REPETINDO OS ERROS DE SAMARIA


Samaria é uma referência de apostasia e idolatria. Seu primeiro rei havia mudado o culto a YHWH de tal forma que perverteu quase uma nação inteira.

O erro foi trocar o sistema de culto instituído por Deus, por algo similar mas que não era o que YHWH havia pedido.

Hoje corremos o mesmo risco de substituir o que Deus instituiu, por aquilo que achamos ser o melhor. O culto a Deus deve ser da forma como Ele próprio instituiu. Deus é Deus, e Ele escolhe quando, como e por quem deve ser adorado.

Samaria era uma cidade do norte de Israel e se tornou a capital dos reinos do norte (10 tribos e meia) após Roboão (filho de Salomão) não aliviar a carga tributária e servidora do país, revoltando a maioria do povo.

As tribos do norte fizeram o seu próprio governo com Jeroboão, um israelita foragido no Egito que retornou para assumir seu papel profético. Talvez essa permanência de Jeroboão no Egito o influenciou de tal forma que o levou a encaminhar as tribos do norte para a apostasia.

Não querendo que o povo migrasse durante as festas cerimoniais para a capital do reino do sul, em Jeurusalém, Jeroboão estabeleceu seu próprio sistema de cultos em Betel e Dã.

“Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito!” I Reis 12:28.

Deus havia instituído o sistema de cultos pelas cerimônias no tabernáculo, tendo a Arca da Aliança como símbolo do culto israelita. Mas Jeroboão criou outro tipo de culto, para satisfazer suas necessidades políticas.

Os Bezerros de ouro, as casas de culto, os sacerdotes não levíticos e toda forma de idolatria que se seguiu não eram nada mais do que invencionice de Jeroboão.

Deus havia escolhido Jeoborão para uma reforma no reino, no entanto ele resolveu transgredir os mandamentos de Deus.

Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Porquanto te levantei do meio do povo, e te fiz príncipe sobre o meu povo de Israel... e tu não foste como Davi, meu servo, que guardou os meus MANDAMENTOS... antes, fizeste o mal, pior do que todos os que foram antes de ti, e fizeste outros deuses e imagens de fundição, para provocar-me à ira...” I Reis 14:7-9.

Os mandamentos de Deus continuam hoje sendo ignorados. A exemplo de Samaria, a grande parte do povo de Deus segue ordenanças não bíblicas, instituídas por tradição de pagãos e dos Pais da Igreja que por sua própria sabedoria resolveram mudar o dia de adoração ao Criador.

A história se repete. O que resulta é apostasia, enquanto imaginam estar servindo a Deus. Era essa a realidade do Reino do Norte.

A história de Samaria é uma parábola para nossos dias. Os mandamentos de Deus não podem ser ignorados. Assim como a idolatria era condenada por Deus (transgressão do 2º mandamento) a substituição do sábado para o domingo (4º mandamento) não será passado por alto pelo próprio Deus.

A apostasia ocorre de diferentes formas, mas o motivo é o mesmo – mudar o mandamento de Deus.

“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” Êxodo 20:8.

DO JEITO DE DEUS


A história de Caim é notória. Mas deixamos de aprender com a falha do filho mais velho de Adão.


Deus havia instituído os sacrifícios como meio de alcançar o perdão dos pecados; os humanos deveriam sacrificar o Cordeiro, que representava a Jesus, “o cordeiro que tira o pecado do mundo” João 1:29.

No entanto Caim se recusou a oferecer os cordeiros. Queria fazer do seu jeito. Ele achava melhor oferecer as frutas que ele mesmo cultivava. E fez do jeito que achava melhor, afinal – devia pensar assim – não importa se é cordeiro ou frutas, o que importa é adorar a Deus.

O sacrifício de Caim não foi aceito. “Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou” Gênesis 4:4 e 5.

Precisamos aprender que quando se trata de adoração, comunhão, louvor, liturgia ou qualquer outra coisa que façamos em direção a Deus, que o façamos como Ele determina.

Não adianta racionalizar afirmando que Deus aceita o que vem do coração... Caim achou que seria assim.

Deus também estabeleceu um dia para ser separado para Ele. “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” Gênesis 2:2.

E como Caim, nós criamos argumentos para estabelecer o que a tradição colocou no lugar do dia santificado.

Deus pediu o sétimo dia, assim como pediu 10% de nossas rendas; assim como pediu que o batismo fosse de imersão; como também pediu que se comemorasse a Páscoa com a Ceia do Senhor.

O que você diria de uma igreja que não acha apropriado usar os símbolos da ceia, e mudasse para outros símbolos ‘mais adequados’ ou que a ‘tradição’ houvesse determinado?

