SE JESUS NÃO TIVESSE NASCIDO

O impacto do nascimento de Jesus a esse mundo, e se tornado um humano como nós, é tão abrangente que, sem ela, o curso da história humana teria sido dramaticamente diferente. A resposta pode ser analisada em termos espirituais, morais, culturais e históricos.

Do Ponto de Vista Espiritual

Sem Jesus, não haveria redenção para o pecado. A revelação bíblica ensina que Jesus é o único caminho para a salvação (João 14:6). Seu nascimento, vida, morte e ressurreição fornecem a solução para o problema do pecado e a reconciliação com Deus.

 Sem Sua encarnação, que permitiu o nascimento e sacrifício, a humanidade permaneceria em alienação espiritual, sujeita às consequências eternas do pecado (Rm 3:23; 6:23). A encarnação de Deus na pele e carne humana foi a grande solução para o evento desencadeado pelo pecado.

Jesus, ou Deus, não apenas se tornou um de nós para nosso exemplo de como viver de forma equilibrada, mas Jesus foi nosso substituto; Ele morreu em nosso lugar, assumindo a sentença de morte eterna.

Se Jesus não houvesse nascido, ou se Deus não houvesse empreendido a encarnação para ser um de nós, a condição espiritual degenerada e progressiva da raça humana, teria levado a extinção dos humanos na terra.

A condição do ser humano sem Deus é a tendência de destruir um ao outro – matar, agredir, violência, guerra, destruição, em um ciclo tal, que iria causar a extinção da vida no planeta.

Foram os conceitos que Deus trouxe desde a antiguidade, primeiro através dos profetas e depois, através de Jesus, o próprio Deus Encarnado, que salvaram a raça humana dessa extinção.

Deus opera não somente através do cristianismo, mas interiormente em cada ser humano, através da consciência humana. Essa ação é uma intervenção universal do Criador. O Apóstolo Paulo desenvolve esse assunto e explica  - “o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez. Por isso, os seres humanos são indesculpáveis” Rom.1:19,20.

O sistema de sacrifícios teria continuado

  O fato de  Jesus ter nascido é o cumprimento das promessas e prefigurações do Antigo Testamento (Hebreus 10:1-4). Sem Ele, o sistema de sacrifícios poderia ter persistido como um símbolo vazio, incapaz de proporcionar perdão verdadeiro.

A ausência de esperança de vida eterna

 Sem o nascimento, a morte substitutiva e a ressurreição de Cristo, não haveria vitória sobre a morte (1 Coríntios 15:14-19). A humanidade viveria sem a esperança de uma vida futura, totalmente restaurada no plano original do Criador.

Do Ponto de Vista Moral e Ético

Se Jesus não houvesse nascido, a influência dos seus ensinamentos não teria moldado o mundo. Os ensinamentos de Jesus, como o Sermão do Monte (Mateus 5-7), têm sido a base de princípios éticos como o amor ao próximo, a dignidade humana, a compaixão e o perdão. Sem esses ensinamentos, a moralidade humana poderia ter permanecido mais tribalista, centrada em retribuição e vingança em vez de graça e misericórdia.

O impacto nas relações humanas

Conceitos como igualdade, direitos humanos e a dignidade de todos os indivíduos derivam em grande parte do ensino cristão sobre a imagem de Deus em cada pessoa (Gênesis 1:27; Gálatas 3:28). Sem Jesus, esses valores poderiam não ter emergido da mesma forma.

Do Ponto de Vista Histórico e Cultural

Sem o cristianismo, o curso da civilização seria radicalmente diferente. O cristianismo, fundado na pessoa de Jesus, moldou profundamente a história ocidental e global. Suas influências incluem:

 Educação: Universidades e sistemas educacionais modernos frequentemente surgiram sob influência cristã.

 Ciência: Muitos cientistas pioneiros (Newton, Kepler, Pascal) eram motivados por uma cosmovisão cristã.

Caridade: Hospitais, orfanatos e instituições de caridade foram amplamente inspirados por valores cristãos.

Mudanças políticas e sociais

Movimentos de justiça social, como a abolição da escravidão, foram liderados por cristãos inspirados por Jesus (ex.: William Wilberforce).

 Sem Jesus, as estruturas políticas e sociais poderiam ter sido moldadas por outros valores, menos centrados na dignidade humana.

Do Ponto de Vista Escatológico (dos últimos eventos)

O plano de Deus para a redenção seria incompleto. A Bíblia revela que Jesus é o centro do plano divino para restaurar a humanidade e criar novos céus e nova terra (Efésios 1:9-10; Apocalipse 21:1-4). Sem Jesus, esse plano não poderia ser realizado, e a humanidade estaria destinada à destruição.

O domínio do mal seria permanente

É uma realidade a existência de forças espirituais do mal (Ef 6:12). O próprio Jesus teve confrontos diretos com esses seres espirituais do mal (Mt 4:1-11; Mc 5:9, 15; Lc 8:30).

A vitória sobre Satanás e o pecado ocorre por meio da cruz e da ressurreição de Cristo (Hebreus 2:14-15). Sem Jesus, o poder do mal continuaria ininterrupto, sem esperança de restauração. O planeta se envolveria em um ciclo de morte e a vida humana estaria extinta nos primeiros anos de sua existência. A história dos dois irmãos, Caim e Abel, evidenciam essa tendencia ao assassinato, crime e morte.

Se Jesus não tivesse nascido, a humanidade permaneceria separada de Deus, sem solução para o problema do pecado.

 Os valores morais, sociais e espirituais que transformaram o mundo poderiam não ter emergido.

O plano de redenção de Deus para a criação seria incompleto, e a humanidade viveria sem esperança de restauração futura.

A importância de Jesus transcende o âmbito espiritual, afetando todos os aspectos da existência humana. Seu nascimento foi, e é, o evento central na história da humanidade.




O TESTEMUNHO DE PILATOS


Pôncio Pilatos, o governador romano que presidiu o julgamento de Jesus, é uma importante testemunha indireta quanto a história de Jesus Cristo como indivíduo.

Pilatos declarou claramente que não achou crime algum em Jesus, e nem motivo para O sentenciar a morte (João 18:38up). A sentença de morte foi uma decisão da multidão e dos líderes judeus, e que Pilatos apenas sancionou por motivos políticos.

Pilatos ainda contribuiu com um testemunho sobre o seu conteúdo na entrevista que fez de Jesus, trazendo informações importantes sobre quem realmente era Jesus de Nazaré – O Rei dos Judeus, que as profecias prometiam.

Outra contribuição de Pilatos foi a placa que ele mandou colocar sobre a cruz de Jesus declarando que Jesus era o Rei dos Judeus (João 19:19,20). Isso foi anunciado em três idiomas por toda Jerusalém, de forma oficial, por um representante do império romano. Essa é uma tremenda contribuição que Pilatos fez.

Embora Pilatos não tenha aceito a Jesus e nem se envolvido com o Salvador, ele foi uma importante testemunha.

Pilatos é mencionado em várias fontes históricas fora da Bíblia. Essas menções fornecem um contexto histórico que confirma sua existência e posição, complementando os relatos bíblicos.

Escritos de Flávio Josefo

Flávio Josefo, historiador judeu do século I, menciona Pilatos em dois de seus escritos: Antiguidades Judaicas (18.3.1).

Josefo descreve Pilatos como procurador da Judeia e narra eventos como sua tentativa de introduzir estandartes romanos em Jerusalém, provocando indignação entre os judeus.

  Outra citação da mesma fonte, Antiguidades Judaicas (18.3.3); Josefo relata o julgamento de Jesus, mencionando Pilatos como o responsável pela condenação à cruz.

 Josefo também narra como Pilatos usou o tesouro do templo para construir um aqueduto, o que gerou revolta entre os judeus.

Escritos de Tácito

O historiador romano Tácito, em sua obra ‘Anais’ 15.44, menciona Pilatos ao falar sobre a perseguição aos cristãos sob o imperador Nero.

Ele afirma que Jesus, chamado Cristo, foi condenado à morte sob Pôncio Pilatos, durante o governo de Tibério. Isso confirma que Pilatos era governador na época da crucificação.

Escritos de Filão de Alexandria

Filão, filósofo e historiador judeu do século I, também menciona Pilatos em sua obra ‘Legatio ad Gaium’. Ele descreve Pilatos como um governante cruel e insensível, criticando-o por provocar conflitos com os judeus e cometer abusos de poder.

A Pedra de Pilatos

 Uma evidência arqueológica direta é a chamada "Pedra de Pilatos", encontrada em 1961 em Cesareia Marítima.

 A inscrição em latim confirma o nome e o título de Pilatos como "Prefeito da Judeia". É uma prova concreta de sua posição e governança.

Apócrifos e Escritos Cristãos Posteriores

Pilatos é mencionado em textos apócrifos, como o Evangelho de Nicodemos e os Atos de Pilatos. Esses escritos, embora não sejam históricos, refletem tradições sobre seu papel no julgamento de Jesus.

