A REVOLUÇÃO PORNOGRAFICA


A banda larga acelerou também uma revolução no desenvolvimento sexual dos jovens neste século. Meninos e meninas tomaram a pornografia como algo trivial na vida. E isso cada vez mais cedo. Como o universo adulto ainda falha em oferecer esclarecimentos, muitos "aprendem" sozinhos. É nesse cenário que o repertório da web pode virar um espelho deformado da realidade, com noções equivocadas sobre como tratar uma mulher e como buscar prazer numa relação. As novas gerações crescem com o risco de tomar a pornografia por sexo convencional - ou, pior, uma prática melhor que sexo de verdade.

Nem é preciso correr atrás. Esse conteúdo chega fácil por meio de grupos de amigos ou parceiros de flerte. A pornografia salta das telas dos celulares dos garotos. Em qualquer lugar, os jovens trocam e compartilham nudes pelo WhatsApp, por exemplo, num comportamento que indica a informalidade desta geração para lidar com o que era tabu. Em meio a essa distribuição de imagens de corpos nus, fica a pergunta: o que a intimidade, própria e alheia, ainda significa?

Nessa virada comportamental, o controverso vício em pornografia ganha status de patologia na psiquiatria. Hoje, especialistas em estudos sobre sexualidade começam a mirar os efeitos do consumo excessivo - e precoce - de conteúdo adulto. Um pacote de depressão, ansiedade, déficit de atenção e até uma alarmante incidência de disfunção erétil entre jovens tem aparecido nos consultórios, em transtornos ligados à compulsão por vídeos.

Mas os atores desse debate concordam que não cabe à pornografia o papel de vilã. Psiquiatras, ativistas ligados à sexualidade e mesmo muitos dos próprios jovens entendem que a carência reside no diálogo coletivo e na maneira de entender o relacionamento das pessoas com suas necessidades sexuais. A busca pelo prazer já existia muito antes da internet e certamente seguirá existindo. Cabe então à sociedade ajudar essas gerações que crescem com celulares na mão a entender que o sexo na vida real não tem gosto de plástico.

Há um consenso entre especialistas em sexualidade que uma geração entra em contato com a pornografia mais cedo que a anterior. Como a era digital pôs a internet à frente do diálogo familiar e escolar, muitos garotos têm baseado seu perfil sexual na cultura de agressividade e dominação contra meninas. Afinal, a pornografia convencional sempre louvou a ejaculação masculina.

Thiago Torres Monteiro é integrante do Clube Love, plataforma que promove debates sobre sexualidade. Em 2015, o grupo fez barulho na internet entre jovens com uma campanha ousada contra a banalização dos nudes. "Os jovens não entendem o nude como pornografia. Faz parte da paquera. E, mais para frente, é até normal o menino compartilhar a foto da namorada nua com os amigos", relata ele, que aponta a cultura de humilhação feminina como a distorção mais comum do adolescente que constrói hoje a sua sexualidade. "É alarmante a quantidade de meninas que se suicidam depois de passarem por constrangimentos de serem expostas na internet", afirma.
Há o risco de esse comportamento condicionar preferências. Foi mais ou menos isso o que aconteceu ao mato-grossense Miguel*, compulsivo por pornografia:

“Eu tentei reproduzir algumas coisas vistas nos vídeos pornográficos. Ela (parceira) não gostou, e eu também não me senti bem em fazer isso com ela. Mesmo se realizasse todas as minhas fantasias, isso não iria me satisfazer (...) a minha frustração é pelo fato de saber que esses atos não preenchem o vazio da minha alma.”

O QUE É NORMAL?
Uma deformação dos padrões considerados normais pode ser vista em estudo recente publicado na Espanha. O trabalho identificou uma onda de garotas adeptas da depilação total da vagina e uma tendência de meninos exageradamente agressivos com suas parceiras - características típicas da pornografia. O Brasil ainda não conta com nenhum levantamento desse tipo, mas a observação de especialistas aponta direção semelhante.

"O garoto vê que sua parceira estranha, e ele passa a ser rejeitado. E ele não entende o que está acontecendo. Ele diz: 'eu fiz aquilo que deveria ter sido feito e não tive a contrapartida'", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade e professora da Escola de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). "Ele vai achar que sofre de alguma deficiência. Os órgãos sexuais que ele vai ver nessas cenas e o desempenho dos atores não são compatíveis com o cotidiano. Então, o jovem vai pensar que jamais conseguirá um desempenho daquela ordem", completa a médica.

Para o jovem incomodado com seu comportamento sexual, a informação é sempre uma saída. E, mais uma vez, a internet faz o papel de ombro amigo. Depois de uma dica do Miguel, o TAB ingressou num fórum online no qual adolescentes brasileiros discutem disfunção erétil, compulsão por categorias extremas de pornografia ou sentimento de vergonha. Garotas também descrevem suas experiências nesse espaço. Uma delas fala da perseguição social que enfrentou após admitir para meninos que gostava de pornô. Outra seção concentra depoimentos de mulheres que lidam com distúrbios de parceiros, pedindo conselhos.

E OS PAIS?
 "Tentei falar com a minha mãe, mas ela dizia que era coisa natural: 'seu tio fazia isso, seu pai fazia isso'. Mas ela não sabia que eu abria 20 abas de sites por noite", conta o paraense Ricardo* sobre a tentativa de procurar ajuda dentro de casa.

Lidar com a situação já não era fácil há 20 anos, quando um pai encontrava a coleção de revistas masculinas do filho adolescente e tomava como necessária uma conversa de orientação. Hoje, o repertório pornográfico na órbita dessa faixa etária é bem mais vasto, com particularidades muitas vezes impensáveis para a cabeça dos pais. Mesmo assim, juntar coragem para um papo franco continua sendo a alternativa mais adequada.

"Até existem pais que dão camisinhas para seu filho, para sua filha, mas sem conversar fica difícil. Porque não é só a gravidez que está em jogo na realidade deles", diz Thiago Torres, ativista do Clube Love. "O próprio compulsivo não vai se declarar enquanto ele não chegar a uma situação de limite. O que leva ele a buscar ajuda é ter passado por perda e sofrimento", completa Carmita Abdo, da USP.
Uma busca simples no Google oferece a sensação que a pornografia domina a rede. Um exemplo mais preciso sobre a fartura desse conteúdo pode ser visto na compilação de dados abaixo, retirada de um relatório anual do site PornHub:

Sites de pornografia têm mais visitantes mensais do que Netflix, Amazon e Twitter, juntos
4.392.486.580 horas foram gastas nos vídeos do PornHub em 2015 (sim, 4 bilhões!)
87.849.731.608 vídeos foram vistos no PornHub em 2015 (média de 12 vídeos por pessoa no planeta)

Os brasileiros gastaram em média 7min57 no PornHub em 2015 - ocupam o número 18 no ranking de países (Filipinas lidera a estatística, com 12min45) Como foi o acesso do Brasil no PornHub em 2015: 50% computadores, 45% celulares e 5% tablets.

