A cena do juízo que começou em 1844 é descrita nas profecias
apocalípticas de Daniel 7, e o que é revelado ali tem grande significado para
nós hoje.
A cena
profética é descrita assim – “Continuei olhando, até que foram postos uns
tronos, e o Ancião de Dias se assentou. (...)
Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante
dele. Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros." (...)
"Eu estava olhando nas minhas visões da noite. E eis que vinha com as
nuvens do céu alguém como um filho do
homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele”. Daniel 7:7,9,13
Essa é uma cena
do Santuário Celestial, no ano de 1844, onde Jesus (v13) vêm ao Ancião de Dias
(Deus Pai) onde “foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros” v9.
O Juízo que ocorre em nossos dias no céu envolve livros e um tribunal de
investigação desses livros.
A mesma cena de
juízo de 1844 é descrita no Apocalipse assim – “Vi um grande trono branco e
aquele que está sentado nele. (...) Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda
outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo
as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. (...) E foram
julgados, um por um, segundo as suas obras”. Apocalipse 20:11-13
As duas cenas
são a mesma, iniciadas em 1844, na profecia de tempo das “duas mil e trezentas
tardes e manhãs” (Dn 8:14). Esses 2300 anos se iniciam em 457aC (Dn 9:24) e
terminam no século 19 de nossa era, ou em 1844.
Note que a
Revelação diz sobre os livros – “foram abertos livros. Ainda outro livro, o
Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras,
conforme o que estava escrito nos livros” v12up.
O que estão escritos nesses
livros?
Davi diz – “no teu livro foram
escritos todos os meus dias, cada um deles escrito” Salmos 139:16. A vida dos
humanos na terra, dentro do Grande Conflito, envolve esse juízo e por esse
motivo tudo é documentado, tudo escrito como prova nesse ‘tribunal’ que julgará
quem esteve do lado de Deus, ou quem esteve do lado do mal.
E são nossas obras que indicam de
que lado estaremos. O sábio Salomão nos descreve isso – “tema a Deus e guarde
os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de
trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas,
quer sejam más” Eclesiastes 12:13,14.
É esse o conteúdo dos livros
investigados no tribunal do céu – boas obras ou obras más. E essas obras boas
são indicadas nos mandamentos citados pelo sábio. Se nossa vida é pautada pela
Lei de Deus e Seus mandamentos, estaremos dentro daquilo que o próprio Deus
exige de cada um de nós. Por isso o apóstolo Tiago diz – “Mas aquele que atenta
bem para a lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte
que logo se esquece, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que
realizar. (...) Pois quem guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se
torna culpado de todos. Porque, aquele que disse: "Não cometa
adultério", também ordenou: "Não mate." Ora, se você não comete
adultério, porém mata, acaba sendo transgressor da lei. Assim, falem e vivam
como pessoas que serão julgadas pela lei da liberdade”. Tiago 1:25; 2:10-12
Note que seremos ‘julgados pela
lei’. Essa é a norma do Juízo, e o conteúdo dos livros que são ali analisados.
Mas o ‘tribunal instalado’ ali
tem também um advogado. E esse advogado que é Jesus nos representa no tribunal
celestial e no juízo que é desenvolvido ali. “Meus filhinhos, escrevo-lhes
estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados
— e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro. E
nisto sabemos que o temos conhecido: se guardamos os seus mandamentos”. 1 João
2:1-3
O argumento de nosso advogado
celestial em nosso favor no juízo celestial, são dois argumentos – Seu perdão e
Sua justiça. Ele perdoa nossos pecados (Rm4:7,8) e Ele nos concede a Sua
justiça (Rm5:19), ou Sua vida perfeita. Esse processo é conhecido por
justificação pela fé. Se você crê em Jesus, Ele o perdoa e o justifica.
O perdão dos pecados envolve o
apagar esses registros de pecados dos livros do céu. Davi na sua oração
confessional do Salmo 51, pede –“apaga minhas transgressões” v1; “apaga todas
as minhas iniquidades” v9.
E esse processo de apagar é feito
nos livros do tribunal celestial, na sessão instalada (Dn7:9) do tribunal que
executa o juízo.
O Apóstolo Paulo diz que esse
serviço jurídico de Jesus é realizado em um Santuário Celestial, e Ele sendo um
Sumo Sacerdote ali – “temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do
trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem”. Hebreus 8:1,2
Jesus é retratado como “Sumo Sacerdote”
porque esse serviço de juízo e apagar os pecados é realizado no Santuário
Celestial, na segunda Sala, onde só o Sumo Sacerdote entrava. E onde somente
ocorria a “purificação do santuário” (Lv16:16; Dn8:14).
A purificação do Santuário
Celestial necessariamente é isto – o apagamento dos registros dos pecados nos
livros do céu. E a justificação das pessoas que esses livros representam.
Por isso Paulo diz – “Tendo
Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus,
conservemos firmes a nossa confissão. Porque (...) temos sumo sacerdote que
(...) po[de] se compadecer das nossas fraquezas... Ele foi tentado em todas as
coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono
da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça
para ajuda em momento oportuno”. Hebreus 4:14-16
Note que Jesus “pode se compadecer
de nossas fraquezas”, e isso aponta para o perdão de nossos pecados. “Ele foi
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, e isso aponta
para a Sua justiça perfeita, que é concedida ao crente. Perdão e justificação
são promessas a cada crente que confia em Jesus no juízo celestial.
A promessa é que – “por meio da
obediência de um só, muitos se tornarão justos” Romanos 5:19. Essa é a certeza
de que somos aprovados no juízo celestial. Primeiro porque Jesus perdoou nossos
pecados; e segundo que Ele apaga esses pecados, e coloca sobre nós Sua justiça,
ou atribui a nós a Sua vida perfeita. Assim somos aprovados no juízo.
Glória e aleluia por isso! Essa é
a razão porquê não precisamos temer o juízo! O juízo é favorável aos que creem!
“Quem Nele crê não é julgado” João 3:18.
Daniel, o profeta que viu a cena
do juízo, diz – “naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for
achado inscrito no livro” Daniel 12:up.
A Revelação dimensiona a
importância desse juízo dizendo –“Temam a Deus e deem glória a ele, pois é
chegada a hora do Seu juízo” (Ap14:7), e a hora do juízo é em nossos dias. Ele
está acontecendo há 179 anos, desde 1844, e pode se concluído a qualquer momento.
E quando Jesus concluir esse
juízo no céu, Ele vai voltar para buscar os salvos. “Então aparecerá no céu o
sinal do Filho do Homem. Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho
do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará
os seus anjos, com grande som de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos
dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”. Mateus 24:30,31
Prepare-se para isso!