LIVROS, TRIBUNAL E ADVOGADO - A CENA DO JUÍZO NO CÉU

A cena do juízo que começou em 1844 é descrita nas profecias apocalípticas de Daniel 7, e o que é revelado ali tem grande significado para nós hoje.

A cena profética é descrita assim – “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou. (...)  Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele. Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros." (...) "Eu estava olhando nas minhas visões da noite. E eis que vinha com as nuvens do céu  alguém como um filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele”. Daniel 7:7,9,13

 

Essa é uma cena do Santuário Celestial, no ano de 1844, onde Jesus (v13) vêm ao Ancião de Dias (Deus Pai) onde “foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros” v9. O Juízo que ocorre em nossos dias no céu envolve livros e um tribunal de investigação desses livros.

 

A mesma cena de juízo de 1844 é descrita no Apocalipse assim – “Vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. (...) Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. (...) E foram julgados, um por um, segundo as suas obras”. Apocalipse 20:11-13

 

As duas cenas são a mesma, iniciadas em 1844, na profecia de tempo das “duas mil e trezentas tardes e manhãs” (Dn 8:14). Esses 2300 anos se iniciam em 457aC (Dn 9:24) e terminam no século 19 de nossa era, ou em 1844.

 

Note que a Revelação diz sobre os livros – “foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros” v12up.

 

O que estão escritos nesses livros?

Davi diz – “no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito” Salmos 139:16. A vida dos humanos na terra, dentro do Grande Conflito, envolve esse juízo e por esse motivo tudo é documentado, tudo escrito como prova nesse ‘tribunal’ que julgará quem esteve do lado de Deus, ou quem esteve do lado do mal.

E são nossas obras que indicam de que lado estaremos. O sábio Salomão nos descreve isso – “tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” Eclesiastes 12:13,14.

É esse o conteúdo dos livros investigados no tribunal do céu – boas obras ou obras más. E essas obras boas são indicadas nos mandamentos citados pelo sábio. Se nossa vida é pautada pela Lei de Deus e Seus mandamentos, estaremos dentro daquilo que o próprio Deus exige de cada um de nós. Por isso o apóstolo Tiago diz – “Mas aquele que atenta bem para a lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte que logo se esquece, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar. (...) Pois quem guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porque, aquele que disse: "Não cometa adultério", também ordenou: "Não mate." Ora, se você não comete adultério, porém mata, acaba sendo transgressor da lei. Assim, falem e vivam como pessoas que serão julgadas pela lei da liberdade”. Tiago 1:25; 2:10-12

Note que seremos ‘julgados pela lei’. Essa é a norma do Juízo, e o conteúdo dos livros que são ali analisados.

Mas o ‘tribunal instalado’ ali tem também um advogado. E esse advogado que é Jesus nos representa no tribunal celestial e no juízo que é desenvolvido ali. “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro. E nisto sabemos que o temos conhecido: se guardamos os seus mandamentos”. 1 João 2:1-3

O argumento de nosso advogado celestial em nosso favor no juízo celestial, são dois argumentos – Seu perdão e Sua justiça. Ele perdoa nossos pecados (Rm4:7,8) e Ele nos concede a Sua justiça (Rm5:19), ou Sua vida perfeita. Esse processo é conhecido por justificação pela fé. Se você crê em Jesus, Ele o perdoa e o justifica.

O perdão dos pecados envolve o apagar esses registros de pecados dos livros do céu. Davi na sua oração confessional do Salmo 51, pede –“apaga minhas transgressões” v1; “apaga todas as minhas iniquidades” v9.

E esse processo de apagar é feito nos livros do tribunal celestial, na sessão instalada (Dn7:9) do tribunal que executa o juízo.

O Apóstolo Paulo diz que esse serviço jurídico de Jesus é realizado em um Santuário Celestial, e Ele sendo um Sumo Sacerdote ali – “temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem”. Hebreus 8:1,2

Jesus é retratado como “Sumo Sacerdote” porque esse serviço de juízo e apagar os pecados é realizado no Santuário Celestial, na segunda Sala, onde só o Sumo Sacerdote entrava. E onde somente ocorria a “purificação do santuário” (Lv16:16; Dn8:14).

A purificação do Santuário Celestial necessariamente é isto – o apagamento dos registros dos pecados nos livros do céu. E a justificação das pessoas que esses livros representam.