DEZ HORAS SEGUIDAS
Guilherme*, 28, percebeu o seu vício em pornografia quando sua rotina passou a incluir sessões de até dez horas na frente do computador. "Escolhi ficar trancado em uma sala das 8h às 18h sem comer, sem beber, sem falar com ninguém, para ficar apenas me masturbando e vendo pornografia", conta o rapaz.

Já Miguel*, 29, se viu no fundo do poço ao não conseguir se concentrar no trabalho - eram comuns as pausas para masturbação. Por sua vez, o paraense Ricardo* diz que já se considerava compulsivo por pornografia aos 14 anos. Hoje, com 21, ainda batalha para que o comportamento não atrapalhe sua vida de universitário.

É possível identificar pontos em comum nas histórias desses homens. Além do quadro de isolamento social que acompanha o ritual, a recuperação ocorre com atividades que "ocupem a mente". Eles também contam o tempo sem recaídas, exatamente como fazem membros do Alcoólicos Anônimos em tratamento - é um dia de cada vez. Quando conversou com o TAB, Guilherme comemorava três dias sem contato com a pornografia online. Já Miguel contava 32 dias "limpo", ainda distante do auge de três meses, façanha máxima de sua batalha pessoal.

“Hoje em dia a pornografia acaba chegando até você, não precisa procurar. É como oferecer um coquetel para um bêbado. Chega pelo WhatsApp, Facebook, Twitter, qualquer rede social. Você acaba pensando em pornografia influenciado por coisas culturais também, como uma ou outra música sertaneja que fale de uma menina dançando de saia curta.” Ricardo*, universitário de Belém (PA).

Com 14 anos, o americano Gabe Deem já havia visto "todos os tipos de pornografia que se possa imaginar" e se sentia dominado pela compulsão. Hoje, aos 27, o personal trainer de Dallas é quase uma celebridade da comunidade online que luta contra o vício nos sites Reboot Nation e Your Brain On Porn. Veja seu depoimento:

UOL: Na fase de compulsão, você se tornou agressivo com as mulheres?
Gabe Deem: Com o tempo, as conversas que eu tinha com os meus amigos sobre garotas mudaram. A conversa não era sobre qual garota beijava melhor, mas quais garotas deixariam a gente fazer aquilo que víamos na pornografia. Eu me tornei manipulador e coagia minhas parceiras a fazer o que eu via na pornografia.
UOL: Como você se recuperou?
Gabe Deem: Aprendi que meu cérebro pode ser religado e pode reconquistar sensibilidade se eu desse um descanso de estímulos artificiais para ele. E fiz isso. Em pouco tempo minha libido e rotina sexual com a minha parceira voltaram à normalidade. Esse processo de recuperação é o que chamamos de "reinicialização" (reboot), em que uma pessoa pode restaurar as configurações de fábrica de seu cérebro. O "reboot" é um tratamento de 90 dias sem estímulos sexuais artificiais, ou seja, longe dos sites de pornografia.
UOL: Que histórias tem recebido no site?
Gabe Deem: Alguns jovens que me escrevem pela primeira vez estão depressivos e suicidas. Eles estão assustados com a possibilidade de nunca mais conseguirem ser sexualmente ativos com suas parceiras.

FETICHE EM POKÉMON
Os especialistas dizem notar que, quando um jovem passa a ter a pornografia como parte da sua vida, é comum "refinar" os critérios de prazer. Ou seja, para muitos garotos, o sexo convencional deixa de ser atrativo. É neste momento que começa uma jornada por categorias extremas e inusitadas, todas disponíveis para quem tem uma dose a mais de curiosidade e uma boa conexão à internet. "Passam das fotinhos de meninas nuas para taras como troca de casais, sexo grupal e violência contra travestis. Eles cansam de uma coisa e vão atrás de algo novo, mais pesado", diz Thiago Torres.

O site PornHub é um dos campeões mundiais de acesso em conteúdo adulto. Recentemente, o grupo divulgou um relatório sobre o comportamento dos seus usuários. No trecho que mapeia as pesquisas dos brasileiros, nota-se o aumento da predileção por vídeos pornográficos em forma de desenho animado. Em 2015, "cartoon" foi o termo mais usado em acessos do Brasil, enquanto "hentai 3D" foi a subcategoria que mais cresceu entre usuários do país, com 693%. O estudo também ressaltou o interesse dos brasileiros por situações específicas envolvendo personagens de "Pokémon" e "Scooby Doo".

"A animação passava uma ideia de inocência, de perfeição. É uma coisa fantasiosa, parecia não cansar", diz o universitário Ricardo*, que em seu depoimento ao TAB admitiu ter passado por uma fase específica de busca por pornografia animada.

A mente de um compulsivo
Há três regiões do cérebro que respondem mais ativamente em pessoas com comportamento sexual compulsivo do que em pessoas "saudáveis" - são as mesmas regiões ativadas em alcoólicos ou dependentes de drogas em contato com seu objeto de compulsão.


PORNÔ, DROGA?
O protagonista do filme "Como Não Perder Essa Mulher" namora a personagem de Scarlett Johansson, mas mesmo com esse incentivo ele só consegue se satisfazer em sessões de prazer solitário. Em uma reflexão, o rapaz admite que começa a ficar excitado só de ouvir o seu computador ligando. É o cérebro de um compulsivo reagindo ao objeto de obsessão, diriam os especialistas.

Entender esse fenômeno moderno já inspira esforços da academia internacional. Uma pesquisa da Universidade de Cambridge (Reino Unido) analisou o impacto do vício em conteúdo adulto em cérebros humanos. Por meio da técnica da ressonância magnética funcional, os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de 22 homens que consomem material pornográfico de forma compulsiva e de 40 indivíduos considerados "saudáveis". Todos eles foram expostos a imagens sexuais durante a observação.

"Descobrimos que a pornografia altera a atividade cerebral e que o padrão cerebral resultante assemelha-se muito ao que é observado em um dependente de drogas quando na presença do seu objeto de compulsão", afirma a portuguesa Paula Banca, PhD em Neurociência Cognitiva e pesquisadora integrante do estudo em Cambridge. Os pesquisadores admitem que o esforço não fornece provas suficientes para dizer que a pornografia é "inerentemente viciante", mas destacam uma conclusão do estudo - quanto mais novo o indivíduo, maior o nível de atividade cerebral em situações de exposição aos conteúdos adultos.