Alguns textos cristãos posteriores sugerem que Pilatos teria se convertido ao cristianismo, mas essas histórias carecem de base histórica confiável.

As menções a Pilatos fora da Bíblia por historiadores como Josefo, Tácito e Filão, além da evidência arqueológica da Pedra de Pilatos, reforçam a historicidade de sua figura. Ele é retratado consistentemente como o governador romano da Judeia no tempo de Jesus, confirmando sua relevância no contexto histórico e religioso.

E o mais importante, o seu testemunho oficial sobre Jesus, e sua entrevista forense, dão credibilidade para o indivíduo Jesus de Nazaré.

A sentença primária inocentando Jesus de qualquer crime (João 18:38up) e o título que honrou a Jesus na cruz, anunciando que Cristo era o Rei do Judeus, são ações importantes que nos ajudam não só a entender que é Jesus, mas revelam parte da missão do Salvador.

Pilatos cedeu a chantagem dos líderes judeus (João 19:12) ao ameaçar sua posição no império; mas isso não desqualifica seu esforço de salvar Jesus. Por três vezes Pilatos inocentou a Jesus perante a multidão dos judeus e os líderes religiosos.

Os Evangelhos relatam três ocasiões distintas durante o julgamento de Jesus em que Pôncio Pilatos declara Sua inocência. Esses momentos são cruciais para destacar que, embora Pilatos tenha condenado Jesus à crucificação, ele não encontrou culpa Nele. Vamos analisar os três momentos:

A Primeira Declaração: Após o Primeiro Interrogatório; está registrado Lucas 23:4:

 "Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não acho culpa alguma neste homem." 

 Após a acusação dos líderes judeus, Pilatos questiona Jesus sobre ser o "Rei dos Judeus" (Lucas 23:3).

Ele percebe que as acusações são baseadas em inveja e não encontra motivo para condená-lo. Mesmo assim, os líderes judeus insistem, acusando Jesus de incitar o povo.

A Segunda Declaração: Após o Envio a Herodes; registrada em Lucas 23:14-15:

 "Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que ele não fez coisa alguma digna de morte." 

Pilatos, ao saber que Jesus era da Galileia, envia-o a Herodes, que também não encontra culpa Nele e o devolve a Pilatos. Pilatos reafirmou que não há razão legal para a condenação de Jesus.

Note que foram duas autoridades romanas, com poder judicial imparcial, que não acharam nada no inquérito de Jesus de Nazaré.

A Terceira Declaração foi uma Tentativa de Libertar Jesus;  registrado em João 19:4-6: 

 "Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: Eis que eu vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum."  E ao insistirem, responde: “Tomai-o vós outros e crucificai-o; eu, porém, não acho nele culpa alguma."** 

Mesmo após Jesus ser açoitado e apresentado à multidão com a coroa de espinhos, Pilatos novamente declara a inocência de Jesus de Nazaré.

 No entanto, os líderes judeus pressionam Pilatos, alegando que Jesus deveria morrer por "fazer-se Filho de Deus."

Os três momentos em que Pilatos declara Jesus inocente evidenciam sua hesitação e a ausência de base legal para a condenação:

1. Lucas 23:4 – Após o primeiro interrogatório.

2. Lucas 23:14-15 – Depois do retorno de Herodes.

3. João 19:4-6 – Durante a tentativa de apaziguar a multidão.

Apesar disso, Pilatos cede à pressão política e social, lavando as mãos como sinal de recusa de responsabilidade (Mateus 27:24). Sua atitude sublinha a injustiça da crucificação de Jesus, que foi condenado sem culpa.

Embora Pilatos não tenha se decidido por Jesus, o confessando como Salvador e Senhor, é compreensível que em uma situação tão probante e formal isso acontecesse. Outras autoridades do império romano foram confrontados com o testemunho, dessa vez, de Paulo, e também não tomaram a decisão imediata (Felix, Atos 24:10-27; Festo Atos 25:1-12; Agripa Atos 25:13-27).

Somente a eternidade poderá nos revelar se o testemunho recebido por esses indivíduos resultou na salvação deles.


ÁRVORES DE NATAL SÃO PAGÃS?

 A origem das árvores de Natal combina tradições religiosas, culturais e pagãs que se desenvolveram ao longo de séculos, resultando em uma prática que hoje é amplamente associada à celebração do Natal cristão. Aqui está uma visão geral de sua origem:

 Podemos dividir a história delas por eras. Eram inicialmente tradições pagãs europeias. Antes do cristianismo, muitas culturas europeias utilizavam plantas sempre-verdes, como pinheiros, azevinho e hera, em rituais de inverno. Essas plantas simbolizavam vida eterna e renovação, especialmente durante o solstício de inverno, quando os dias mais longos começavam a retornar.

Por exemplo: Os povos germânicos e escandinavos decoravam árvores ou usavam galhos para celebrar o Yule, um festival do solstício de inverno. Os romanos, no festival Saturnália, também usavam galhos verdes para decorar suas casas.

As primeiras conexões cristãs ocorrem com a admissão da cultura ocidental. A "árvore do paraíso" medieval é um exemplo. No século XIII, na Alemanha, peças teatrais conhecidas como Mistérios representavam histórias bíblicas. No dia 24 de dezembro, comemorava-se o "Dia de Adão e Eva", e um símbolo comum nesses dramas era a "árvore do paraíso", geralmente um pinheiro ou outra árvore sempre-verde decorada com maçãs (representando o pecado) e, mais tarde, hóstias (simbolizando a redenção em Cristo).

Essa árvore acabou sendo incorporada às tradições domésticas como um símbolo cristão. Aí ocorreu a difusão na Europa.

A árvore de Natal na Alemanha tem sua história significativa. A prática de decorar árvores dentro de casa começou nesse país durante os séculos XVI e XVII. Lutero, o reformador protestante, é frequentemente associado à introdução de luzes na árvore, supostamente inspirado pelas estrelas que brilhavam entre os galhos de pinheiros em uma noite de inverno.

A expansão pelo mundo foi seguida pela cultura cristã. A tradição se espalhou para outros países europeus. Por exemplo, no século XIX, a árvore de Natal se tornou popular na Inglaterra devido ao príncipe Albert, marido da rainha Vitória, que trouxe a tradição alemã.

 Os colonos alemães levaram a prática para os Estados Unidos no início do século XVIII.

Mas há os elementos Modernos, como decorações e luzes. A evolução das decorações foi gradual. Bolas, estrelas, anjos e guirlandas refletem simbolismos cristãos e seculares. A estrela no topo da árvore geralmente simboliza a estrela de Belém. As luzes (originalmente velas) representam Cristo como a "Luz do Mundo".

A figura do que conhecemos como Papai Noel, é uma inserção católica, pois o Santa Clauss era um bispo católico, e como esse segmento cristão usa imagens de santos em seus cultos, a inserção da imagem do Santa Clauss, era muito popular na festa do Natal. Quando elementos culturais atingem mandamentos, como nesse caso, do uso de imagens (Ex 20:4,5) isso deve ser evitado. E como a figura do Papai Noel é uma referência a um santo católico, o uso delas não deve ser feito pelos cristãos.

Leia aqui a história do Santa Clauss.

Mas há os aspectos comerciais. Nos séculos XX e XXI, a árvore de Natal também passou a refletir aspectos mais comerciais e culturais do Natal, perdendo em muitos contextos a associação religiosa.

Há o significado sazonal, pois no hemisfério norte, durante o inverno onde a prática de trazer pinheiros fragrantes para dentro de casa e decorar a eles, era muito comum. E primeiro com as festas pagãs e depois com a festa cristã, esses pinheiros ganharam a caracterização de cada tradição.

Embora tenha raízes em práticas pagãs, a árvore de Natal foi cristianizada ao longo do tempo e, hoje, é um símbolo universal de celebração, seja religiosa ou secular.

Ellen White reconhecendo que esse era um hábito cultural e não tinha implicações espirituais no seu significado, ou simbolismos ruins, recomendava o uso de árvores de natal.

Rogo-vos, irmãos e irmãs, que façam do Natal uma bênção para vocês e para os outros. O nascimento de Jesus... foi celebrado pelos exércitos celestiais. RC 365.2

Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. LA 482.1

Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore. 

A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração.

As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar. LA 482.1-3

Assim como a data de 25 de Dezembro, as árvores de natal é uma apropriação cultural para a pregação do evangelho, na primeira vinda de Jesus. Não é estranho agregar valores culturais para tornar a mensagem de salvação acessível a cada povo ou nação.

E o natal segue muito desse princípio.

Portanto, tenha um feliz e brilhante natal, porque a Luz do Mundo, Jesus, nasceu trazendo salvação!

Leia ainda A Touca de Natal do Papa

TESTEMUNHOS SOBRE JESUS NO EVANGELHO DE JOÃO

O apóstolo João teve o privilégio de escrever os útimos livros da Bíblia. Esse profeta escreve os 5 últimos lvros do Canon Sagrado; e isso foi 65 anos depois de Jesus ter subido ao céu. 

