A Bíblia é clara em dizer que Jesus “está a direita de Deus e também intercede por nós” Rm 8:34. Isso indica que Jesus está assentado no trono celestial, governando o universo com Deus Pai.
Mas o trono de Deus está em um Santuário Celestial, isto
devido a condição que o universo se encontra, sob risco do Grande Conflito. A
Bíblia também declara que Jesus “se assentou à direita do trono da Majestade
nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor
erigiu, e não o homem” Hb 8:1,2.
Devido à nossa condição moral caída, o trabalho de Jesus
como ministro do santuário, ou como sacerdote ali, é fundamental para a nossa
existência e nossa sobrevivência em nosso mundo. Se estamos vivos é poque Jesus
intercede ali no Santuário Celestial. A Bíblia diz – “Quando Cristo veio como
sumo sacerdote... no maior e mais perfeito tabernáculo... não pelo sangue de
bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santuário, uma
vez por todas, e obteve uma eterna redenção” Hb 9:11-13.
A redenção dos humanos é necessária porque temos um
“acusador... que nos acusa de dia e de noite, diante de nosso Deus” Ap 12:10.
Esse santuário celestial funciona como um tribunal do universo, onde um anjo
rebelde (Lúcifer) acusa os humanos de suas falhas morais.
O livro Profetas e Reis apresenta os argumentos que Ele usa
nesse tribunal celestial – “Pronuncia-os como tão dignos quanto ele mesmo de
exclusão do favor de Deus. “São estes”, ele diz, “o povo que deve tomar o meu
lugar no Céu, e o lugar dos anjos que se uniram a mim? Eles professam obedecer
a lei de Deus; mas têm guardado os seus preceitos? Não têm sido eles amantes do
eu mais que amantes de Deus? Não têm colocado seus próprios interesses acima do
Seu serviço? Não têm amado as coisas do mundo? Contemplai os pecados que têm
marcado suas vidas. Vede seu egoísmo, sua malícia, o ódio de uns aos outros.
Banirá Deus a mim e aos meus anjos de Sua presença, e no entanto recompensará
aos que têm sido culpados dos mesmos pecados? Tu não podes, ó Senhor, com justiça, fazer isto. A
justiça reclama que a sentença seja pronunciada contra eles.” PR 300.4
Esses argumentos são usados contra cada pessoa que declara
sua fé em Jesus. As acusações são feitas contra todos, e são essas as acusações
das quais Jesus nos defende. Por isso a Bíblia declara – “Meus filhinhos,
escrevo estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos
Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos
nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo
inteiro” 1 João 2:1,2. Note que a Bíblia apresenta a Jesus como um advogado, e
Satanás como um acusador.
A profecia bíblica apresenta o cenário do santuário
celestial como sendo de um tribunal. O profeta Daniel descreve a visão que teve
do santuário celestial assim – “Continuei olhando, até que foram postos uns
tronos, e o Ancião de Dias se assentou... Foi instalada a sessão do tribunal e
foram abertos os livros." Dn 7:9,10. Note como a revelação nos mostra a
realidade das coisas celestiais no contexto de um tribunal celestial.
O livro “Exaltai-O” indica a importância desse tema dizendo
– “O assunto do santuário e do juízo de investigação, deve ser claramente
compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento
sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. (...) Cada indivíduo tem
uma alma a salvar ou perder. Cada pessoa tem um caso pendente no tribunal de
Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande Juiz. O santuário no Céu é o
próprio centro da obra de Cristo em favor dos humanos. Diz respeito a toda
pessoa que vive sobre a Terra. (...) A
intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol dos humanos, é tão
essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua
morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de
ressurgir. (...) Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por meio de Sua
mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos os que a Ele se
chegam pela fé. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o
que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13. Se os que
escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles,
como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles,
apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. (...) Mas Jesus apresenta
em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído. ... Ninguém, pois, considere
incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los”. EXA
381.1-382.1
Por isso a Bíblia diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como
grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa
confissão. Porque ... temos [um] sumo sacerdote que... pode se compadecer das
nossas fraquezas... ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas
sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de
recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hb
4:14-16. Note a expressão dessa última frase – “tempo oportuno”.
O tempo é agora, porque Jesus tem um tempo para encerrar seu
trabalho de intercessão no santuário celestial. Esse tempo está relacionado com
o conceito do ‘fechamento da porta da graça’. O Apocalipse menciona esse
período de tempo – “Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a
chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá:
Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a
qual ninguém pode fechar” (Apocalipse 3:7-8).
A ‘porta da Graça’ se refere a um período de tempo em que
Jesus permanece no santuário celestial ouvindo as orações de confissão dos
pecados, perdoando e apagando esses pecados que são confessados.
E o ministério de Jesus no santuário do céu, tem duas fases;
assim como o antigo tabernáculo tinha duas salas (Ex 26:3up). Desde o ano 30
quando ressuscitou e subiu ao céu, Ele faz esse trabalho de Sumo Sacerdote,
apresentando seu sangue, ou sua morte, para perdoar nossos pecados (Hb
9:11,12).
E a segunda fase do Seu ministério acontece na segunda sala
(santíssima ou santos dos santos – Hb 9;12up); o trabalho de Jesus nesta
segunda sala, é chamado de Juízo, onde Ele julga as pessoas e decide os casos
da vida de cada um. Mas a decisão é baseada se estas pessoas confiaram Nele,
para perdão dos seus pecados, e se viveram de acordo com seu arrependimento.
O término desse trabalho de Jesus coincide com o tempo em
que vivemos. Terminando sua intercessão no céu, ou a Porta da Graça se
fechando, Jesus volta à terra, para buscar os seus escolhidos. As pessoas serão
escolhidas a partir do fato de que elas confiaram no perdão de Jesus, confessaram
seus pecados e se submeteram a uma nova vida (2Co 5:17).
É do santuário celestial que vêm a justificação pela fé, a
santificação, que operam nos crentes para que sejamos salvos. Por isso a Bíblia
diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os
céus, conservemos firmes a nossa confissão” Hb 4:14. Permaneça firme nessa
confissão”.
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