A POSTURA DO CRISTÃO NAS QUESTÕES POLÍTICAS


Questões políticas
Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticas, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas idéias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão.

O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloqüência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. [...]

Os que são genuinamente cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo.

Que devemos então fazer? — Deixai os assuntos políticos em paz. [...]

Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. [...]

Os filhos de Deus têm de se separar da política [...] Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou escola idéias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. — Obreiros Evangélicos, 391, 392, 395.

O perigo das declarações precipitadas
Ensinemos o povo a conformar-se em todas as coisas com as leis de seu Estado, quando assim podem fazer sem entrar em conflito com a lei de Deus. — Testimonies for the Church 9:238.

Alguns de nossos irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas como contrárias ao Governo e à lei. Está errado expor-nos dessa maneira a um mal-entendido geral. Não é procedimento sábio criticar continuamente os atos dos governantes. A nós não nos compete atacar indivíduos nem instituições. 

Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades civis. Certo é que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas devem ser as contidas num simples “Assim diz o Senhor”. Nossa ocupação consiste em preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos desviar-nos para procedimentos que provoquem polêmica, ou suscitem oposição nos que não são da nossa fé. [...]

Tempo virá em que expressões descuidadas de caráter denunciante, displicentemente proferidas ou escritas pelos nossos irmãos, hão de ser usadas pelos nossos inimigos para nos condenarem. Não serão usadas simplesmente para condenar os que as proferiram, mas atribuídas a toda a comunidade adventista. Nossos acusadores dirão que em tal e tal dia um dos nossos homens responsáveis falou assim e assim contra a administração das leis desse governo. 

Muitos ficarão pasmos ao ver quantas coisas foram conservadas e lembradas, as quais servirão de prova para os argumentos dos nossos adversários. Muitos se surpreenderão de como foi atribuído às suas palavras um significado diferente do que era a sua intenção. Sejam nossos obreiros cuidadosos no falar, em todo tempo e sob quaisquer circunstâncias. Estejam todos precavidos para que, por meio de expressões imprudentes, não tragam sobre si um tempo de angústia antes da grande crise que provará os seres humanos. [...]

Devemos estar lembrados de que o mundo nos julgará pelo que aparentamos ser. Que os que buscam representar a Cristo exerçam o cuidado de não exibir traços incoerentes de caráter. Antes de assumirmos um lugar definido na linha de frente, certifiquemo-nos de que o Espírito Santo nos tenha sido concedido lá dos altos Céus.

 Quando isso acontecer, pregaremos uma mensagem definida, que será, porém, de espécie muito menos condenatória do que a de alguns; e os que crerem terão muito mais interesse na salvação de nossos oponentes. Deixemos inteiramente com Deus o assunto de condenar as autoridades e governos. Com humildade e amor, defendamos, como sentinelas fiéis, os princípios da verdade tal como é em Jesus. — Testimonies for the Church 6:394, 395, 397.

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