Isso faz com que os conceitos apresentados nesses livros últimos livros, sejam os mais evoluídos dentro da revelação e compreensão da Palavra de Deus.

João primeiro recebeu a Revelção (Apocalipse) o que moldou o segundo livro que escreveu, o Evangelho de João. E depois, vieram as três cartas pastorais - 1a João, 2a João e 3a João. Sendo essa última carta, o último livro escrito da Bíblia. 

Esses últimos livros possuem uma compreensão avançada de toda revelação. Em especial, o evangelho, possui uma compreensão diferenciada sobre Cristo.

Uma palavra que bem define o evangelho de João é - testemunho - e ali encontramos 11 testemunhos de pessoas sobre Jesus Cristo:

João Batista declarou aos seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus!” (Jo 1:36).

André disse a seu irmão: “Achamos o Messias!” (Jo 1:41).

 Filipe disse a Natanael: “Achamos Aquele de quem Moisés escreveu” (Jo 1:45).

 Natanael disse a Cristo: “Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!” (Jo 1:49).

 A samaritana cogitou: “Não seria Ele, por acaso, o Cristo?” (Jo 4:29).

 Os samaritanos afirmaram: “Nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4:42).

 Pedro disse: “Senhor, para quem iremos? O senhor tem as palavras da vida eterna” (Jo 6:68).

 Marta declarou: “Eu creio que o senhor é o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo” (Jo 11:27).

O ex-cego afirmou: “É estranho que vocês não saibam de onde ele é, mas ele me abriu os olhos. ... Desde que o mundo existe, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença.  Se este homem não fosse de Deus, não poderia ter feito nada.” (Jo 9:30-33). 

 Pilatos disse aos judeus: “Eis aqui o rei de vocês” (Jo 19:14). “Eu não encontro Nele crime algum” (Jo 19:6).

 Tomé se entregou e disse: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20:28).



A INFLUENCIA DAS MULHERES NA REFORMA E SUA CONTINUIDADE

 

As mulheres tiveram grande influência na Reforma Protestante. É a injustiça e o preconceito que não menciona a contribuição delas, mas elas foram determinantes com sua influencia e como mentoras das famílias e congregações. Entre as anônimas mulheres, outras tiveram seu destaque como:

Katharina von Bora (1499-1552) - Ex-freira alemã que se casou com Martinho Lutero, foi uma grande apoiadora do movimento reformista. Katharina não apenas administrava a casa e o sustento de Lutero, mas também era uma conselheira dele e manteve um espaço de apoio para outros reformadores em sua casa. Ela desafiou o papel tradicional da mulher e é vista como uma pioneira no modelo de casamento pastoral protestante.

Argula von Grumbach (1492-1568) - Nobre alemã, foi uma das primeiras mulheres a defender publicamente as ideias de Lutero e escrever textos em defesa da Reforma. Argula enviou cartas a líderes e universidades criticando a perseguição de reformadores e denunciando os abusos da Igreja Católica. Sua coragem em escrever e defender publicamente a Reforma em uma época de forte repressão à voz feminina foi notável.

Marie Dentière (1495-1561) - Ex-freira belga e teóloga que se uniu ao movimento de João Calvino em Genebra. Marie escreveu tratados defendendo a participação das mulheres na Reforma e fez críticas à Igreja Católica. Em uma de suas cartas, ela apelou a Marguerite de Navarra para que ajudasse a promover o papel das mulheres no movimento.

Elisabeth von Braunschweig (1510-1558) - Princesa alemã que se converteu ao luteranismo e usou sua posição para defender o protestantismo em seu território. Ela ajudou a proteger reformadores e correspondia-se com Lutero e outros líderes, pedindo conselhos e encorajando o movimento.

Jeanne d’Albret (1528-1572) - Rainha de Navarra, foi uma das principais apoiadoras do protestantismo na França. Ela promoveu o calvinismo em seu reino e usou sua posição política para defender e espalhar a fé reformada. Jeanne teve um papel importante nas Guerras de Religião na França, defendendo a liberdade religiosa para os protestantes.

Ellen Gould White (1827–1915) foi uma escritora muito produtiva e líder espiritual. Nascida em Gorham, Maine, nos Estados Unidos, Ellen Harmon teve uma infância marcada por dificuldades. Foi batizada na igreja metodista, mas aos 12 anos, uniu-se ao movimento milerita, que aguardava a segunda vinda de Cristo. Pouco tempo depois, ela relatou ter tido uma série de visões que a confirmaram na missão de fortalecer o movimento adventista emergente. Em 1846, casou-se com o pastor Tiago White, outro líder milerita, e juntos dedicaram-se a estruturar as verdades bíblicas do movimento adventista em continuidade à reforma protestante.

Verdades antigas redescobertas 

Ellen White foi decisiva para o sucesso do movimento adventista como continuidade da reforma protestante. A medida que antigas verdades eram entendidas, ela como profetisa as confirmava como sendo a revelação de Deus àquele movimento. A primeira verdade restaurada e acrescida a continuidade da reforma foi a doutrina do santuário celestial e o trabalho celestial de Jesus como sumo sacerdote no céu. Essa mensagem é uma verdade central dentro do argumento protestante, pois confronta a doutrina romana da intercessão mariana. Outras verdades foram sendo redescobertas pelo grupo de pessoas do movimento; verdades antigas como a validade da lei de Deus, a guarda do sábado do sétimo dia, a mortalidade condicional do ser humano, doutrina da ressurreição e os mandamentos de saúde.

Esse conjunto de verdades se somam àquelas que os pioneiros da reforma haviam redescoberto e formam um conjunto gracioso de revelações concedidas pelo céu. A reforma não havia terminado e houve uma efetiva continuidade a partir do movimento milerita e sua mensagem da segunda vinda de Jesus - a mensagem adventista.

Assim as visões de Ellen, ou as revelações Divinas através de sua profetisa, foram essenciais para a formação da doutrina reformista do século XIX. Ellen White foi uma escritora prolífica, com mais de 40 livros, e outras dezenas de compilações, chegando ao número de 100 mil páginas escritas, abrangendo temas como teologia, saúde, educação e vida cristã. Seus escritos, incluindo obras como "O Grande Conflito" e "Caminho a Cristo", continuam a influenciar os adventistas e cristãos de outras denominações. Sua ênfase em uma vida equilibrada e sua visão da religião como parte integral de todas as áreas da vida moldaram a identidade adventista moderna. Ellen White faleceu em 1915, mas seu legado permanece vivo, sendo considerada por muitos como a "mensageira do Senhor" e uma das vozes mais influentes no adventismo mundial e da reforma continuada no século XIX.

Conclusão

As mulheres reformadoras foram estratégicas na continuidade do movimento protestante. O legado principalmente da profetisa e escritora norte-americana, Ellen White, é a vanguarda da continuidade da reforma do século 16. Os escritos e sua divulgação pela página impressa impactou dezenas de nações que possuem seus escritos em seus idiomas. Essa é uma herança que foi herdada dos pioneiros reformadores e que estão no presente século na forma dos livros.

Leia também:

A continuidade da Reforma


A CONTINUIDADE DA REFORMA PROTESTANTE

 

Hoje a principal necessidade é compreender que a Reforma teve continuidade e precisar continuar em nossos dias. A ideia principal desse movimento era romper com o ‘stablishment’ da igreja romana que havia corrompido e mudado os conceitos bíblicos; e a reforma veio para devolver ao povo uma religião pura e simples, baseada na Palavra de Deus. E para que isso ocorresse,  homens pensantes, corajosos e altruístas foram fundamentais para esse rompimento.

Os reformadores do passado foram vários. Os principais nomes da Reforma Protestante incluem:

Martinho Lutero (1483-1546) - Monge alemão e professor de teologia, foi a figura central da Reforma Protestante. Em 1517, publicou suas 95 Teses, que criticavam abusos na Igreja Católica, como a venda de indulgências. Lutero enfatizou a salvação pela fé, a autoridade das Escrituras e a tradução da Bíblia para o vernáculo.

João Calvino (1509-1564) - Teólogo francês e reformador, foi uma figura central na segunda geração da Reforma. Calvino estabeleceu uma teocracia em Genebra, Suíça, onde implementou um governo baseado em princípios bíblicos.

Ulrich Zwinglio (1484-1531) - Reformador suíço que, independente de Lutero, também iniciou um movimento de reforma. Ele promoveu mudanças como a abolição de imagens nas igrejas e criticou a missa católica.

John Knox (1513-1572) - Reformador escocês, foi influenciado por Calvino e levou a Reforma para a Escócia. Ele fundou a Igreja Presbiteriana, destacando a autonomia das congregações e o governo da igreja por anciãos.