Mas é natural que haja quem conteste qualquer interpretação de exagero de consumo de pornografia como doença. No livro "Vício Em Sexo: Uma História Crítica" (Sex Addiction: A Critical History), o professor neozelandês Barry Reay trata a questão como um frenesi oportunista e moderno. "Uma das fraquezas desse conceito é determinar o que constitui essa aflição. É uma aferição muito nebulosa, não pode ser deixada para que o indivíduo determine. Deveria existir algum tipo de critério que diga o que é exagero no consumo de pornografia", afirma o professor de História da Universidade de Auckland. "É importante reconhecer o papel da mídia, criando um clima em que conceitos não desafiados, como vício em sexo e pornografia, são a explicação mais fácil para qualquer distúrbio de comportamento sexual", acrescenta.

INTERVENÇÃO ESTATAL
Um debate promovido pelo Estado sobre a distribuição da pornografia como um elemento do nosso tempo ainda é incipiente. No Brasil, por exemplo, não há nenhuma política sobre como lidar com o tema. Nos últimos anos, alguns poucos países deram sinais que medidas de inibição podem virar tendência, preterindo iniciativas de diálogos mais amplos sobre comportamento e educação sexual.

Em 2013, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que a pornografia online estava "corroendo a infância" dos jovens e anunciou que todos os provedores de internet do Reino Unido teriam como padrão bloquear conteúdos adultos - quem quisesse o acesso, teria de comunicar o interesse. No ano passado, a União Europeia determinou que o tráfego de informações na internet não deveria sofrer qualquer tipo de interferência, mas Cameron peitou a orientação do bloco e manteve a censura local.

O estado norte-americano de Utah aprovou recentemente uma resolução que rotula a pornografia como "crise de saúde pública", mas ainda sem oferecer diretrizes claras de como tratar o assunto. Uma das regiões mais conservadoras dos Estados Unidos - a maioria da população pertence à religião mórmon -, Utah ficou em primeiro lugar em um levantamento da Universidade de Harvard em 2009 sobre os principais consumidores de conteúdo adulto no país.

O FUTURO DA RELAÇÃO
A pornografia que influencia o comportamento de jovens é a mesma que serviu como "ponta de lança" para desenvolver tecnologicamente recursos da internet. Esse mesmo conteúdo que pode estimular agressividade contra mulheres eventualmente ajuda casais a saírem da estagnação de seus relacionamentos ou, em uma análise mais fria, mantém indivíduos em ambiente de sexo seguro, com seus hábitos solitários.

Será justo então tomar a pornografia como um mal social? Em um mundo no qual é comum adolescentes trocarem conteúdo adulto em grupos de WhatsApp, é difícil acreditar que peitos e bundas saiam de cena ou sejam controlados. Por isso, seja nas conversas acadêmicas ou na gíria juvenil, certamente é melhor pensar em como discutir de forma saudável o desenvolvimento da sexualidade. Aí, antes da escola ou do Estado, entra o papel preponderante dos pais.

"Muitas vezes eles (pais) reagem mal, de forma punitiva, de forma coercitiva. Seria mais interessante buscar a prevenção. O ideal seria um processo de educação sexual constante, desde a infância", reflete Carmita Abdo, da USP. "A gente tem observado isso com relatos das famílias, as crianças começando a se interessar e procurar pornografia na internet a partir dos 8 anos. É extremamente preocupante. Se o pai não chegar primeiro, a informação vai chegar da maneira mais errada e promíscua possível", completa o ativista Thiago Torres, do Clube Love.  *nomes alterados a pedido dos entrevistados.

Fonte: UOL
Autor: BRUNO FREITAS
Colaborador do UOL TAB

A ILUSÃO DA PÁSCOA


A Páscoa como é comemorada hoje é uma grande mentira.

Imagine, coelhos, ovos de páscoa, chocolate; essas coisas nunca existiram no contexto da antiga festa da Páscoa, a festa bíblica.

Cristãos participarem dessas coisas é uma negação da fé cristã. É uma perversão de algo tão significativo que se referia à morte de Jesus Cristo.

Hoje a Santa Ceia remete a antiga Páscoa. Mas transfigurar a antiga festa, mesmo que já tenha passado, em coelhos, ovos e chocolate é um sacrilégio.

O erro está tão misturado à verdade que os cristãos estão cegos e não conseguem discernir o que é correto.

A ilusão de contos imaginários são substituídos pela verdadeira história biblica.

Mentimos para os inocentes, iludimos nossas crianças nas escolas, e contamos mentiras, fábulas aos nosso filhos.

Sigamos o conselho da profecia - "rejeita as fábulas" 1Tm 4.6.

Mas não cumpramos a condenação da profecia - "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade mas se voltarão às fábulas" 2Tm 4.4

Não ensinemos fábulas aos nossos filhos; não incentivemos eles a acreditar em mentiras.

Toda vez que um ovo de páscoa é presenteado a uma criança, uma mentira é colocado em seu coração e uma fábula alcança sua mente.

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O Real Significado da Páscoa

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CRISTÃOS COMEMORAM A PÁSCOA?


"Cristo, nossa Páscoa, já foi sacrificado por nós" 1Co 5.7up; JFA EC.

A Páscoa era uma das Sete Festas do sistema cerimonial que apontavam para os eventos na vida e ministério do Messias.

1. Festa dos Pães Ázimos - a vida sem pecado do Messias
2. Festa da Páscoa - a morte do Messias
3. Festa das Primícias - a ressurreição do Messias
4. Festa do Pentecostes - o dom do Messias à humanidade - o Espírito Santo
5. Festa dos Tabernáculos - a Segunda Vinda do Messias e a Nova Jerusalém
6. Festa das Trombetas - os eventos que antecedem e anunciam o Dia do Juízo
7. Festa do Dia da Expiação - o Dia do Juízo e o Ministério Celestial do Messias

Assim a Páscoa se cumpriu no evento do Calvário, com a morte do Messias, Jesus Cristo, deixando de existir.

A Páscoa hoje é um evento de Babilônia; é a Igreja Romana que comemora a Páscoa e ainda vincula o evento em seu calendário de tradições.

Comemorar a Páscoa é reconhecer a autoridade de Babilônia. É admitir que a tradição romana é superior ao ensino bíblico.

