
5. Boas obras – embora isso tenha haver com amor cristão, muitas boas obras são motivadas pelo orgulho pessoal.
6. Ir a igreja – com certeza, entrar, permanecer e sair da igreja não faz uma pessoa cristã.
7. Sobriedade – abster-se das drogas sociais, é muito comum no meio cristão, mas não determina ser um deles.
8. Pobreza – pois é, nem todos pobres entrarão no reino dos céus. Há só um requisito para entrar ali, e não é a pobreza.
9. Pureza sexual – embora os solteiros cristãos procurem ser castos até o casamento, e os casados fiéis aos seus companheiros, isto também não é a essência do cristianismo.
10. Honestidade – uma virtude distintamente cristã, mas há honestos até em meio ao ateísmo.
Isto tudo não determina a qualidade cristã em uma pessoa. Muitas das coisas listadas acima são comuns e rotulam o crente, mas podem apenas rotular e o conteúdo ser bem diferente.
O indivíduo pode possuir dentro de si o ódio, amargura, inveja, ciúmes e outras coisas mais, mesmo com o rótulo (comportamento exterior) de cristão.
É fácil mimetizar um cristão.
Praticar certas coisas e repetir certos hábitos não nos fará cristãos. O que determina o cristianismo é o amor. Dizimar com amor é o cristianismo genuíno; optar pela sobriedade em amor aos conselhos Divinos caracteriza o cristão autêntico.
Existe um abismo entre o cristão nominal e verdadeiro.
Mas no vale deste abismo esta cheio de pessoas ingênuas e descuidadas que caíram ali.