Por isso Paulo diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque (...) temos sumo sacerdote que (...) po[de] se compadecer das nossas fraquezas... Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno”. Hebreus 4:14-16

Note que Jesus “pode se compadecer de nossas fraquezas”, e isso aponta para o perdão de nossos pecados. “Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, e isso aponta para a Sua justiça perfeita, que é concedida ao crente. Perdão e justificação são promessas a cada crente que confia em Jesus no juízo celestial.

A promessa é que – “por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos” Romanos 5:19. Essa é a certeza de que somos aprovados no juízo celestial. Primeiro porque Jesus perdoou nossos pecados; e segundo que Ele apaga esses pecados, e coloca sobre nós Sua justiça, ou atribui a nós a Sua vida perfeita. Assim somos aprovados no juízo.

Glória e aleluia por isso! Essa é a razão porquê não precisamos temer o juízo! O juízo é favorável aos que creem! “Quem Nele crê não é julgado” João 3:18.

Daniel, o profeta que viu a cena do juízo, diz – “naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro” Daniel 12:up.

A Revelação dimensiona a importância desse juízo dizendo –“Temam a Deus e deem glória a ele, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Ap14:7), e a hora do juízo é em nossos dias. Ele está acontecendo há 179 anos, desde 1844, e pode se concluído a qualquer momento.

E quando Jesus concluir esse juízo no céu, Ele vai voltar para buscar os salvos. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos, com grande som de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”. Mateus 24:30,31

Prepare-se para isso!

ONDE JESUS ESTÁ HOJE? E O QUE ELE FAZ ALI?

A Bíblia é clara em dizer que Jesus “está a direita de Deus e também intercede por nós” Rm 8:34. Isso indica que Jesus está assentado no trono celestial, governando o universo com Deus Pai.

Mas o trono de Deus está em um Santuário Celestial, isto devido a condição que o universo se encontra, sob risco do Grande Conflito. A Bíblia também declara que Jesus “se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” Hb 8:1,2.

Devido à nossa condição moral caída, o trabalho de Jesus como ministro do santuário, ou como sacerdote ali, é fundamental para a nossa existência e nossa sobrevivência em nosso mundo. Se estamos vivos é poque Jesus intercede ali no Santuário Celestial. A Bíblia diz – “Quando Cristo veio como sumo sacerdote... no maior e mais perfeito tabernáculo... não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santuário, uma vez por todas, e obteve uma eterna redenção” Hb 9:11-13.

A redenção dos humanos é necessária porque temos um “acusador... que nos acusa de dia e de noite, diante de nosso Deus” Ap 12:10. Esse santuário celestial funciona como um tribunal do universo, onde um anjo rebelde (Lúcifer) acusa os humanos de suas falhas morais.

O livro Profetas e Reis apresenta os argumentos que Ele usa nesse tribunal celestial – “Pronuncia-os como tão dignos quanto ele mesmo de exclusão do favor de Deus. “São estes”, ele diz, “o povo que deve tomar o meu lugar no Céu, e o lugar dos anjos que se uniram a mim? Eles professam obedecer a lei de Deus; mas têm guardado os seus preceitos? Não têm sido eles amantes do eu mais que amantes de Deus? Não têm colocado seus próprios interesses acima do Seu serviço? Não têm amado as coisas do mundo? Contemplai os pecados que têm marcado suas vidas. Vede seu egoísmo, sua malícia, o ódio de uns aos outros. Banirá Deus a mim e aos meus anjos de Sua presença, e no entanto recompensará aos que têm sido culpados dos mesmos pecados? Tu não  podes, ó Senhor, com justiça, fazer isto. A justiça reclama que a sentença seja pronunciada contra eles.” PR 300.4

Esses argumentos são usados contra cada pessoa que declara sua fé em Jesus. As acusações são feitas contra todos, e são essas as acusações das quais Jesus nos defende. Por isso a Bíblia declara – “Meus filhinhos, escrevo estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro” 1 João 2:1,2. Note que a Bíblia apresenta a Jesus como um advogado, e Satanás como um acusador.

A profecia bíblica apresenta o cenário do santuário celestial como sendo de um tribunal. O profeta Daniel descreve a visão que teve do santuário celestial assim – “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou... Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros." Dn 7:9,10. Note como a revelação nos mostra a realidade das coisas celestiais no contexto de um tribunal celestial.