No entanto, comemorar a Santa Ceia e ver nesta cerimônia a festividade que aponta para o que Jesus fez, finalmente é participar do Israel Espiritual, o verdadeiro povo de Deus na Terra.

O texto de Paulo à Igreja de Corinto apelava aos crentes - "Lançai fora o fermento velho, para que sejais massa nova" 1Co 5.7pp. Comemorar a Páscoa é reconhecer que vivemos no “fermento velho” ou na lei cerimonial.

A 'massa nova' se constituiu na nova vida instituída por Jesus; a nova vida que Ele instalou no crente e na história humana. Essa nova vida inclui estar livre do cerimonialismo que a Páscoa está incluído.

Cristãos não comemoram a Páscoa; já os judeus comemoram a Pessach; e católicos romanos se utilizam dela equivocadamente.

'Cristo é nossa Páscoa e já foi sacrificado' e se temos de comemorar algo, que seja a Ceia instituída por nosso Senhor Jesus - a Santa Ceia.

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PORNOGRAFIA E JOGOS - A BUSCA PELO PODER E PRAZER


Em um novo livro, A morte dos rapazes: Por que os rapazes estão lutando e o que podemos fazer ao respeito, os psicólogos Philip Zimbardo e Nikita Duncan dizem que podemos perder toda uma geração de homens para o vicio da pornografia e dos videogames. Sua preocupação não é com a moral, mas, pelo contrário, é com a natureza desses vícios em transformar o padrão dos desejos necessários para a comunidade.
Há uma diferença chave entre pornografia e jogos. Pornografia não pode ser consumida com moderação porque é por definição, imoral. Um jogo de videogame pode ser uma diversão inofensiva quando praticado de maneira amistosa. Mas a forma compulsiva de jogos compartilha um elemento chave com a pornografia: Ambas são feitas para simular algo, algo que cada homem deseja.
A pornografia promete orgasmo sem intimidade. Batalhas virtuais prometem adrenalina sem perigo. A excitação que as torna tão atraentes é fundamentalmente espiritual em sua raiz.
Satanás não é um criador, mas um plagiador. Seu poder é parasita, bloqueando bons impulsos e direcionando-os ao seu próprio propósito. Deus quer que um homem sinta a impetuosidade da sexualidade na união abnegada com sua esposa. E um homem deve, quando necessário, lutar por sua família, seu povo, pelos fracos e vulneráveis que estão sendo oprimidos.
O ímpeto pelo êxtase do amor justo e pela nobreza da guerra justa são questões atinentes ao evangelho. A união sexual ilustra o mistério cósmico da união entre Cristo e a Sua Igreja. O chamado à batalha está baseado em um Deus que protege Seu povo, um Cristo Pastor que arranca as suas ovelhas da boca dos lobos.
Quando tais ímpetos são dirigidos à ilusão das novidades em contínua expansão, eles matam o prazer. A busca por uma companheira é boa, mas a bem-aventurança não está em desfilar com uma novidade a cada semana. Está em encontrar aquela que foi feita para nós, e viver com ela na missão de cultivar a nova geração. Quando necessário, é certo lutar. Mas a luta de Deus não é uma novela sem fim. Termina em uma ceia, e em uma paz perpétua.
Além disso, esses desejos compulsivos fomentam os vícios aparentemente opostos da passividade e da hiper-agressão. O viciado em pornografia se torna um perdedor lascivo, abandonando a união de uma só carne para isolar-se na masturbação. O viciado em jogos de videogame se converte em um pugilista covarde, abandonando a coragem de proteger os outros pela agressão que não se arrisca a perder a vida de alguém.

Em ambos os casos, o indivíduo busca a sensação de ser um verdadeiro amante ou um verdadeiro lutador, mas faz isso utilizando suas glândulas de reprodução ou adrenalina diante de imagens pixeladas, ao invés de pessoas de carne e osso com as quais tenha responsabilidade.
Zimbardo e Duncan estão certos: esta é uma geração atolada no amor falso e na guerra falsa, e isso é perigoso. Um homem que aprende a ser um amante através da pornografia amará ao mesmo tempo a todos e a ninguém. Um homem obcecado em jogos violentos pode aprender a lutar contra todos e contra ninguém.
A resposta a ambos os vícios é vencer a excitação pela excitação. Apegar-se a uma visão do evangelho, de um Cristo que ama a Sua noiva e luta para salvá-la. E, assim, treinemos os nossos jovens para seguirem a Cristo aprendendo a amar uma mulher real, às vezes lutando contra seus próprios desejos e os seres espirituais que buscam devorar-nos. Ensinemos nossos jovens a fazer amor e a guerrear… de verdade.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

A EXPERIÊNCIA INTERIOR DO LOUVOR


Muitas músicas contemporâneas não louvam a Deus, mas louvam a experiência do ser humano; elas falam das emoções humanas, da experiência do indivíduo ou do que a pessoa sente.

O louvor a Deus é caracterizado pela exaltação de Deus. O louvor, propriamente dito, engrandece a Divindade, Seus atributos, Seu poder é relatado e Sua Pessoa enaltecida.

Há muitos tipos de músicas religiosas:
- de louvor
- promocionais [muito produzidas hoje]
- súplicas
- temáticas [versam sobre temas bíblicos - esperança, segunda vinda, ressurreição etc] são as que mais existem
- extraídas dos Salmos [repetem a letra inspirada dos salmos bíblicos]
- experienciais [descrevem uma experiência particular; há salmos neste formato]
- inspiradoras [são músicas motivacionais]
- para ocasiões especiais
- etc.

O nosso padrão deveria ser o livro dos Salmos; cada Salmo é um hino e ali encontramos vários tipos, mas principalmente os de exaltação a Deus.

Imagine que há músicas que são cantadas em reuniões de crentes, no início da adoração e que falam de 'Pequenos Grupos', do 'sábado', do 'trabalho missionário' etc. Como já citado, existem vários tipos de música dentro do mesmo gênero, mas deve haver um discernimento ao escolhe-las. Há certos tipos de musicas religiosas que não louvam a Deus.

E mesmo quando as músicas são compostas elas devem refletir a Teologia denominacional; o que há muito hoje é a 'teologização' ou o ponto de vista do indivíduo.