Thomas Cranmer (1489-1556) - Arcebispo de Cantuária, teve um papel importante na Reforma inglesa sob o reinado de Henrique VIII e Eduardo VI. Escreveu o Livro de Oração Comum, que influenciou a adoração na Igreja Anglicana.

Muitos desses homens e outros, pagaram com a própria vida os ideais da Reforma Protestante ou os princípios da Palavra de Deus. E nos falta esse ideal hoje, a coragem para lutar contra as distorções que vão ocorrendo com a interpretação da Palavra de Deus.

A Reforma Protestante teve continuidade

No século XVIII, diversos pregadores cristãos começaram a pregar sobre a iminente volta de Jesus, antecipando o movimento milerita do século XIX. A Reforma Protestante despertou essa visão da Segunda Vinda de Jesus. Embora a ideia de um retorno iminente de Cristo tenha raízes no cristianismo primitivo, o século XVIII viu um ressurgimento desse tema em resposta a reforma e a movimentos de renovação espiritual. Alguns neo-reformadores desse período incluem:

Johann Albrecht Bengel (1687–1752) - Teólogo e pastor luterano alemão, Bengel foi um dos primeiros teólogos a estudar as profecias bíblicas com um enfoque no retorno de Cristo. Em suas análises, ele sugeriu datas específicas para eventos apocalípticos e destacou a importância de uma preparação espiritual para a segunda vinda.

John Wesley (1703–1791) - Fundador do movimento metodista, Wesley pregava com frequência sobre a santidade pessoal e a importância da preparação para o retorno de Cristo. Embora ele evitasse fixar datas, Wesley via sinais do fim nos eventos sociais e políticos de seu tempo, incentivando uma renovação espiritual entre seus seguidores.

George Whitefield (1714–1770) - Evangelista britânico e um dos líderes do Primeiro Grande Despertar, Whitefield enfatizou em suas pregações a necessidade de arrependimento e de uma vida dedicada a Deus, esperando pela volta de Cristo. Ele foi influente tanto na Inglaterra quanto nas colônias americanas, transmitindo a ideia de uma renovação espiritual urgente à luz dos eventos finais.

Jonathan Edwards (1703–1758) - Pregador e teólogo norte-americano, Edwards, um dos líderes do Primeiro Grande Despertar, abordava temas como a soberania de Deus e o julgamento iminente. Embora focado em avivamento e arrependimento, ele acreditava que Deus estava preparando o mundo para eventos escatológicos e a eventual volta de Cristo.

Manuel Lacunza (1731–1801) - Jesuíta chileno que, após estudar profecias, escreveu sob o pseudônimo de "Juan Josafat Ben-Ezra". Seu livro *A Vinda do Messias em Glória e Majestade* influenciou cristãos na Europa e nas Américas com suas ideias sobre o milênio e o retorno de Jesus. Sua obra foi lida por muitos, incluindo William Miller, contribuindo para o interesse escatológico no século XIX.

William Miller (1782–1849) foi um fazendeiro e pregador batista americano cuja interpretação das profecias bíblicas deu origem ao movimento milerita, que provocou um garande ‘boom’ sobre a Parousia. Nascido em Pittsfield, Massachusetts, e criado em uma família cristã, Miller serviu como capitão na Guerra de 1812. Após o conflito, passou por uma profunda crise espiritual que o levou a um estudo meticuloso da Bíblia, especialmente dos livros de Daniel e Apocalipse. Foi um dos maiores responsáveis pela visão emergente da Vinda de Cristo.

José Bates (1792–1872) após uma forte experiência espiritual e de conversão, decidiu abandonar a vida no mar, como capitão de barcos, para se dedicar ao trabalho missionário. Bates uniu-se ao movimento milerita na década de 1840, convencido da iminente segunda vinda de Cristo, e pregou extensivamente sobre o retorno de Jesus. Em 1846, Bates publicou o folheto The Seventh Day Sabbath, a Perpetual Sign, que influenciou profundamente outros líderes do movimento millerita.  Além de seu trabalho evangelístico e doutrinário, Bates foi conhecido por seu estilo de vida simples e sua dedicação inabalável à missão. Ele viajou extensivamente e gastou grande parte de seus recursos pessoais para divulgar o evangelho.

James Springer White (1821–1881) aos 15 anos, após uma experiência de cura, ele decidiu se dedicar à fé protestante e, aos 21, uniu-se ao movimento millerita liderado por William Miller, que pregava a iminência da segunda vinda de Cristo. White, junto a outros líderes, buscou entender melhor os conceitos de W. Miller e reorganizar o movimento adventista que surgiu. James White também desempenhou um papel importante como editor e publicador. Ele fundou o periódico The Present Truth (que depois se tornou a Review and Herald) e participou na publicação de muitos dos escritos de sua esposa, bem como de outros materiais evangelísticos. Foi um entusiasta da página impressa divulgando a mensagem adventista.

Conclusão

Esses homens do século 18 e 19 foram os responsáveis pela continuidade da reforma protestante, onde o princípio fundamental é descobrir as verdades esquecidas durante a idade média, a grande apostasia da igreja romana.

Como é importante hoje entendermos que a Reforma continuou e permanece em nossos dias. Agora a reforma precisa continuar em nossa vida pessoal, adotando os princípios vivos da Palavra de Deus.

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REFORMA PROTESTANTE E SUA INFLUENCIA HOJE

A Reforma Protestante foi um grande movimento iluminista, no real sentido da palavra. Literalmente essa reforma tirou das trevas milhões de pessoas da alta idade média que estavam sem a Palavra de Deus e sem o conhecimento fundamental sobre a salvação.

Essa reforma foi iniciada no século XVI, marcou não apenas uma ruptura histórica com a Igreja Católica Romana, mas também uma transformação espiritual que continua a impactar a fé e a prática cristã até hoje. Os ideais defendidos pelos reformadores – como Martinho Lutero, João Calvino e Ulrich Zwinglio – trouxeram novas abordagens teológicas que influenciam profundamente a vida espiritual e religiosa dos cristãos em todo o mundo. Este artigo explora como os princípios espirituais da Reforma Protestante seguem inspirando a vida espiritual e a compreensão da fé para as pessoas atualmente.

 Um Chamado à Centralidade das Escrituras

A compreensão dos reformadores era que a Bíblia, ou as Sagradas Escrituras deviam estar na mão do povo comum. Muitos desses reformadores foram também tradutores e pregadores da Palavra de Deus e essa é a primeira e fundamental mudança que a Reforma Protestante estabeleceu. A Bíblia como a única autoridade em questões de fé e prática cristã, foi uma ideia que ainda hoje é fundamental para muitas denominações protestantes e cristãs em geral. Esse princípio ensina que cada pessoa pode ter acesso direto às Escrituras e, portanto, à verdade divina, sem intermediários humanos. A tradução da Bíblia para as línguas vernáculas, impulsionada pela Reforma, incentivou uma espiritualidade baseada no estudo pessoal e na meditação nas Escrituras. Até hoje, a leitura e a interpretação bíblica independente são práticas comuns que nutrem a vida espiritual dos cristãos, promovendo uma fé que é profundamente pessoal e refletida na vida cotidiana.

Um chamado a fé simples e pura

Outro fundamento ensina que a justificação do cristão é pela fé em Jesus Cristo, não por obras humanas ou ritos religiosos. Para os reformadores, a fé era uma entrega completa a Deus e uma confiança na suficiência da obra de Cristo para a salvação. Hoje, esse princípio inspira milhões de cristãos a viverem uma espiritualidade fundamentada na confiança em Deus, buscando uma relação genuína com Ele e evitando qualquer tentativa de "merecer" a salvação por mérito próprio. Essa doutrina encoraja uma vida de confiança e dependência em Deus, lembrando os cristãos de que a relação com o Criador é gratuita e que todas as ações decorrem da gratidão por essa dádiva.

Um Convite à Graça Incondicional de Deus

A crença protestante declara que a salvação é um dom gratuito de Deus, e não algo que se possa ganhar por esforços ou méritos humanos. Esta ênfase na graça divina continua a moldar a espiritualidade das pessoas, promovendo a humildade e o reconhecimento de que todo ser humano é dependente da misericórdia divina. Em um mundo onde o valor pessoal muitas vezes está vinculado ao desempenho e ao sucesso, o princípio de que somos amados e aceitos por Deus independentemente de nossos méritos traz paz e alívio espiritual. Ele nos lembra que a espiritualidade não é uma busca por perfeição, mas uma jornada de aceitação do amor incondicional de Deus.

Cristo como Centro da Espiritualidade

O retorno à figura de Jesus como único mediador entre Deus e os homens, excluindo a necessidade de santos, sacerdotes ou rituais que mediem essa relação, foi fundamental para esse movimento. Para os reformadores, Cristo era suficiente para redimir a humanidade e restaurar a comunhão com Deus. Esse princípio continua a ter um impacto profundo na espiritualidade contemporânea, pois concentra a fé e a devoção diretamente em Jesus Cristo. Ele promove uma espiritualidade cristo-cêntrica, onde a vida de Jesus e seus ensinamentos são a base da prática cristã e o foco da adoração e devoção diárias.