O livro “Exaltai-O” indica a importância desse tema dizendo – “O assunto do santuário e do juízo de investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. (...) Cada indivíduo tem uma alma a salvar ou perder. Cada pessoa tem um caso pendente no tribunal de Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande Juiz. O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos humanos. Diz respeito a toda pessoa que vive sobre a Terra. (...)  A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol dos humanos, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. (...) Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por meio de Sua mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos os que a Ele se chegam pela fé. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13. Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. (...) Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído. ... Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los”. EXA 381.1-382.1

Por isso a Bíblia diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque ... temos [um] sumo sacerdote que... pode se compadecer das nossas fraquezas... ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hb 4:14-16. Note a expressão dessa última frase – “tempo oportuno”.

O tempo é agora, porque Jesus tem um tempo para encerrar seu trabalho de intercessão no santuário celestial. Esse tempo está relacionado com o conceito do ‘fechamento da porta da graça’. O Apocalipse menciona esse período de tempo – “Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar” (Apocalipse 3:7-8).

A ‘porta da Graça’ se refere a um período de tempo em que Jesus permanece no santuário celestial ouvindo as orações de confissão dos pecados, perdoando e apagando esses pecados que são confessados.

E o ministério de Jesus no santuário do céu, tem duas fases; assim como o antigo tabernáculo tinha duas salas (Ex 26:3up). Desde o ano 30 quando ressuscitou e subiu ao céu, Ele faz esse trabalho de Sumo Sacerdote, apresentando seu sangue, ou sua morte, para perdoar nossos pecados (Hb 9:11,12).

E a segunda fase do Seu ministério acontece na segunda sala (santíssima ou santos dos santos – Hb 9;12up); o trabalho de Jesus nesta segunda sala, é chamado de Juízo, onde Ele julga as pessoas e decide os casos da vida de cada um. Mas a decisão é baseada se estas pessoas confiaram Nele, para perdão dos seus pecados, e se viveram de acordo com seu arrependimento.

O término desse trabalho de Jesus coincide com o tempo em que vivemos. Terminando sua intercessão no céu, ou a Porta da Graça se fechando, Jesus volta à terra, para buscar os seus escolhidos. As pessoas serão escolhidas a partir do fato de que elas confiaram no perdão de Jesus, confessaram seus pecados e se submeteram a uma nova vida (2Co 5:17).

É do santuário celestial que vêm a justificação pela fé, a santificação, que operam nos crentes para que sejamos salvos. Por isso a Bíblia diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” Hb 4:14.                    Permaneça firme nessa confissão”.

A GUERRA NO OM E O SANTUARIO CELESTIAL

 


A guerra entre o Hamas e Israel é primariamente uma guerra religiosa. 

Há muito interesse político, territorial, disputas étnicas, mas a religião é o fundamento de toda essa guerra e do Grande Conflito espiritual.

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A disputa que está em questão não é somente sobre o reconhecimento do estado palestino, mas também sobre um território que pertencia originalmente aos palestinos, mas Deus os tirou dali e entregou a antiga palestina aos hebreus.

Os palestinos são os atuais descendentes das 7 antigas nações expulsas por Deus do território que é hoje a palestina. Os antepassados dos palestinos eram “os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus” Dt 7:1.

Jerusalém era originalmente território dos Jebuseus. Mas a retomada da terra prometida por esses povos é uma afronta a Yahweh, que desapossou essas nações da antiga palestina (Canaã) e entregou aos hebreus, ao antigo Israel e depois aos judeus.

A guerra religiosa aumenta sua dimensão, quando no 6º século da era cristã, os muçulmanos tomam a palestina, se instalam em Jerusalém e constroem ali sua segunda principal mesquita (Aqsa).

Ou seja, há três grandes religiões  (Israel e Judeus, Cristãos e Islã) que reivindicam o território da palestina, a cidade de Jerusalém, e a área do templo.

DEUS E O TEMPLO

Foi Yahweh que destruiu o templo dos judeus no ano 70 dC; foi Deus que instigou e permitiu aos romanos a invadirem e destruir Jerusalém e o templo, a fim de que o antigo sistema cerimonial do templo fosse definitivamente desinstalado.

Com a primeira vinda de Jesus, Seu sacrifício na cruz e Sua ressurreição e ascensão ao céu, Cristo cumpriu as exigências da Lei Cerimonial, pois Ele era o Cordeiro de Deus (João 1:29, 36). E assim todo o sistema cerimonial, o templo e o sacerdócio se tornaram inúteis.

Essa é a argumentação do livro de Paulo escritos aos Hebreus – “Ora, o essencial das coisas que estamos dizendo é que temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” Hb 8:1,2.

Foi Deus também que instigou e permitiu aos muçulmanos a dominar a antiga palestina no 6º século, se apropriar da área do antigo templo e construir ali a mesquita Aqsa, tornando agora a área do antigo templo uma área sagrada do Islã.

Deus não queria que judeus reconstruíssem o antigo templo e retomassem seus rituais; Deus não queria que os cristãos romanos fizessem ali um templo para os rituais católicos, assim desviando a atenção dos cristãos do santuário celestial.

O TEMPLO CELESTIAL

O Santuário Celestial é o centro da obra de Jesus Cristo em favor da humanidade hoje. É ali que as orações diariamente são recebidas, pecados são perdoados, pessoas são justificadas e nomes são inscritos no Livro da Vida (Ap 20:12).

Tanto judeus, cristãos romanos e os muçulmanos não tem em seus rituais o verdadeiro mecanismo que perdoa pecados e salva a humanidade. Somente o templo celestial e o Intercessor que está lá no céu, pode perdoar e salvar a humanidade dos seus pecados.

Os judeus ainda confiam em sangue de animais para o perdão e salvação; os cristãos romanos equivocadamente confiam na intercessão de Maria e dos santos católicos; e os muçulmanos rejeitam a Jesus, como  Deus Encarnado que salva a humanidade (Atos 4:10-12).

Os esforços de Israel, judeus e cristãos romanos é retomar a área do templo em Jerusalém. Há projetos para a construção de um 4º templo, em substituição ao templo que os romanos arrasaram. Mas Deus plantou o Islã em Jerusalém para impedir essa ação, que seria um retrocesso no Plano de Salvação que Deus elaborou em Jesus Cristo.

O MINISTÉRIO DE JESUS NO CÉU

No ano 30 dC Jesus subiu ao céu e ali entrou no Santuário Celestial para iniciar a primeira fase do seu ministério celestial. Os capítulos 4 e 5 de Apocalipse descrevem as cenas da entronização de Jesus no Santuário Celestial e o início do seu ministério ali.

A teologia paulina explicita a importância do ministério de Jesus ali – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque (...) temos [um] sumo sacerdote que (...) possa se compadecer das nossas fraquezas (...) ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hebreus 4:14-16.

E há muitos movimentos tentando ocultar o ministério de Jesus no Santuário Celestial. Os judeus negam que o Messias tenha vindo na pessoa de Jesus; os muçulmanos afirmam que Jesus é um simples profeta; os cristãos romanos colocam Maria como intercessora e obliteram a Jesus; e até o segmento protestante diz não existir um santuário celestial e se polarizam na política com esperanças em um Israel falido e rejeitado; e mesmo entre o povo remanescente, o dia da criança é mais lembrado do que a celebração da entrada de Jesus para executar o juízo, ignorando a sua agenda profética que diz – “é chegada a hora do juízo” Ap 14:7.

Sob essa perspectiva, de ocultar o ministério celestial de Jesus, o conflito extenso no oriente médio, e as disputas por Jerusalém e a área do templo, explicam a intensidade dessas nações em chamar a atenção para uma Jerusalém falida e um templo sem efeito espiritual. 

Há um grande esforço das potestades do mal, do mundo espiritual das trevas, para que o cristianismo romano se instale em Jerusalém; e para que os judeus tenham seu templo retomado em suas rotinas cerimoniais.

Mas Yahweh é soberano sobre as nações; e como se utilizou do império romano no ano 70, também se utilizou dos muçulmanos no 6º século, do império turco otomano no século 12 e continua articulando as nações como Ele quer, por que “é único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores” 1Tm 6:15.

Ore pelas vítimas da guerra e pela intervenção final de Deus na terra!

Israel e a Restauração Final

A restauração de Israel, ou uma suposta conversão de Israel e Judeus, é enxergada por muitos nesse movimento que temos presenciado atualmente (Outubro2023) da guerra no Oriente Médio, entre o Hamas e Israel.

O próprio apoio das nações cristãs ocidentais, é porque eles creem que Deus tem um plano para a conversão de Israel e Judeus.

Interpretações dispensacionalista

Mas essa é uma interpretação Dispensacionalista. O dispensacionalismo é um sistema de hermenêutica bíblica que faz uma interpretação literal das profecias clássicas e apocalípticas. Por exemplo, eles sustentam que o nome “Israel” na profecia sempre se refere a nação de Israel e nada mais.