Deus é o Criador, e Ele determinou um dia para receber adoração exclusiva. Ele determinou que deveria ‘cessar’ (raiz hebraica do verbo shabat) o trabalho e que o homem descansasse (shabat).

Não sou eu que determino isso ou interpreto quando Deus deve receber minha adoração exclusiva. Também não adianta argumentar que ‘todos os dias são’ para se adorar. Deus determinou (separou) um só dia.

Não incorpore o espírito de Caim, que achou melhor seguir suas próprias convicções, ou interpretar as ordens de Deus como ele mesmo imaginava ser.

Faça do jeito que Deus determinou, e não do seu próprio jeito.

DEUS TEM UM RECADO PARA SUA IGREJA

Nas 7 cartas que Deus escreveu às igrejas da Ásia Menor, as mais influentes igrejas cristãs do primeiro século, receberam recados diretos de Deus às suas congregações.


Uma expressão que aparece muito nessas cartas é – “arrepende-te”. Deus espera que as igrejas, de forma geral, exibam o arrependimento nas congregações.

Uma vida de arrependimento é preciosa para Deus. Davi era uma pessoa que se arrependia com facilidade, por isso era o homem “segundo o coração de Deus” Atos 13:22.

Demonstrar arrependimento é algo precioso para Deus, por isso Ele espera isso de suas igrejas – “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras” Apocalipse 2:5.

O arrependimento pode ser inimaginável ao homem do século 21; as pessoas geralmente sentem prazer no pecado. Mas Deus diz – “Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição” Apocalipse 2:21 .

O arrependimento não é muito popular em nossos dias – mesmo entre os cristãos – porque o pecado se tornou popular. Pecar não é algo tão grave assim, podem pensar alguns cristãos. Já o mundo segue alheio ao conceito de pecado.

Mas arrependimento é uma via de regra para o cristão. “Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca” Apocalipse 2:16.

Como arrepender-se de algo que nos dá prazer? Como esboçar arrependimento por algo legal, que todo mundo faz e é muito bom?

O pecado oferece prazer, mas isso leva a morte. A obediência a Deus também oferece prazer e conduz a Vida Eterna. Para os que escolherem o prazer do pecado, Deus diz – “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti” Apocalipse 3:3.

Não se arrepender é um risco. Sentir prazer no estilo de vida deste mundo é um perigo. Muitos estão sedados com o prazer do pecado e não podem enxergar um palmo a sua frente nas coisas espirituais.

Para nós que vivemos nos últimos dias, a última carta tem um recado muito carinhoso – “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” Apocalipse 3:19.

IMPERATIVOS DA VIDA CRISTÃ

O imperativo é o modo verbal que expressa uma ordem, um pedido, uma recomendação, um convite. Não existe a primeira pessoa do singular do modo imperativo. Há o imperativo negativo e positivo.


O texto de 1 Tessalonicenses 5:15-22 possui 10 imperativos para nossas vidas. Isso deve ser algo importante!

“Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos . Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. Não apaguem o Espírito. Não tratem com desprezo as profecias, mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal.”.

O interessante na relação do ‘modo verbal’ com o texto bíblico mencionado, é que isto é uma ordem e ao mesmo tempo um convite de Deus ao cristão.

Uma ordem porque somos seus servos; um convite porque Deus não nos considera servos – “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” João 15:15.

A postura do servo em obedecer os imperativos de seu Senhor parte da atitude do cristão; mas o aceitar o imperativo é porque Ele nos vê como amigos.

Olhamos para Deus e vemos o nosso Senhor ( nós seus servos); Deus olha para nós e vê seus amigos (nós seus filhos).

Não existe a primeira pessoa do singular do modo imperativo. Não exite o ‘eu’ na vivencia das ações imperativas no viver do cristão. Só existe o ‘imperador’, o que emite as sentenças imperativas.

O ‘eu’ jamais permitirá seguir o bem, regozijar, orar, dar graças. O nosso desejo é nosso pior inimigo; desejamos só coisas ruins, más e destruidoras.

O ato imperativo implica em ordem ou convite; é uma prioridade e ao mesmo tempo o desejo de Deus para nossa vida.

As prioridades para o cristão, segundo Paulo, eram:

1. Não retribuir mal com mal

2. Ser bondoso

3. Ser alegre

4. Orar continuamente

5. Dar graças

6. Não apagar o Espírito Santo

7. Não tratar com desprezo as profecias

8. Por a prova todas as coisas

9. Reter somente as coisas boas

10. Afastar-se do mal

Essas coisas tem sido prioridades em sua vida?