Viver para a Glória de Deus

Os reformadores ainda ensinaram que toda a glória pertence a Deus e que a vida cristã deve ser vivida para exaltá-lo. Esse ideal desafia os cristãos a colocarem Deus no centro de todas as áreas da vida, não apenas da vida religiosa. A busca pela excelência, o altruísmo e o desejo de servir ao próximo são expressões desse princípio. No contexto atual, onde há uma valorização crescente da autossuficiência e do individualismo, o Soli Deo Gloria lembra os cristãos de que a vida é para a glória de Deus e não para o próprio orgulho ou benefício. Este princípio tem inspirado projetos missionários, trabalhos de caridade e ações de justiça social, onde as pessoas buscam refletir o amor e a glória de Deus no mundo.

Uma Espiritualidade Pessoal e Transformadora

Hoje, os princípios da Reforma continuam a inspirar uma espiritualidade pessoal e acessível. A liberdade de acessar a Bíblia e interpretá-la, o entendimento de que a salvação é um presente de Deus, a centralidade de Cristo na fé e a busca pela glória de Deus transformam vidas ao redor do mundo. Cada princípio oferece um caminho para uma espiritualidade autêntica e uma relação direta com Deus, influenciando as igrejas a serem mais inclusivas e orientadas pela Bíblia.

Além disso, esses valores reformados têm impactado áreas sociais e culturais, inspirando movimentos educacionais, ações de justiça social e um compromisso com a ética no trabalho e na vida pública. Essa influência se manifesta na forma como cristãos buscam viver seus valores no dia a dia, promovendo uma sociedade mais justa e compassiva.

 Conclusão

Os princípios espirituais da Reforma Protestante continuam a moldar a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Eles convidam a uma espiritualidade centrada em Cristo, firmada nas Escrituras e dependente da graça de Deus. Cada um dos "Cinco Solas" é um chamado para uma fé autêntica, direta e relevante para o presente, lembrando os cristãos de que a vida espiritual não é uma coleção de rituais, mas uma jornada de transformação pessoal, dedicada a Deus e em serviço ao próximo. Assim, a Reforma segue viva, não como um movimento histórico distante, mas como uma inspiração espiritual que transcende os séculos.

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COMO JESUS PEDIU PARA SER LEMBRADO

 

O apóstolo Paulo relatou o último pedido do seu mestre antes da Sua morte. Ele queria ser lembrado através de uma cerimônia que Ele mesmo havia criado e instituído com Seus discípulos – “façam isso em memória de Mim” 1Co 11:24up.

Era uma refeição familiar que deveriam agora transformar em uma ceia sagrada, feita com os crentes, onde o que comeriam lembrariam o próprio Salvador.

O pão usado nessa Ceia Santa lembraria o corpo de Cristo sem pecado, o vinho lembraria Seu sangue e a água do Lava-pés apontava para o lavar regenerador do Consolador, o substituto de Jesus.

Jesus não pediu para ser lembrado com a antiga festividade da Páscoa judaica, ou sequer ser lembrado na semana que ocorreu seu sacrifício. Pelo contrário, Ele deveria ser lembrado sempre, semanalmente, mensalmente, durante todo o ano.

Foi a tradição romana, pagã, que se apegou ao calendário cerimonial e faz desse período um roteiro eclesiástico para os seus crentes se lembrarem do Jesus crucificado. No entanto a ceia romana não segue a orientação de Jesus. Os fiéis não participam do vinho e nem do lava pés.

É Babilônia que impõem essa quebra do ritual sagrado, e tira o significado da cerimônia que Jesus pediu pela qual fosse lembrado. Mas essa é uma característica dos ‘adoradores da besta’, fazer a adoração ao seu modo, do jeito que querem, e não de como Deus pediu ou da forma como Jesus estabeleceu.

Por isso o povo de Deus é chamado a sair de Babilônia (Ap 18:3), da sua tradição, da sua cultura, do seu estilo de vida, das suas invencionices. A semana é declarada santa; a sexta-feira é feita santa, mas o sábado, o dia sagrado, é desprezado. E querendo ou não, no feriado nacional que Babilônia impôs, todos descansam, 'obedecendo' seu dia religioso.

O apóstolo Paulo tentando tirar a cultura do cerimonialismo judaico dos crentes, lhes exorta dizendo – “Cristo nossa Páscoa” 1Co 5:7. Paulo ensinou isso pois os crentes insistiam em voltar para as datas cerimoniais. Aos crentes da Galácia, o apóstolo repreendeu dizendo – “vocês guardam dias, meses e anos” Gl 4:10.

Da mesma forma hoje, alguns cristãos insistem em seguir, agora, a tradição de Babilônia. Se esquecem que a nossa Páscoa é Jesus; que “Cristo é as primícias” 1Co 15:23. Ou seja, não há um calendário sagrado, datas santas, ou festas religiosas que celebramos a Cristo.

Jesus pediu para ser lembrado de uma forma – “façam isso em memória de Mim”. E os cristãos não podem permitir ser seduzidos pelas festividades e cultura pagã de Babilônia.

No Apocalipse, quando o apóstolo João vê a Grande Meretriz, a Revelação diz – “E eu a vendo, maravilhei-me com grande admiração” Ap 17:6. Babilônia é assim, impressionante e sedutora. Se o apóstolo João a viu profeticamente e se maravilhou e admirou, não é estranho que muitos cristãos se apeguem à sua cultura, tradição e costumes. Esse engano é sutil.

A Igreja Adventista não celebra nada nessa época do ano; realizamos evangelismo apenas se utilizando da oportunidade das pessoas se tornarem mais religiosas nessa semana. E o evangelismo que a igreja realiza não tem características de venerar a semana, a ‘sexta-feira da paixão’ ou do domingo da ressurreição. É bom lembrar que é essa tradição romana que argumenta que por isso, pela ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana, esse dia se tornaria sagrado. O engano é sutil.

Mas em meio aos encantos de Babilônia ouvimos a doce voz de nosso Jesus desde o Santuário Celestial dizer – “façam isso em memória de Mim”. Ele queria ser lembrado através das Cerimônias da Santa Ceia e do Lava-Pés.

Parafraseando o profeta João no Apocalipse, digo, quem tem ouvidos ouça – “Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem fermento, o pão da sinceridade e da verdade.” 1 Coríntios 5:7,8.

E no lugar de dizer, feliz Páscoa, digo a você, Cristo é nossa Páscoa!

O DOM DE LINGUAS EM CORINTO

 

Nas 4 listas de dons espirituais do Novo Testamento (Rom.12:6-8; 1Cor.12:8-11; 1Cor.12:28; Efe.4:11) o dom de línguas estranhas aparece somente na igreja de Corinto, e associado ao dom de interpretar línguas (1Cor.12:10up).

Isso indica que o dom de línguas estranhas (não inteligíveis) era um fenômeno espiritual dos crentes de corinto, que vinham de experiências espirituais do culto pagão. Os coríntios na sua maioria vinham do paganismo e foram convertidos ao cristianismo.

No capítulo 14 da primeira carta aos coríntios, Paulo desenvolve a compreensão desse dom. Apesar das duas listas de dons espirituais possuírem 17 dons ao todo (12:8-11 são 9 dons; 12:28 são 8 dons) Paulo dedica um capítulo inteiro para desconstruir a compreensão daqueles crentes recém conversos, no dom de línguas estranhas, e incentivar a eles o uso de dons superiores (14:39).

A Desconstrução

O apóstolo Paulo começa o capítulo 14 fazendo um contraste entre o dom de línguas e o dom de profetizar (vs2,3). E a ênfase de Paulo é o uso de uma palavra repetida por 6x no capítulo – “edificar”. O argumento é que o dom de línguas não edifica a igreja.

-v2 “ninguém o entende porque fala em mistérios”

-v4 “o que fala em língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza, edifica a igreja”

-v5 “quem profetiza é é superior ao que fala em outras línguas”

-v5up “para que a igreja recebe edificação”

-v9 “se com a língua não falarem palavra compreensível, como se entenderá?”

-v12up “procure progredir para a edificação da igreja”

-v13 “o que fala em outra língua deve orar para que possa interpretar”

-v17 “tu, de fato (fala em outra língua) mas o outro não é edificado”

-v19 “prefiro falar na igreja cinco palavras com entendimento”

-v19up “do que falar dez mil palavras em outra língua”

 Paulo nesses vs1-19 não incentiva os crentes no uso de línguas estranhas; pelo contrário, ele diz que a pessoa deve orar para que possa interpretar (v13 – saber o que está dizendo) e assim edificar a igreja. A conclusão é que a língua estranha não edifica a igreja.

A Ordem do Culto

Nos vs26-33 Paulo organiza o culto naquela igreja pois havia “confusão”. E o apóstolo afirma que “Deus não é de confusão” v33.

