O REMANESCENTE DE DEUS ATRAVÉS DOS SÉCULOS


Devido ao Grande Conflito (Apocalipse 12:7-11) Deus sempre tem mantido parte do seu povo anunciando a Verdade que Satanás tenta corromper. No céu 1/3 dos anjos foram corrompidos (Apocalipse 12:4) por esta estratégia de Satanás.

No Éden o inimigo teve sucesso completo em seduzir aos dois únicos humanos.
Assim, Deus tem separado seu ‘restante’ ou uma pequena parte daqueles que se apegam a Ele para continuar anunciando a Verdade.

“Depois da dispersão de Babel, a idolatria tornou-se novamente quase universal, e o Senhor deixou afinal os empedernidos transgressores que seguissem seus maus caminhos, enquanto escolheu a Abraão, da linhagem de Sem, e o fez guardador de Sua lei para as gerações futuras.

Abraão tinha crescido em meio de superstição e paganismo. Mesmo a casa de seu pai, pela qual o conhecimento de Deus tinha sido preservado, estava a entregar-se às influências sedutoras que os rodeavam, e "serviram a outros deuses" (Jos. 24:2) em vez de Jeová. Mas a verdadeira fé não devia extinguir-se. Deus sempre preservou um remanescente para O servir.

Adão, Sete, Enoque, Matusalém, Noé, Sem, em linha ininterrupta, preservaram, de época em época, as preciosas revelações de Sua vontade”.

Foi assim no período pré-diluviano; Noé e sua família se constituíram ‘o restante’ ou remanescente de Deus (Gênesis 7:1).

Dos filhos de Noé, o seu filho mais velho, Sem se tornou o progenitor dos semitas (Gênesis 11:10), ou o povo escolhido por Deus para dar continuidade a anunciação de seu Evangelho.
Foi dos semitas que Abraão descendeu e foi chamado para sair do meio do seu povo que já se corrompia (Gênesis 12:1). “O filho de Terá se tornou o herdeiro deste sagrado depósito. A idolatria acenava-lhe de todo o lado, mas em vão. Fiel entre os infiéis, incontaminado pela apostasia prevalecente, com perseverança apegou-se ao culto do único verdadeiro Deus.

"Perto está o Senhor de todos os que O invocam, de todos os que O invocam em verdade." Sal. 145:18. Ele comunicou Sua vontade a Abraão, e deu-lhe um conhecimento distinto das exigências de Sua lei, e da salvação que se realizaria por meio de Cristo”.

José, embora fosse um dos mais novos dos 12 filhos de Jacó, foi escolhido por Deus para assumir as funções sacerdotais da família (Gênesis 37:3); a túnica de mangas compridas era uma roupa cerimonial que o destacava dos demais.

José se fazia diferenciar por sua integridade; o livro de Gênesis antes de contar a história deste jovem, contrasta a impiedade de Judá (Gênesis 38:1 e 39:1), o mais velho que deveria ser o primogênito espiritual da família, mas é descrito como se prostituindo.

Das tribos de Israel que descenderam de Jacó e seus 12 filhos, somente Judá, Benjamim e meia tribo de Manassés (1 Reis 12) se tornaram os ‘judeus’ que permaneceram fiéis a Lei de Deus.
Dos judeus, o próprio Jesus destacou 12 homens que originaram a igreja apostólica. Após os judeus rejeitarem a Jesus como Messias, foram aqueles 12 homens que deram origem a igreja de Jesus Cristo aqui na terra (1 Timoteo 3:15 up).

De acordo com as profecias do Apocalipse, a igreja passou por diversas fases (Apocalipse 2 e 3) sendo corrompida pelo império romano que adulterou suas doutrinas.

Já no 4º e 5º século, cristãos fiéis abandonaram as cidades e a igreja institucionalizada, para habitarem nas montanhas e manter a pureza do evangelho. Este foi outro remanescente de Deus – os Valdenses. Cristãos destacados por Deus para manter a pureza doutrinária da Palavra de Deus.

Os Reformadores deram origem a outro segmento remanescente no século 15 através da Reforma Protestante. Definitivamente a igreja se separa de Roma e estabelece formas de culto, liturgias e doutrinas distintas da igreja romana.

Mais tarde no século 18 Guilherme Miller, um fazendeiro batista, estudioso da Bíblia desenvolve um conhecimento das profecias e divulga por toda a América do Norte suas descobertas bíblicas, dando início a um grande reavivamento nas igrejas protestantes.

Dali surge a igreja adventista que restaura as verdades sobre a Lei de Deus, o sábado de adoração ao Criador, a imortalidade condicional da alma, o santuário celestial, reforma de saúde, e dezenas de outras verdades presentes.

Este último remanescente se caracteriza por guardar os mandamentos e ter o testemunho de Jesus (Apocalipse 14:12) – estes são ‘os santos’, e não se constitui apenas os adventistas. Como Deus afirmou a Elias, acreditamos que há outros ‘7 mil’ que não dobraram os joelhos a baal. Não há exclusividade no remanescente de Deus.

“É a esta classe que Isaías se refere em sua profecia: "O remanescente é que será salvo." Isa. 10:22 e 23. Desde os dias de Paulo até o presente, Deus pelo Seu Espírito Santo tem estado a chamar tanto a judeus como a gentios. "Deus não faz acepção de pessoas" (Rom. 2:11), declarou Paulo. O apóstolo considerava-se a si mesmo devedor "tanto a gregos como a bárbaros", bem como a judeus; mas jamais perdeu ele de vista as decididas vantagens que os judeus haviam possuído sobre outros, "primeiramente", porque "as palavras de Deus lhe foram confiadas". Rom. 3:2.

"O evangelho", declarou, "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé." Rom. 1:16 e 17. É deste evangelho de Cristo, igualmente eficaz a judeus e gentios, que Paulo em sua epístola aos romanos declara não se envergonhar.

A ação do remanescente de Deus sempre esteve sendo estabelecida a fim de que as verdades principais do Evangelho Eterno (Apocalipse 14:6) se mantivessem vivas na terra.”

Enquanto houver um remanescente, Deus terá uma semente da Verdade sobre a terra (Apocalipse 12:17); e sobre este povo vem a ira do dragão; “e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele” 17:14.

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