Um exemplo disso é um louvor lindíssimo mas com um erro comprometedor; a música "Não há que temer" [obs. está é uma crítica construtiva, sem o objetivo de desfazer o trabalho do autor da música]

Eu sou o Senhor
Rei de Israel
Santo redentor
Começo e o fim
Sou o criador
O verdadeiro Deus
Eu sou a cura
Sou o poder

Eu sou o amém
Estrela da manhã
Eu morri na cruz
Trouxe salvação
Conheço a tua dor
Ouço o teu clamor
E minha destra, não falhará

Não há o que temer
Contigo eu estou
Não te assombres
Porque eu sou o teu Deus
Te fortalecerei, te sustentarei

Com minha mão, eu serei fiel

Se o louvor fosse elaborado na segunda pessoa do singular - "Tu És o Senhor" - se caracterizaria como uma exaltação. Mas a música na primeira pessoa desvirtua a experiência de quem canta.

Os Salmos seguem um padrão correto quando usam a primeira pessoa:
"Bendize a minha alma ao Senhor" Sl 104.1
"Rendei graças ao Senhor" Sl 105.1
"Louvai ao Senhor... todos os povos" Sl 117.1
"O meu socorro vem do Senhor" Sl 121.2
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado" Sl 145.3

A narrativa de alguns Livros dos Profetas trazem o texto na primeira pessoa, porque o profeta relata a fala Divina acompanhada da expressão - "Assim diz o Senhor" - "Olhai para Mim e sede Salvos" Is 45.18 e 22.

Há músicas contemporâneas que seguem uma perspectiva correta e exaltam o nome de Deus - "Santo somente é o Senhor"; "Teu Santo Nome"; "Só em Ti"; "Deus de Israel"; "Tu És".

Mas uma distorção é criada na mente do adorador, e o louvor é difuso quando ocorre na 1a pessoa. Veja a mesma música na 2a pessoa do singular:

Tu És o Senhor
Rei de Israel
Santo redentor
Começo e o fim
És o criador
O verdadeiro Deus
Tu És a cura
És o poder

Tu És o amém
Estrela da manhã
Morreste na cruz
Trazendo salvação
Conheces minha dor
Ouve meu clamor
E Tua destra, não falhará

Não há o que temer
Comigo Tu estás
Não me assombro
Porque Tu És meu Deus
Me fortalecerá, me sustentará

Com Tua Mão, Tu Serás fiel.

Algumas distorções que ocorrem são sutis, outras são mais claras; algumas letras tem detalhes, outras como a música aqui citada, estão distorcidas no todo.

Por exemplo, em uma música - "Obrigado" - há uma descrição de uma experiência em um sonho, de uma pessoa que está no céu:
[obs. está é uma crítica construtiva, sem o objetivo de desfazer o trabalho do autor da música]

"Eu sei que lá no céu, ninguém irá chorar
Mas acho que senti uma lágrima rolar"

Já o texto bíblico afirma - "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima" Ap 21.4

Isso pode parecer um pequeno 'detalhe' mas são em situações como essa que os conceitos musicais estão se sobrepondo aos conceitos bíblicos.

A poesia tem sua plasticidade, mas note que os Salmos são poesias, e nem por isso sacrificam o restante das Sagradas Escrituras.

Se você conhece alguma outra 'distorção' ou discordância em alguma música, poste o trecho da música aqui nos comentários. Os comentários ofensivos serão retirados. 

O objetivo é criarmos uma mentalidade que identifique essas distorções e anormalidades e valorizemos mais as Sagradas Escrituras do que o veículo musical, que tem o seu valor, mas precisa ser colocado no seu devido lugar. E isso é feito pelo indivíduo, ou o ouvinte.

[obs. esse é um texto livre de um blog; não tem a pretensão de ser um artigo ou de denegrir o trabalho de quem quer que seja]

FÃS OU DISCÍPULOS


Uma nova geração de cristãos está se formando dentro das igrejas, uma geração de fãs e não de discípulos de Jesus.

Para o mundo é algo natural cantar as músicas de seus artistas musicais preferidos, se vestir como os astros do cinema ou copiar o estilo de vida das estrelas da TV.

Mas a norma de vida do cristão é a Palavra de Deus. Não cabe na vida de um cristão o estilo de vida mundano; e quando isso ocorre, anormalidades são vistas em todas as áreas da vida do indivíduo que professa cristianismo.

Paul Washer, missionário, escritor e pregador norte-americano elaborou a frase - "Um dos nossos maiores problemas é que a maior parte do nosso cristianismo está baseado em clichês que lemos em camisetas cristãs. A maior parte do nosso cristianismo vêm de músicos e não da Bíblia".

Isso porquê o estilo de vida do mundo está sendo copiado; as baladas e shows se tornaram parte da rotina de alguns cristãos. A música saiu da área de adoração para o entretenimento. O que se canta não é para se louvar a Deus mas para se entreter.

E o fenômeno se agrava quando a 'tietagem' dos artistas do mundo, ocorre também dentro da igreja. Os crentes citam trechos de músicas e não versos da Bíblia. Os conceitos morais são retirados das musicas e não da Palavra de Deus.

Muitas músicas de cantores cristãos seguem o padrão do mundo, ou seja, versam sobre emocionalismo, sentimentalismo, romancismo espiritualizado etc. O perdão, arrependimento, justiça, santidade e a glória de Deus são conceitos desconhecidos por uma geração inteira.

Isso está formatando a mente de um segmento de crentes, quando em lugar disso a Palavra de Deus é que deveria construir seus conceitos e experiências.

A figura de Deus na mente de muitos é a de um deus como Édipo ou Eros; deus está sendo enlatado dentro de um ideologia romântica, emocional e sentimentalista para atender os desejos de um público que deseja entretenimento ou romance.

Concordo que deve haver o louvor para ser usado dentro do ambiente de adoração [igreja], mas também música para se ouvir no rádio do carro, em casa, na rua, nos momentos de entretenimento - musicas cristãs e de compositores cristãos.

Mas perdeu-se os limites disso tudo. Não há discernimento para se escolher as músicas ou até mesmo na composição das mesmas. A interpretação das musicas virou um show; o estrelismo dos cantores chama a glória para a performance do indivíduo e não para Deus.

Temos um ministério musical humanista - o centro é o indivíduo. Deus foi deixado de lado; Ele não é glorificado.

Mas Deus mesmo afirma - "Eu Sou Yahweh; esse é o Meu Nome; a minha glória a outro não darei, nem o meu louvor" Isaias 42.8.

ESTRELISMO


O estrelismo quando dentro do contexto das produções que não pertencem a igreja é compreensível; o mundo valoriza a figura do artista, aplaude sua performance e talento.

Mas o ambiente da igreja é para a exaltação e a adoração do Senhor Jesus Cristo, e não de humanos.

O formato que algumas pessoas estão dando nos cultos de louvor é totalmente inapropriado. A figura do cantor ou do músico é exaltada. Não adianta estar cantando letras bíblicas, ou músicas de adoração ou louvor, pois a evidência é no artista - a estrela.