A ordem do apóstolo é “Seja tudo feito para edificação” v26up.

E para evitar a confusão, Paulo, dá duas orientações fundamentais voltado para os que usavam de línguas estranhas:

1)      “no caso de alguém falar em outra língua, que não seja mais de dois ou quando muito três e isso sucessivamente” v27pp

2)      “e haja quem interprete” v27up

3)      “não havendo interprete, fique calado na igreja” v28

Com essas três regras Paulo, inibe o uso desse dom, e deixa ele vinculado à necessidade de se interpretar o que a pessoa está dizendo.

Paulo ainda coloca ordem no culto. Portanto é uma regra bíblica, que se a pessoa for falar em línguas estranhas, cada um deve falar por vez; e no máximo três pessoas devem falar. E mesmo assim se não houver intérprete, eles devem ficar calados.

Ou seja, os cultos onde há várias falando em línguas ao mesmo tempo, em uma confusão de vozes, isso é anti-bíblico, é confusão, e Deus na se agrada. Paulo é enfático – “Deus não é de confusão” v33.

O v40 finaliza a exortação apostólica dizendo – “Tudo seja feito com decência e ordem”.

As igrejas que não seguem essas orientações, não estão de acordo com a Palavra de Deus e se encaixam na “confusão”, desonrando o Nome de Jesus Cristo.


AS ORIGENS DO CARNAVAL

           

Historiadores têm procurado traçar suas origens para as celebrações de vários povos, como os mesopotâmicos. A própria Bíblia relata religiões com cultos a deuses que as cerimônias envolvia prostituição cultual com sacerdotisas (Nm 25:1,2).

Os gregos e romanos celebravam festas em honra de Dionísio (Baco para os romanos), que encorajava a bebida e outras indulgências carnais. A religião e a entrega aos desejos sexuais foi um vínculo que sempre existiu nas religiões pagãs da antiguidade.

Assim, enquanto o Carnaval pode ter surgido oficialmente na Idade Média, muitas de suas práticas foram herdadas de civilizações anteriores.

Durante a Idade Média e a consolidação da Igreja Católica, o controle sobre os impulsos festivos da população foi procurado. As festas eram vistas como excessivas e, portanto, propensas a práticas pecaminosas. Para resolver isso, a Igreja estabeleceu a Quaresma - um período de 40 dias de contrição e jejum que antecedeu a Semana Santa. A rigidez e restrição deste período fez com que o ímpeto festivo da população fosse condensado para as semanas e meses anteriores à Quaresma. Este período foi chamado Carnis levale - que significa "tirar a carne" - como era o momento de expressar desejos antes de começar a Quaresma. (Fonte: Sala da Notícia.com).

A igreja romana assim se identifica com as religiões pagãs da antiguidade; e isso é compreensível porque os romanos travestiram o cristianismo com todos seus fundamentos religiosos de idolatria, ostentação, sacerdotes celibatários, permissividade sexual e festas paganizadas. O carnaval sancionado pela igreja é uma dessas evidencias do distanciamento do cristianismo original, que tinha raízes judaicas, e jamais romanas.

Foram os imperadores romanos, incialmente, com Constantino (c. 320 dC) que importaram da religião romana e mais tarde das religiões nórdicas, os elementos religiosos pagãos que existem na igreja católica apostólica romana. Essa igreja possui um cristianismo marginalizado ao cristianismo original criado pelo Jesus de Nazaré, o judeu do primeiro século, e Deus encarnado.

O Carnaval derivado durante a Idade Média era uma longa celebração, geralmente ocorrendo logo após o Natal e antes da Quaresma. Era comum para atos cômicos, performances teatrais e grandes quantidades de comida e bebida, incluindo carne, que normalmente não estava disponível para a maioria das pessoas durante o resto do ano.

Essa festa se distancia em muito e não possui similaridade alguma com as sete festas dos judeus que encontraram cumprimento na vida do Messias, Jesus Cristo. O próprio apóstolo Paulo em suas cartas relacionou as festas judaicas com Jesus dizendo – “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” 1Co 5:7; e “Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” 1Co15:20.

Já as festas pagãs centralizam-se nos desejos carnais humanos e suas satisfações. Essa é a essência do ‘carnaval cristão romano’. No entanto o Novo Testamento e os Evangelhos distanciam os desejos da carne do crente. Uma festa que satisfaça esses desejos da carne é uma distorção dos fundamentos do cristianismo e suas raízes hebraicas.

O Novo Testamento diz sobre os desejos da carne – “a inclinação da carne é inimizade contra Deus” Rm 8:7; “purifiquemo-nos de toda imundície da carne” 2Co 7:1; “não usem da liberdade para dar ocasião à carne” Gl 5:13; “andem no Espírito e não cumprireis os desejos da carne” Gl 5:16. Assim, notadamente, vemos que os fundamentos do Novo Testamento cristão, direciona opostamente à satisfação dos desejos da carne. Qualquer religião pretensamente cristã, que promova festas, como o carnaval, para satisfação dos desejos carnais, jamais foi cristã, mas pagã e corrompida nos seus conceitos pretensamente, cristãos.

É uma falácia que a igreja católica use o nome cristão e se distancie tão abertamente dos fundamentos do verdadeiro cristianismo. A ICAR é mais romana, pagã, do que jamais foi cristã. E o carnaval é uma das mais evidentes provas disto.

Uma igreja que permite que festas carnavalescas ocorram em frente aos seus templos, e que autoriza seus seguidores à fornicação, adultério, prostituição, e toda variedade de exposição do corpo, ostentação, vaidade, nudez e sincretismo de todo tipo, uma igreja dessa jamais foi cristã. É a maior falácia, ou engano propagado em nome da religião em todos os séculos.

Apelo aos cristãos romanos que se conscientizem e leiam os fundamentos do evangelho e das cartas do Novo Testamento, e aceitem o apelo do Apocalipse – “Saiam dela povo meu” Ap 18:3. O livro da Revelação identifica esse movimento religioso pagão, como sendo Babilônia, justamente pela união das religiões pagãs em si mesma.

Por outro lado, o mesmo Apocalipse diz dos cristãs verdadeiros – “os santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” Ap 14:12.


UM MÊS DE ANUNCIAÇÃO

 

Google anuncia o mês do natal

A maior plataforma da internet celebra o início de um mês diferenciado no calendário ocidental, colocando uma referência natalina em sua página principal; o mês de dezembro é destacado nessa empresa como um mês de celebração.

Por que haveriam os cristãos de celebrar menos, ou de divulgar menos, se a razão da celebração desse mês é uma celebração cristã?

Embora seja uma tradição, o mês que celebra o nascimento de Jesus Cristo é destaque em todo o mundo ocidental e também nos países não cristãos pela beleza, alegria e ‘espírito natalino’ que esse mês carrega.

É certo que o mundo ocidental capitalista, consumista, tem seus motivos para celebrar e divulgar esse mês como um dos principais no calendário. Mas como o próprio apóstolo Paulo concluiu – “Mas que importa? Uma vez que, de uma forma ou de outra, Cristo está sendo pregado, seja com fingimento, seja com sinceridade, também com isto me alegro; sim, sempre me alegrarei” Filipenses 1:18.

Aproveitemos os meios que o próprio mundo estabeleceu para a divulgação dessa data tão especial. O fato de que vivemos em uma era cristã, e que existe um mundo ocidental cristianizado, deve nos motivar a aproveitar a oportunidade para anunciar o grande acontecimento de toda a história humana – a encarnação de Deus entre os humanos.

O grande pregador norte-americano anunciou dos púlpitos na década de 70 – “O maior acontecimento da história não foi o homem subir e pisar na lua. Foi Deus descer e pisar na Terra”; Billy Graham. O pastor Graham disse isto porque em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar em solo lunar, disse uma frase que até hoje ecoa como a mais triunfal conquista humana de todos os tempos: "É um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a Humanidade". O presidente Richard Nixon, que governava a nação norte-americana na época, também disse sobre o evento do homem pisar na lua – “esse é o dia mais importante para a Humanidade – o dia em que o homem pôs os seus pés na lua".

O dia mais importante da história humana foi o dia em que Jesus pôs os pés na terra. Ou o dia em que Deus experienciou o nosso próprio destino nascendo como um humano, vivendo e morrendo como cada um de nós.

O natal carrega a maior mensagem da história da humanidade. E os cristãos devem fazer desse mês um mês de anunciação. O mundo faz isso ao seu jeito, mas cumpre o propósito de Deus espalhando a mensagem do natal – do nascimento do Salvador entre nós humanos.

As forças opositoras do mal tentam ocultar o significado do natal através de figuras comerciais, folclóricas populares e distorções várias. Mas cabe aos cristãos aproveitar a oportunidade que Deus abriu para termos a maior de todas as datas no calendário atual.