Outro sistema hermenêutico, ou de interpretação é o bíblico-histórico (usado pelos adventistas) que leem que Deus rejeitou Israel, rejeitou judeus e que suas profecias agora se cumprem na igreja cristã e no remanescente.

O sistema dispensacionalista de teologia afirma que Deus tem duas instituições distintas que permanecem separados através do tempo e da eternidade: Israel e a Igreja. Quanto à Igreja, Deus a trouxe à existência por causa da rejeição de Cristo pelos judeus. E seria (a igreja)  apenas um episódio ou parêntese entre a rejeição e reinstituição do reino terreno de Israel e Judeus.

Os dispensacionalistas acreditam que o arrebatamento será o fim da igreja. Após o arrebatamento da igreja, a conversão e coligação dos judeus ao Messias começará durante o tribulação por sete anos, após os quais Deus estabelecerá o milênio reino na terra e literalmente cumprir todas as promessas da aliança feitas a Israel. Porque os judeus terão finalmente aceitado o Messias. Jerusalém e os judeus serão centrais neste reinado milenar com Cristo no reinado de Davi com o trono e o templo no centro.

O Dispensacionalismo também ensina que todas as promessas relativas à terra de Canaã serão cumpridas no retorno de Israel à Palestina em 1948 e se torna um evento de grande significado histórico e profético.

Interpretação bíblico-histórica

Na leitura bíblica, as profecias clássicas e apocalípticas não devem ser interpretadas literalmente. Um dos principais pontos, é que quando o NT fala em Israel, ele se refere ao Israel espiritual, e não a nação que hoje existe.

O Israel que conhecemos como nação, não é o mesmo Israel do AT, pois após o exílio dos Israelitas a nação foi dispersada pelos assírios e jamais voltaram do exílio (2Reis 18:11). A nação que hoje conhecemos é um povo híbrido formado por muitas nações transportadas para a antiga paletina. Embora tenham se ‘convertido’ a religião hebraica, não têm a mesma etnia ou status do antigo Israel.

Um segundo ponto da interpretação bíblico-histórica é que a igreja é o novo Israel, ou o Israel espiritual e que a Nova Aliança é estabelecida pela fé, e oferecida aos que creem, e não mais por nacionalidade.

O terceiro ponto é que as promessas relativas à terra de Canaã serão cumpridas nas promessas da Nova Canaã, Nova Jerusalém e Nova Terra. Não são cumprimentos literais, mas cumprimentos escatológicos de uma realidade renovada e celestial.

O quarto ponto é que a igreja não terá um fim. O Apocalipse retrata a igreja como a Noiva de Cristo, que é recepcionada nas Bodas do Cordeiro, com a qual é desposada, ou unida pela eternidade.

O quinto ponto, é que a igreja, ou as pessoas que a constituem é que serão salvas, não uma nação específica. Israel não será salvo; os judeus, como nação, não serão salvos. E a igreja é designada para cumprir o propósito divino da eleição de Israel: ser uma luz salvadora para todos os humanos. Os indivíduos que crerem e aceitarem o Senhorio de Jesus, a morte de Jesus por seus pecados, e O admitir como Salvador pessoal, esses serão salvos.

O sexto ponto é que os judeus, ou Israel, não são centrais no reinado milenar ou no estabelecimento eterno no planeta renovado; e sim a “grande multidão... de todas as nações, tribos, línguas, povos e línguas” Ap 7:9; 19:1.

O Plano Final

A conversão de Israel ou dos judeus não pode ser considerado um cumprimento de promessas proféticas porque não é baseado na fidelidade à aliança e ao Messias da aliança, Jesus. Serão os indivíduos que serão aceitos.

Em Jesus Cristo, o verdadeiro Israel (espiritual) de todas as nações, é que herda toda a terra.

A guerra que vemos hoje é uma tristeza para todos nós, porque são seres humanos que estão sofrendo e morrendo. Mas nossa simpatia, orações e esforços devem ser humanitários apenas. Expectativas proféticas e escatológicas, são expectativas dispensacionalistas. E nós não interpretamos e nem lemos as profecias dessa forma. Nossa leitura é bíblico-histórica, com um desfecho bem diferente.

Torcer por Israel ou pelos judeus, com expectativas bíblicas, não é uma boa opção. Humanamente torcemos por israelitas e palestinos, para que haja paz e justiça para ambas as nações.

Ore pela paz no Oriente Médio!