Algumas performances dentro dos cultos de adoração ou nas apresentações musicais, são verdadeiro estrelismo. Os que assistem, vão para assistir 'fulano' ou beltrano' mas não para louvar ou adorar.

Não há espaço para a figura humana no ambiente da igreja ou nos cultos de louvor; Jesus deve aparecer e o ser humano desaparecer. Se o artista estiver preocupado com a espiritualidade, vai permitir que o 'eu' não apareça; e há como fazer isso.

Mas o erro não é só do artista, mas do público que se comporta como nos shows seculares, com aplausos, tietagem e valorização do talento do indivíduo ou de sua performance.

Isso é antropocentrismo [destaque da figura humana] na adoração ou louvor.

Artistas atuais valorizam e incentivam os ouvintes a uma 'idolatria' velada; se comportam nas mídias sociais como astros dentro da igreja.

Estão roubando a exaltação e adoração de Jesus; Ele deveria receber a atenção, a exaltação e ou louvor. Mas seres humanos estão recebendo aquilo que não lhes é devido e tirando a atenção dos crentes de Jesus.

O formato das apresentações denunciam a 'idolatria' velada; não é preciso imitar os shows seculares. As pessoas que vão atrás de sofisticação, já perderam da humildade e simplicidade que o cristianismo prega.

SÉRIES DE TV E OS HÁBITOS SEXUAIS


O que uma série de TV pode fazer no comportamento sexual das pessoas?
Os hábitos sexuais e a motivação por se procurar relacionamentos podem ser afetados pelos conceitos da TV.

Veja o resultado de uma das séries mais promíscuas, no comportamento e a reação das pessoas quando viram o protagonista da série envolvido em um sério problema de saúde:

“Quando o ator Charlie Sheen anunciou no ano passado que tinha hiv, dispararam as buscas no Google nos Estados Unidos para procurar informações sobre o vírus que causa a aids - disseram pesquisadores da revista “Journal of the American Medical Association”.

O Google recebeu 2,75 milhões de visitas acima do que era previsto. A procura por termos como “camisinha”, “sintomas do HIV” e “teste de HIV” também disparou.

Mas a pesquisa mostra que a notícia de Sheen "corresponde ao maior número de pesquisas do Google relacionadas ao hiv registrado nos Estados Unidos em um dia", diz o texto. A quantidade de pesquisas sobre hiv foram 417% maiores do que o habitual no dia da divulgação da notícia", acrescenta” Fonte: ZH Notícias

Charlie Sheen foi protagonista da série “Two And Half Men” que fez muito sucesso entre o público masculino por encenar as aventuras sexuais de um solteirão de meia idade. Sheen, que já foi o ator com maior salário da TV americana, no auge da série "Two and a Half Men".

Sheen foi casado três vezes e tem cinco filhos. Ao ser questionado se continua pagando, ele respondeu: "Não depois de hoje, não estou. Eu acredito que me libertei desta prisão hoje".
A reação do público ao saber da notícia, é como que – “se ele pegava todas as mulheres e se contaminou, eu também posso estar contaminado”.

As séries de TV afetam o comportamento humano; os conceitos que são divulgados através de uma mídia de entretenimento e com teor de comédia, minimizam as consequências dos atos.

O comportamento sexual do protagonista da comédia inspirou a muitos jovens a serem como ele.
A Bíblia aconselha os homens quanto às aventuras sexuais da seguinte forma:

“Meu filho, dê atenção à minha sabedoria, incline os ouvidos para perceber o meu discernimento.
Assim você manterá o bom senso, e os seus lábios guardarão o conhecimento.
 Pois os lábios da mulher imoral destilam mel; sua voz é mais suave que o azeite, mas no final é amarga como fel, afiada como uma espada de dois gumes.
Os seus pés descem para a morte; os seus passos conduzem diretamente para a sepultura.”
Provérbios 5.1-5


Cherlie Sheen está experimentando o ‘amargor do fel’ da promiscuidade, e a dor da ‘espada de dois gumes’ da doença.

DEADPOOL - Entretenimento Sórdido


O entretenimento não tem limites em nosso século; os filmes de forma específica estão cada vez mais violentos, com elementos de pornografia e requintes de maldade.

Mas Deadpool vai além da violência. Separei comentários de quem já assistiu o filme, para que você tenha idéia do que está se passando nas telas do cinema e não cometa o erro de assistir.

“O filme Deadpool acabou de estrear e está sendo considerado violento, sarcástico ao extremo e promíscuo demais. Isso tem causado uma série de censuras e banimentos do filme em alguns países.

Depois de ser banido na China e censurado, com direito a cortes, na Índia, o filme entrou para a lista negra do Uzberquistão, por conta de “preocupações éticas“, conforme o The Hollywood Reporter. Caso alguém do país queira ver o filme, terá que fazer uma pequena viagem, tendo em vista que o filme será banido dos cinemas e não deve ser lançado em home media (DVDs e Blu-Ray).

Baseado no menos convencional anti-herói da Marvel Comics, Deadpool contará a história de origem do ex-Agente das Forças Especiais, Wade Wilson. Após ser cobaia em um experimento ilegal, recebe incríveis poderes de regeneração e adota o alter-ego de Deadpool.

Armado com suas novas habilidades e um senso de humor sombrio e deturpado, Deadpool está a procura do homem que quase destruiu sua vida”
Fonte: UOL

“Deadpool não é um herói, é um anti-herói. É um anti-herói da Marvel famoso pela sua “irreverência” e que possui o poder de se regenerar. Seu filme está fazendo um grande sucesso e quebrou alguns recordes de bilheteria, e o fato de um anti-herói estar sendo tão bem sucedido diz muito sobre a nossa atual cultura.

“Deadpool contém uma boa dose de cenas de sexo (sua namorada era prostituta e ele é tido no filme como um “viciado em prostitutas”). Contém cenas de nudez frontal (em uma cena numa boate de striptease). Deadpool contém referências “cômicas” ao vício da masturbação do início ao fim do filme (ele não esconde que isso é um passatempo para ele, e volta nesse tópico várias vezes ao longo do filme, chegando mesmo a aparecer por alguns segundos na telas o “herói” se “entretendo”).