Que cada luz de natal aponte para Jesus, a Luz do Mundo. Que debaixo de cada árvore de natal sejam colocadas ofertas de ações de graças. Que em cada mesa de ceia, se reúnam famílias, irmãos, agradecidos a Deus pela grande dádiva do Salvador do Mundo. Que de cada igreja nesse mês, sejam ouvidos os hinos natalinos exaltando ‘o Rei que nos nasceu’.

O mundo celebra o natal do seu jeito comercial de ser. Mas que os cristãos sejam o referencial a todas as pessoas, e voltemos os olhos do mundo para a pessoa doce do Senhor Jesus Cristo. Que o bebê na manjedoura seja visto. Que a bela história da estrela de natal, da viagem a Belém e do nascimento virginal na manjedoura seja contada e repetida às crianças em todas as igrejas.

“Natal, feliz Natal!
No céu de Belém, uma luz que surgiu
Fez soar, lá no além, o coro angelical
Que em sons divinais proclamou, lá do Céu
Salvação aos mortais
Natal, feliz Natal!
Natal, Natal!
Eis que nasceu nosso Rei divinal!”

LIVROS, TRIBUNAL E ADVOGADO - A CENA DO JUÍZO NO CÉU

A cena do juízo que começou em 1844 é descrita nas profecias apocalípticas de Daniel 7, e o que é revelado ali tem grande significado para nós hoje.

A cena profética é descrita assim – “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou. (...)  Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele. Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros." (...) "Eu estava olhando nas minhas visões da noite. E eis que vinha com as nuvens do céu  alguém como um filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele”. Daniel 7:7,9,13

 

Essa é uma cena do Santuário Celestial, no ano de 1844, onde Jesus (v13) vêm ao Ancião de Dias (Deus Pai) onde “foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros” v9. O Juízo que ocorre em nossos dias no céu envolve livros e um tribunal de investigação desses livros.

 

A mesma cena de juízo de 1844 é descrita no Apocalipse assim – “Vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. (...) Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. (...) E foram julgados, um por um, segundo as suas obras”. Apocalipse 20:11-13

 

As duas cenas são a mesma, iniciadas em 1844, na profecia de tempo das “duas mil e trezentas tardes e manhãs” (Dn 8:14). Esses 2300 anos se iniciam em 457aC (Dn 9:24) e terminam no século 19 de nossa era, ou em 1844.

 

Note que a Revelação diz sobre os livros – “foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros” v12up.

 

O que estão escritos nesses livros?

Davi diz – “no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito” Salmos 139:16. A vida dos humanos na terra, dentro do Grande Conflito, envolve esse juízo e por esse motivo tudo é documentado, tudo escrito como prova nesse ‘tribunal’ que julgará quem esteve do lado de Deus, ou quem esteve do lado do mal.

E são nossas obras que indicam de que lado estaremos. O sábio Salomão nos descreve isso – “tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” Eclesiastes 12:13,14.

É esse o conteúdo dos livros investigados no tribunal do céu – boas obras ou obras más. E essas obras boas são indicadas nos mandamentos citados pelo sábio. Se nossa vida é pautada pela Lei de Deus e Seus mandamentos, estaremos dentro daquilo que o próprio Deus exige de cada um de nós. Por isso o apóstolo Tiago diz – “Mas aquele que atenta bem para a lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte que logo se esquece, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar. (...) Pois quem guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porque, aquele que disse: "Não cometa adultério", também ordenou: "Não mate." Ora, se você não comete adultério, porém mata, acaba sendo transgressor da lei. Assim, falem e vivam como pessoas que serão julgadas pela lei da liberdade”. Tiago 1:25; 2:10-12

Note que seremos ‘julgados pela lei’. Essa é a norma do Juízo, e o conteúdo dos livros que são ali analisados.

Mas o ‘tribunal instalado’ ali tem também um advogado. E esse advogado que é Jesus nos representa no tribunal celestial e no juízo que é desenvolvido ali. “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro. E nisto sabemos que o temos conhecido: se guardamos os seus mandamentos”. 1 João 2:1-3

O argumento de nosso advogado celestial em nosso favor no juízo celestial, são dois argumentos – Seu perdão e Sua justiça. Ele perdoa nossos pecados (Rm4:7,8) e Ele nos concede a Sua justiça (Rm5:19), ou Sua vida perfeita. Esse processo é conhecido por justificação pela fé. Se você crê em Jesus, Ele o perdoa e o justifica.

O perdão dos pecados envolve o apagar esses registros de pecados dos livros do céu. Davi na sua oração confessional do Salmo 51, pede –“apaga minhas transgressões” v1; “apaga todas as minhas iniquidades” v9.

E esse processo de apagar é feito nos livros do tribunal celestial, na sessão instalada (Dn7:9) do tribunal que executa o juízo.

O Apóstolo Paulo diz que esse serviço jurídico de Jesus é realizado em um Santuário Celestial, e Ele sendo um Sumo Sacerdote ali – “temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem”. Hebreus 8:1,2

Jesus é retratado como “Sumo Sacerdote” porque esse serviço de juízo e apagar os pecados é realizado no Santuário Celestial, na segunda Sala, onde só o Sumo Sacerdote entrava. E onde somente ocorria a “purificação do santuário” (Lv16:16; Dn8:14).

A purificação do Santuário Celestial necessariamente é isto – o apagamento dos registros dos pecados nos livros do céu. E a justificação das pessoas que esses livros representam.

Por isso Paulo diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque (...) temos sumo sacerdote que (...) po[de] se compadecer das nossas fraquezas... Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno”. Hebreus 4:14-16

Note que Jesus “pode se compadecer de nossas fraquezas”, e isso aponta para o perdão de nossos pecados. “Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, e isso aponta para a Sua justiça perfeita, que é concedida ao crente. Perdão e justificação são promessas a cada crente que confia em Jesus no juízo celestial.

A promessa é que – “por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos” Romanos 5:19. Essa é a certeza de que somos aprovados no juízo celestial. Primeiro porque Jesus perdoou nossos pecados; e segundo que Ele apaga esses pecados, e coloca sobre nós Sua justiça, ou atribui a nós a Sua vida perfeita. Assim somos aprovados no juízo.

Glória e aleluia por isso! Essa é a razão porquê não precisamos temer o juízo! O juízo é favorável aos que creem! “Quem Nele crê não é julgado” João 3:18.

Daniel, o profeta que viu a cena do juízo, diz – “naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro” Daniel 12:up.

A Revelação dimensiona a importância desse juízo dizendo –“Temam a Deus e deem glória a ele, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Ap14:7), e a hora do juízo é em nossos dias. Ele está acontecendo há 179 anos, desde 1844, e pode se concluído a qualquer momento.

E quando Jesus concluir esse juízo no céu, Ele vai voltar para buscar os salvos. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos, com grande som de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”. Mateus 24:30,31

Prepare-se para isso!

ONDE JESUS ESTÁ HOJE? E O QUE ELE FAZ ALI?

A Bíblia é clara em dizer que Jesus “está a direita de Deus e também intercede por nós” Rm 8:34. Isso indica que Jesus está assentado no trono celestial, governando o universo com Deus Pai.

Mas o trono de Deus está em um Santuário Celestial, isto devido a condição que o universo se encontra, sob risco do Grande Conflito. A Bíblia também declara que Jesus “se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” Hb 8:1,2.

Devido à nossa condição moral caída, o trabalho de Jesus como ministro do santuário, ou como sacerdote ali, é fundamental para a nossa existência e nossa sobrevivência em nosso mundo. Se estamos vivos é poque Jesus intercede ali no Santuário Celestial. A Bíblia diz – “Quando Cristo veio como sumo sacerdote... no maior e mais perfeito tabernáculo... não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santuário, uma vez por todas, e obteve uma eterna redenção” Hb 9:11-13.

A redenção dos humanos é necessária porque temos um “acusador... que nos acusa de dia e de noite, diante de nosso Deus” Ap 12:10. Esse santuário celestial funciona como um tribunal do universo, onde um anjo rebelde (Lúcifer) acusa os humanos de suas falhas morais.

O livro Profetas e Reis apresenta os argumentos que Ele usa nesse tribunal celestial – “Pronuncia-os como tão dignos quanto ele mesmo de exclusão do favor de Deus. “São estes”, ele diz, “o povo que deve tomar o meu lugar no Céu, e o lugar dos anjos que se uniram a mim? Eles professam obedecer a lei de Deus; mas têm guardado os seus preceitos? Não têm sido eles amantes do eu mais que amantes de Deus? Não têm colocado seus próprios interesses acima do Seu serviço? Não têm amado as coisas do mundo? Contemplai os pecados que têm marcado suas vidas. Vede seu egoísmo, sua malícia, o ódio de uns aos outros. Banirá Deus a mim e aos meus anjos de Sua presença, e no entanto recompensará aos que têm sido culpados dos mesmos pecados? Tu não  podes, ó Senhor, com justiça, fazer isto. A justiça reclama que a sentença seja pronunciada contra eles.” PR 300.4

Esses argumentos são usados contra cada pessoa que declara sua fé em Jesus. As acusações são feitas contra todos, e são essas as acusações das quais Jesus nos defende. Por isso a Bíblia declara – “Meus filhinhos, escrevo estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro” 1 João 2:1,2. Note que a Bíblia apresenta a Jesus como um advogado, e Satanás como um acusador.

