EPIDEMIA DE SEXO



A revista Newsweek de 5 de dezembro de 2011 traz como matéria de capa o tema “The sex addiction epidemic” [A epidemia do vício em sexo]. O subtítulo da reportagem informa que “o vício em sexo destrói casamentos e carreiras e abala a autoestima”. 

Segundo o texto, o comportamento sexual compulsivo, também chamado de desordem hypersexual, pode sistematicamente destruir a vida da pessoa tanto quanto o vício em álcool ou drogas. E esse problema está afetando um número crescente de pessoas. 

Steven Luff, coator do livro Olhos Puros: um Guia Para a Integridade Sexual Masculina [em tradução livre], considera o vício sexual uma “epidemia nacional”, referindo-se aos Estados Unidos. E é diferente no resto do mundo? O que dizer de campanhas pelo dito sexo seguro que somente se preocupam com a disseminação de doenças (DST) e a gravidez não desejada? O governo brasileiro é especialista nisso...

Ainda segundo a matéria, em boa parte essa “epidemia” se deve à revolução digital. Enquanto as gerações passadas tinham que correr o rico de embaraço público nas livrarias, bancas de jornal e seções de vídeos pornográficos nas locadoras, a internet tornou a pornografia acessível, livre e anônima. E milhões de pessoas diariamente acessam sites que disponibilizam esse tipo de material. “Nem todos os que olham uma imagem de pessoas nuas vão se tornar viciados em sexo. Mas a exposição constante vai acionar o gatilho para as pessoas que são suscetíveis”, diz o Dr. David Sack, chefe-executivo do Los Angeles’s Promises Treatment Centers.

Quando li essa reportagem, me lembrei de alguns textos/conselhos importantes de Ellen G. White, escritos há um século, mas que hoje são mais atuais do que nunca. Por exemplo:

“O excesso sexual é meio eficaz para destruir o amor aos exercícios devocionais; tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a debilitar a vitalidade” (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 272).

“[Satanás] sabe que, se puder despertar as paixões inferiores e as conservar em ascendência, nada tem que se incomodar quanto a sua experiência cristã [da pessoa], pois as faculdades morais e intelectuais serão subordinadas, ao mesmo tempo que as tendências animalescas predominarão, mantendo-se em ascendência; e essas paixões inferiores se fortalecerão pelo exercício, enquanto as qualidades mais nobres se tornarão cada vez mais débeis” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 480).

White também afirma que esses excessos sexuais e perversões seriam “sinais dos últimos dias, tal como nos dias anteriores ao dilúvio o casamento, tratado como o foi, tornara-se então um crime” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 252).

“Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões de concupiscência, e nem pensam que Deus os considera responsáveis pelo dispêndio da energia vital que lhes enfraquece o poder na vida e enerva-lhes todo o organismo” (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 267).

“Tenho sentido profundamente, ao ver a poderosa influência das paixões animais no controle de homens e mulheres de inteligência e habilidade fora do comum. Seriam capazes de se empenhar numa boa obra, de exercer poderosa influência, não estivessem escravizados por baixas paixões. Minha confiança na humanidade tem sido terrivelmente abalada” (Orientação da Criança, p. 442).

O inimigo de Deus sabe que seu tempo é curto e que logo Jesus colocará ponto final em suas obras malignas. Por isso, mais do que nunca na história deste planeta, Satanás utiliza todos os meios à sua disposição para escravizar os seres humanos e impedir-lhes de se preparar para o fim. Ele usa eficazmente os alimentos (para corromper corpo e mente), a mídia (para poluir os pensamentos) e o sexo (para degradar a moral). Mas a verdade (que é Cristo) liberta (João 8:32), por isso, devemos manter comunhão ininterrupta com Ele, se quisermos vencer o “leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8).

Em tempo: a cegueira de alguns é tamanha, que mesmo causas aparentemente lícitas passam a ser defendidas com meios ilícitos.

Fonte: Sétimo Dia – Angelo Repetto