Não é apenas o apelo sexual do filme que é questionável. No ápice do filme, Deadpool está com uma arma apontada para a cabeça do vilão e Colossus, um X-Man, começa um discurso sobre o heroísmo, chamando sua atenção para que não desperdice a chance de poupar um inimigo e agir como um herói. E Deadpool simplesmente não espera Colossus terminar de falar e estoura a cabeça do seu inimigo, arrancando muitas risadas da plateia e dizendo ao Colossus: “Você não parava a lenga lenga!”. No clima cômico do filme, talvez tenha passado despercebido para muitos, mas o personagem acaba ridicularizando a misericórdia.

Vamos nos ater a um ponto: as diversas piadinhas aludindo à masturbação. Diante da tela, no calor do momento, podemos estar rindo com o público dos comentários “sujinhos” de Deadpool... sabemos o que é a realidade. Sabemos que é um pecado que vicia muitos, altera o cérebro e a maneira de olharmos as mulheres e a forma que nos relacionamos com elas. Que é um pecado mortal, que mata a alma, destrói nossa capacidade de amar plenamente e nos separa da graça de Deus. Estamos rindo de algo que leva pro inferno. Sinceramente, isso é saudável?

Não queremos aqui impor uma lei; dizer “não assistam Deadpool se vocês são [cristãos]”. Devemos nos propor uma reflexão mais profunda: Por que eu, no momento de consumir livros, filmes, séries, música e entretenimento… deixo de lado minha moralidade? Por que me atrai piadinhas sujas, por que não me incomoda histórias onde sexo casual é apenas uma anedota divertidinha, que dá margem a piadas, como algo que “faz parte da vida”?

Por que, em suma, eu rio do que desagrada a Deus? Sabemos que a um cristão não convém certas coisas, como assistir a alguns filmes ou ouvir certas músicas. Mas o que devemos examinar é: Por que a ideia de renunciar a isso me incomoda? Por que me faz falta essa forma de entretenimento? Por que isso me atrai?

Irmãos de apostolado, nossa cruzada é pela pureza! Mostrar ao mundo que o homem não é uma besta. Então que possamos nos revestir de Cristo e deixar que Ele nos conquiste. Não queremos apenas renunciar a certas formas de entretenimento. Queremos desprezá-las! Que nosso coração seja atraído pela pureza e seja repelido pelo que é pecaminoso. Assim o jugo será suave e o fardo leve. Que em todas as coisas Cristo reine em nossas vidas. Incluindo nossos divertimentos.”

Blog Homem Catolico

SÍNDROME DO 'SEMPRE LIGADO'


[A tecnologia também gera doenças; vários distúrbios de personalidade, de comportamento e social já são identificados por especialistas.]

"A síndrome do 'sempre ligado' aflige usuários de smartphones. Você está de férias, mas checa os e-mails do trabalho assim que acorda. E fica preocupado se o hotel não tiver um bom wi-fi ou se seu celular ficar sem sinal."

"Esses são típicos indícios de que você pode sofrer do estresse conhecido como "sempre ligado", que afeta pessoas que não conseguem largar de seus smartphones."

[Esse agravante se torna um problema até para a vida espiritual do indivíduo; a pessoa não consegue uma comunhão regular porque primeiro ocorre as checagens das redes sociais.

O relacionamento saudável da família, tão importante para a psiquê humana, está sendo ignorada e as relações se tornando artificiais. O resultado disso está sendo o distanciamento entre familiares e a formação de ´zumbi digitais´.

A situação é extrema quando a espiritualidade é afetada; na igreja a adoração, o louvor e a meditação na Palavra de Deus é substituída pela interação com o aparelho. O sagrado é ignorado pelo profano. 

Até o ambiente de trabalho está sendo afetado.]

"Para alguns, os aparelhos os liberaram de uma rotina rígida no escritório. As horas de trabalho ficaram mais flexíveis, dando mais autonomia ao funcionário. Para outros, no entanto, os smartphones se transformaram em verdadeiros tiranos dentro do bolso, impedindo que seus usuários se desconectem do trabalho. E essa dependência torna-se cada vez mais preocupante, segundo observadores.

O americano Kevin Holesh estava tão preocupado com o fato de ignorar cada vez mais parentes e amigos por conta de seu iPhone que criou um aplicativo - Moment - para monitorar seu próprio uso.
O aplicativo lhe permite contar a quantidade de tempo gasta no smartphone e adverte se esse uso ultrapassar limites que Holesh se autoimpôs.

"O objetivo é promover o equilíbrio na vida", diz seu site. "(Passar) um tempo no telefone e um tempo sem ele, aproveitando sua família e seus amigos."

E alguns empregadores estão percebendo que não é muito fácil manter esse equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Alguns precisam de ajuda externa.

A montadora alemã Daimler, por exemplo, recentemente passou a oferecer um "apagador" automático de e-mails para funcionários em férias, reconhecendo que muitos têm dificuldade em se desligar do trabalho.

"Os impactos negativos dessa cultura do 'sempre ligado' são que a sua mente nunca descansa, você não dá ao seu corpo o tempo para se recuperar e fica sempre estressado", disse à BBC a psicóloga ocupacional Christine Grant, do centro de pesquisas em psicologia e comportamento da Universidade Coventry (Grã-Bretanha).

"E, quanto mais cansaço e estresse, mais erros cometemos. A saúde mental e física pode sofrer." O fato de podermos estar conectados ao trabalho em qualquer lugar do mundo está fomentando inseguranças, prossegue Grant.

"Há uma enorme ansiedade quanto a delegar", diz. "Na minha pesquisa, encontrei diversas pessoas exaustas porque viajavam conectadas o tempo todo, independentemente do fuso horário em que estivessem."

As mulheres causam preocupação em especial: muitas passam o dia trabalhando, voltam para casa para cuidar dos filhos e ainda fazem uma jornada extra no computador antes de dormir.

"Essa jornada tripla pode ter um grande impacto na saúde", opina Grant. O presidente da Sociedade Britânica de Medicina Ocupacional, Alastair Emslie, concorda, alegando que centenas de milhares de britânicos relatam anualmente sofrer de estresse no trabalho - a ponto de adoecerem.

"As mudanças tecnológicas contribuem para isso, sobretudo se fizerem os funcionários se sentirem incapazes de lidar com as crescentes demandas ou perderem o controle sobre sua carga de trabalho."
Dados indicam que os britânicos passam até 11 horas diárias consumindo mídias; e o Brasil tem um dos maiores índices globais de uso diário de smartphones (cerca de uma hora e meia).

E, com o crescimento no número de smartphones, cresce também a quantidade de dados à nossa disposição - o que pode levar a uma espécie de paralisia, argumenta Michael Rendell, que trabalha com a consultoria PwC.