A profecia bíblica apresenta o cenário do santuário celestial como sendo de um tribunal. O profeta Daniel descreve a visão que teve do santuário celestial assim – “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou... Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros." Dn 7:9,10. Note como a revelação nos mostra a realidade das coisas celestiais no contexto de um tribunal celestial.

O livro “Exaltai-O” indica a importância desse tema dizendo – “O assunto do santuário e do juízo de investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. (...) Cada indivíduo tem uma alma a salvar ou perder. Cada pessoa tem um caso pendente no tribunal de Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande Juiz. O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos humanos. Diz respeito a toda pessoa que vive sobre a Terra. (...)  A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol dos humanos, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. (...) Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por meio de Sua mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos os que a Ele se chegam pela fé. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13. Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. (...) Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído. ... Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los”. EXA 381.1-382.1

Por isso a Bíblia diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque ... temos [um] sumo sacerdote que... pode se compadecer das nossas fraquezas... ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hb 4:14-16. Note a expressão dessa última frase – “tempo oportuno”.

O tempo é agora, porque Jesus tem um tempo para encerrar seu trabalho de intercessão no santuário celestial. Esse tempo está relacionado com o conceito do ‘fechamento da porta da graça’. O Apocalipse menciona esse período de tempo – “Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar” (Apocalipse 3:7-8).

A ‘porta da Graça’ se refere a um período de tempo em que Jesus permanece no santuário celestial ouvindo as orações de confissão dos pecados, perdoando e apagando esses pecados que são confessados.

E o ministério de Jesus no santuário do céu, tem duas fases; assim como o antigo tabernáculo tinha duas salas (Ex 26:3up). Desde o ano 30 quando ressuscitou e subiu ao céu, Ele faz esse trabalho de Sumo Sacerdote, apresentando seu sangue, ou sua morte, para perdoar nossos pecados (Hb 9:11,12).

E a segunda fase do Seu ministério acontece na segunda sala (santíssima ou santos dos santos – Hb 9;12up); o trabalho de Jesus nesta segunda sala, é chamado de Juízo, onde Ele julga as pessoas e decide os casos da vida de cada um. Mas a decisão é baseada se estas pessoas confiaram Nele, para perdão dos seus pecados, e se viveram de acordo com seu arrependimento.

O término desse trabalho de Jesus coincide com o tempo em que vivemos. Terminando sua intercessão no céu, ou a Porta da Graça se fechando, Jesus volta à terra, para buscar os seus escolhidos. As pessoas serão escolhidas a partir do fato de que elas confiaram no perdão de Jesus, confessaram seus pecados e se submeteram a uma nova vida (2Co 5:17).

É do santuário celestial que vêm a justificação pela fé, a santificação, que operam nos crentes para que sejamos salvos. Por isso a Bíblia diz – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” Hb 4:14.                    Permaneça firme nessa confissão”.

A GUERRA NO OM E O SANTUARIO CELESTIAL

 


A guerra entre o Hamas e Israel é primariamente uma guerra religiosa. 

Há muito interesse político, territorial, disputas étnicas, mas a religião é o fundamento de toda essa guerra e do Grande Conflito espiritual.

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A disputa que está em questão não é somente sobre o reconhecimento do estado palestino, mas também sobre um território que pertencia originalmente aos palestinos, mas Deus os tirou dali e entregou a antiga palestina aos hebreus.

Os palestinos são os atuais descendentes das 7 antigas nações expulsas por Deus do território que é hoje a palestina. Os antepassados dos palestinos eram “os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus” Dt 7:1.

Jerusalém era originalmente território dos Jebuseus. Mas a retomada da terra prometida por esses povos é uma afronta a Yahweh, que desapossou essas nações da antiga palestina (Canaã) e entregou aos hebreus, ao antigo Israel e depois aos judeus.

A guerra religiosa aumenta sua dimensão, quando no 6º século da era cristã, os muçulmanos tomam a palestina, se instalam em Jerusalém e constroem ali sua segunda principal mesquita (Aqsa).

Ou seja, há três grandes religiões  (Israel e Judeus, Cristãos e Islã) que reivindicam o território da palestina, a cidade de Jerusalém, e a área do templo.

DEUS E O TEMPLO

Foi Yahweh que destruiu o templo dos judeus no ano 70 dC; foi Deus que instigou e permitiu aos romanos a invadirem e destruir Jerusalém e o templo, a fim de que o antigo sistema cerimonial do templo fosse definitivamente desinstalado.

Com a primeira vinda de Jesus, Seu sacrifício na cruz e Sua ressurreição e ascensão ao céu, Cristo cumpriu as exigências da Lei Cerimonial, pois Ele era o Cordeiro de Deus (João 1:29, 36). E assim todo o sistema cerimonial, o templo e o sacerdócio se tornaram inúteis.

Essa é a argumentação do livro de Paulo escritos aos Hebreus – “Ora, o essencial das coisas que estamos dizendo é que temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” Hb 8:1,2.

Foi Deus também que instigou e permitiu aos muçulmanos a dominar a antiga palestina no 6º século, se apropriar da área do antigo templo e construir ali a mesquita Aqsa, tornando agora a área do antigo templo uma área sagrada do Islã.

Deus não queria que judeus reconstruíssem o antigo templo e retomassem seus rituais; Deus não queria que os cristãos romanos fizessem ali um templo para os rituais católicos, assim desviando a atenção dos cristãos do santuário celestial.

O TEMPLO CELESTIAL

O Santuário Celestial é o centro da obra de Jesus Cristo em favor da humanidade hoje. É ali que as orações diariamente são recebidas, pecados são perdoados, pessoas são justificadas e nomes são inscritos no Livro da Vida (Ap 20:12).

Tanto judeus, cristãos romanos e os muçulmanos não tem em seus rituais o verdadeiro mecanismo que perdoa pecados e salva a humanidade. Somente o templo celestial e o Intercessor que está lá no céu, pode perdoar e salvar a humanidade dos seus pecados.

Os judeus ainda confiam em sangue de animais para o perdão e salvação; os cristãos romanos equivocadamente confiam na intercessão de Maria e dos santos católicos; e os muçulmanos rejeitam a Jesus, como  Deus Encarnado que salva a humanidade (Atos 4:10-12).

Os esforços de Israel, judeus e cristãos romanos é retomar a área do templo em Jerusalém. Há projetos para a construção de um 4º templo, em substituição ao templo que os romanos arrasaram. Mas Deus plantou o Islã em Jerusalém para impedir essa ação, que seria um retrocesso no Plano de Salvação que Deus elaborou em Jesus Cristo.

O MINISTÉRIO DE JESUS NO CÉU

No ano 30 dC Jesus subiu ao céu e ali entrou no Santuário Celestial para iniciar a primeira fase do seu ministério celestial. Os capítulos 4 e 5 de Apocalipse descrevem as cenas da entronização de Jesus no Santuário Celestial e o início do seu ministério ali.

A teologia paulina explicita a importância do ministério de Jesus ali – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque (...) temos [um] sumo sacerdote que (...) possa se compadecer das nossas fraquezas (...) ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hebreus 4:14-16.

E há muitos movimentos tentando ocultar o ministério de Jesus no Santuário Celestial. Os judeus negam que o Messias tenha vindo na pessoa de Jesus; os muçulmanos afirmam que Jesus é um simples profeta; os cristãos romanos colocam Maria como intercessora e obliteram a Jesus; e até o segmento protestante diz não existir um santuário celestial e se polarizam na política com esperanças em um Israel falido e rejeitado; e mesmo entre o povo remanescente, o dia da criança é mais lembrado do que a celebração da entrada de Jesus para executar o juízo, ignorando a sua agenda profética que diz – “é chegada a hora do juízo” Ap 14:7.

Sob essa perspectiva, de ocultar o ministério celestial de Jesus, o conflito extenso no oriente médio, e as disputas por Jerusalém e a área do templo, explicam a intensidade dessas nações em chamar a atenção para uma Jerusalém falida e um templo sem efeito espiritual. 

Há um grande esforço das potestades do mal, do mundo espiritual das trevas, para que o cristianismo romano se instale em Jerusalém; e para que os judeus tenham seu templo retomado em suas rotinas cerimoniais.

Mas Yahweh é soberano sobre as nações; e como se utilizou do império romano no ano 70, também se utilizou dos muçulmanos no 6º século, do império turco otomano no século 12 e continua articulando as nações como Ele quer, por que “é único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores” 1Tm 6:15.

Ore pelas vítimas da guerra e pela intervenção final de Deus na terra!