O apóstolo Paulo relatou o último pedido do seu mestre antes da Sua morte. Ele queria ser lembrado através de uma cerimônia que Ele mesmo havia criado e instituído com Seus discípulos – “façam isso em memória de Mim” 1Co 11:24up.
Era uma refeição familiar que deveriam agora transformar em
uma ceia sagrada, feita com os crentes, onde o que comeriam lembrariam o
próprio Salvador.
O pão usado nessa Ceia Santa lembraria o corpo de Cristo sem
pecado, o vinho lembraria Seu sangue e a água do Lava-pés apontava para o lavar
regenerador do Consolador, o substituto de Jesus.
Jesus não pediu para ser lembrado com a antiga festividade da
Páscoa judaica, ou sequer ser lembrado na semana que ocorreu seu sacrifício.
Pelo contrário, Ele deveria ser lembrado sempre, semanalmente, mensalmente,
durante todo o ano.
Foi a tradição romana, pagã, que se apegou ao calendário
cerimonial e faz desse período um roteiro eclesiástico para os seus crentes se
lembrarem do Jesus crucificado. No entanto a ceia romana não segue a orientação
de Jesus. Os fiéis não participam do vinho e nem do lava pés.
É Babilônia que impõem essa quebra do ritual sagrado, e tira
o significado da cerimônia que Jesus pediu pela qual fosse lembrado. Mas essa é
uma característica dos ‘adoradores da besta’, fazer a adoração ao seu modo, do
jeito que querem, e não de como Deus pediu ou da forma como Jesus estabeleceu.
Por isso o povo de Deus é chamado a sair de Babilônia (Ap
18:3), da sua tradição, da sua cultura, do seu estilo de vida, das suas
invencionices. A semana é declarada santa; a sexta-feira é feita santa, mas o
sábado, o dia sagrado, é desprezado. E querendo ou não, no feriado nacional que Babilônia impôs, todos descansam, 'obedecendo' seu dia religioso.
O apóstolo Paulo tentando tirar a cultura do cerimonialismo
judaico dos crentes, lhes exorta dizendo – “Cristo nossa Páscoa” 1Co 5:7. Paulo
ensinou isso pois os crentes insistiam em voltar para as datas cerimoniais. Aos
crentes da Galácia, o apóstolo repreendeu dizendo – “vocês guardam dias, meses
e anos” Gl 4:10.
Da mesma forma hoje, alguns cristãos insistem em seguir,
agora, a tradição de Babilônia. Se esquecem que a nossa Páscoa é Jesus; que “Cristo
é as primícias” 1Co 15:23. Ou seja, não há um calendário sagrado, datas santas, ou
festas religiosas que celebramos a Cristo.
Jesus pediu para ser lembrado de uma forma – “façam isso em
memória de Mim”. E os cristãos não podem permitir ser seduzidos pelas festividades
e cultura pagã de Babilônia.
No Apocalipse, quando o apóstolo João vê a Grande Meretriz,
a Revelação diz – “E eu a vendo, maravilhei-me com grande admiração” Ap 17:6. Babilônia
é assim, impressionante e sedutora. Se o apóstolo João a viu profeticamente e
se maravilhou e admirou, não é estranho que muitos cristãos se apeguem à sua
cultura, tradição e costumes. Esse engano é sutil.
A Igreja Adventista não celebra nada nessa época do ano; realizamos
evangelismo apenas se utilizando da oportunidade das pessoas se tornarem mais
religiosas nessa semana. E o evangelismo que a igreja realiza não tem
características de venerar a semana, a ‘sexta-feira da paixão’ ou do domingo da
ressurreição. É bom lembrar que é essa tradição romana que argumenta que por
isso, pela ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana, esse dia se
tornaria sagrado. O engano é sutil.
Mas em meio aos encantos de Babilônia ouvimos a doce voz de
nosso Jesus desde o Santuário Celestial dizer – “façam isso em memória de Mim”.
Ele queria ser lembrado através das Cerimônias da Santa Ceia e do Lava-Pés.
Parafraseando o profeta João no Apocalipse, digo, quem tem
ouvidos ouça – “Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa,
como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal,
foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com
o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem fermento, o pão da
sinceridade e da verdade.” 1 Coríntios 5:7,8.
E no lugar de dizer, feliz Páscoa, digo a você, Cristo é
nossa Páscoa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário