O próprio apoio das nações cristãs ocidentais, é porque eles
creem que Deus tem um plano para a conversão de Israel e Judeus.
Interpretações dispensacionalista
Mas essa é uma interpretação Dispensacionalista. O
dispensacionalismo é um sistema de hermenêutica bíblica que faz uma
interpretação literal das profecias clássicas e apocalípticas. Por exemplo, eles
sustentam que o nome “Israel” na profecia sempre se refere a nação de Israel e
nada mais.
Outro sistema hermenêutico, ou de interpretação é o
bíblico-histórico (usado pelos adventistas) que leem que Deus rejeitou Israel,
rejeitou judeus e que suas profecias agora se cumprem na igreja cristã e no remanescente.
O sistema dispensacionalista de teologia afirma que Deus tem
duas instituições distintas que permanecem separados através do tempo e da
eternidade: Israel e a Igreja. Quanto à Igreja, Deus a trouxe à existência por
causa da rejeição de Cristo pelos judeus. E seria (a igreja) apenas um episódio ou parêntese entre a
rejeição e reinstituição do reino terreno de Israel e Judeus.
Os dispensacionalistas acreditam que o arrebatamento será o
fim da igreja. Após o arrebatamento da igreja, a conversão e coligação dos
judeus ao Messias começará durante o tribulação por sete anos, após os quais
Deus estabelecerá o milênio reino na terra e literalmente cumprir todas as
promessas da aliança feitas a Israel. Porque os judeus terão finalmente
aceitado o Messias. Jerusalém e os judeus serão centrais neste reinado milenar
com Cristo no reinado de Davi com o trono e o templo no centro.
O Dispensacionalismo também ensina que todas as promessas
relativas à terra de Canaã serão cumpridas no retorno de Israel à Palestina em
1948 e se torna um evento de grande significado histórico e profético.
Interpretação bíblico-histórica
Na leitura bíblica, as profecias clássicas e apocalípticas
não devem ser interpretadas literalmente. Um dos principais pontos, é que
quando o NT fala em Israel, ele se refere ao Israel espiritual, e não a nação
que hoje existe.
O Israel que conhecemos como nação, não é o mesmo Israel do
AT, pois após o exílio dos Israelitas a nação foi dispersada pelos assírios e
jamais voltaram do exílio (2Reis 18:11). A nação que hoje conhecemos é um povo híbrido
formado por muitas nações transportadas para a antiga paletina. Embora tenham
se ‘convertido’ a religião hebraica, não têm a mesma etnia ou status do antigo Israel.
Um segundo ponto da interpretação bíblico-histórica é que a
igreja é o novo Israel, ou o Israel espiritual e que a Nova Aliança é
estabelecida pela fé, e oferecida aos que creem, e não mais por nacionalidade.
O terceiro ponto é que as promessas relativas à terra de
Canaã serão cumpridas nas promessas da Nova Canaã, Nova Jerusalém e Nova Terra.
Não são cumprimentos literais, mas cumprimentos escatológicos de uma realidade
renovada e celestial.
O quarto ponto é que a igreja não terá um fim. O Apocalipse
retrata a igreja como a Noiva de Cristo, que é recepcionada nas Bodas do
Cordeiro, com a qual é desposada, ou unida pela eternidade.
O quinto ponto, é que a igreja, ou as pessoas que a
constituem é que serão salvas, não uma nação específica. Israel não será salvo;
os judeus, como nação, não serão salvos. E a igreja é designada para cumprir o
propósito divino da eleição de Israel: ser uma luz salvadora para todos os
humanos. Os indivíduos que crerem e aceitarem o Senhorio de Jesus, a morte de
Jesus por seus pecados, e O admitir como Salvador pessoal, esses serão salvos.
O sexto ponto é que os judeus, ou Israel, não são centrais
no reinado milenar ou no estabelecimento eterno no planeta renovado; e sim a “grande
multidão... de todas as nações, tribos, línguas, povos e línguas” Ap 7:9; 19:1.
O Plano Final
A conversão de Israel ou dos judeus não pode ser considerado
um cumprimento de promessas proféticas porque não é baseado na fidelidade à
aliança e ao Messias da aliança, Jesus. Serão os indivíduos que serão aceitos.
Em Jesus Cristo, o verdadeiro Israel (espiritual) de todas
as nações, é que herda toda a terra.
A guerra que vemos hoje é uma tristeza para todos nós,
porque são seres humanos que estão sofrendo e morrendo. Mas nossa simpatia,
orações e esforços devem ser humanitários apenas. Expectativas proféticas e
escatológicas, são expectativas dispensacionalistas. E nós não interpretamos e
nem lemos as profecias dessa forma. Nossa leitura é bíblico-histórica, com um
desfecho bem diferente.
Torcer por Israel ou pelos judeus, com expectativas bíblicas,
não é uma boa opção. Humanamente torcemos por israelitas e palestinos, para que
haja paz e justiça para ambas as nações.
Ore pela paz no Oriente Médio!
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