"Isso cria mais estresse no ambiente de trabalho porque as pessoas estão tendo de englobar uma quantidade maior de informações e meios de comunicação, e é difícil gerenciar tudo. Torna-se mais difícil tomar decisões, e muitos perdem produtividade por estarem sobrecarregados e sentirem que nunca escapam do trabalho."

"Achamos que ficar checando e-mails é trabalhar, mas muitas vezes não é algo produtivo", argumenta o advogado britânico Tim Forer.

Ele explica que a checagem constante de e-mails fora do escritório pode, em alguns casos, desrespeitar legislações trabalhistas. "Isso coloca em risco o dever da empresa em zelar por seus empregados", diz.

Uma pesquisa da empresa de TI SolarWinds diz que mais da metade dos trabalhadores entrevistados sente que é esperado que eles trabalhem mais rápido e cumpram prazos menores por estarem mais conectados. Quase a metade deles acha que seus empregadores esperam que eles estejam disponíveis a qualquer hora ou lugar.

Claro que nem tudo é negativo. Chris Kozup, diretor da empresa de telecom Aruba Networks, diz que um estudo conduzido pela própria empresa "mostra que essa ideia de estar 'sempre ligado' está, na verdade, ajudando os trabalhadores a gerenciarem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal".

A chave é fazer com que essa flexibilidade aja em seu favor e ser disciplinado quanto ao uso de smartphones. Ou seja, se você vai sair de férias, lembre-se de ativar os alertas que avisarão que você estará "fora do escritório", de desligar seu telefone e mantê-lo longe do alcance quando for dormir. E o conselho de Christine Grant é: lembre-se de que "raramente você é o único capaz de resolver um problema" no escritório.
Fonte: BBC

OS EFEITOS DA PORNOGRAFIA NA MENTE E NO COMPORTAMENTO SEXUAL


Daniel Simmons, de 23 anos, é um viciado em pornografia atualmente em recuperação.
Mas, antes de procurar ajuda profissional para o problema, ele conta que não conseguia se concentrar nas tarefas do dia, não conseguia se relacionar sexualmente com mulheres "de verdade" e, mesmo assim, não conseguia parar.

"Eu tinha 15 anos quando comecei a assistir pornografia, após meus pais me comprarem um laptop. Fiz o que praticamente todo adolescente faz e procurei sites de pornografia".

O problema, conta, é que o hábito rapidamente se tornou diário e o fez perder o controle de sua vida.
"Eu assistia pornografia duas horas por dia. Perdi minha capacidade de concentração. Não conseguia focar minha atenção em atividades normais, cotidianas. Não fazia ideia de que na verdade tinha um problema com pornografia. Eu negava o problema, mas fui viciado durante seis anos."

Sua percepção sobre isso começou a mudar quando Simmons descobriu um site para viciados em pornografia e percebeu que "não estava mais sozinho".

Ele compara sua recuperação a parar de usar de drogas. "Passei cem dias em abstinência de álcool e de masturbação. As primeiras duas semanas foram horríveis, com mudanças repentinas de humor. Foi muito duro. Passei noites sem dormir e às vezes acordava suando frio. Às vezes, sem motivo, eu começava a tremer. Meu corpo inteiro tremia e eu não sabia por quê", recorda.

"Sentia uma ansiedade profunda durante interações sociais e, em outros dias, me sentia no topo do mundo e conseguia fazer qualquer coisa que quisesse."

Em meio a algumas recaídas "não muito ruins", Simmons conta que está conseguindo voltar à rotina, mas só depois de ter sua vida sexual bastante afetada.

Segundo especialista, pornografia se torna um vício quando impede as pessoas de realizar outras atividades sociais "Quando estou com alguma mulher, sinto que não fico tão excitado", diz.

"Eu não conseguia ter ereções com mulheres de verdade porque eu tinha assistido tanta pornografia. Não era mais excitante estar com uma mulher de verdade. Me sentia mal, não sabia o que havia de errado comigo. Sexualmente, não conseguia sentir nada por ninguém. Não tinha libido, minha libido parecia falsa. Eu tinha libido por pornografia, mas não por seres humanos reais."

Simmons diz que não assiste pornografia há um ano e meio, ajudado por sessões diárias de meditação. "Eu sei que tem um monte de rapazes e garotas por aí que estão sofrendo com esse problema", diz. "Com certeza muitos por aí têm um problema mas estão se escondendo, e falar sobre isso é algo que eu quero fazer porque acho necessário."

Segundo Robert Hudson, terapeuta que trata pessoas viciadas em sexo [...] diz que há alguns passos para ajudar pessoas que se identificam como viciadas em pornografia. "A primeira coisa é pedir a elas que parem de se masturbar durante 90 dias. Isso permite que o seu sistema se desacelere e pare de procurar pornografia."

"Você não está curado, mas o que isso faz é ajudá-lo a perceber que não está usando a pornografia porque tem uma ereção ou está excitado - você provavelmente usa pornografia porque está entediado, estressado ou solitário."

Fonte BBC Brasil 

O AMBIENTE DO CINEMA


Estariam corretos esses argumentos?

O argumento de que a igreja se utilizou do rádio, da TV e da internet é óbvio, porque são veículos de comunicação; no caso do cinema o filme é o veículo, mas o ambiente é o elemento perigoso.

Quando se ouve o rádio, se assiste TV ou se acessa a internet, estamos em ambientes privados; o cinema é um ambiente público, e implica em partilhar o local com práticas não usuais ao cristianismo.

Cinema, teatro, circo, danceterias são diferentes para a propagação da mensagem do evangelho; esses meios exigem ambientes que as Sagradas Escrituras declaram: 'não ande segundo o conselho dos ímpios, nem se detenha no caminho dos pecadores, nem se assente na roda dos escarnecedores' Salmo1.1(adap.)

Para princípios das Escrituras não existe evolução ou quebra de paradigmas. 

A demonização de certas práticas que depois seriam liberadas por uma evolução de pensamento, pode ocorrer na imaginação dos liberais. Não há duvidas de que se certos hábitos não existissem na vida do cristão, haveria muito maior progresso espiritual. O tempo gasto com TV e internet tira o tempo da comunhão e crescimento pessoal. Isso não quer dizer que a igreja não deveria investir no evangelismo por esses meios de comunicação. O mesmo ocorre com os filmes; mas isso não quer dizer que estamos autorizados a frequentar os ambientes.

O provérbio popular - "a culpa do assassinato não é da faca" para justificar que o ambiente do cinema é admissível, é um pensamento simplista e uma falácia. Se assim fosse o porte de 'arma branca' não seria caracterizado como perigoso. 

Usar esse argumento para o cinema é autorizar a presença de cristãos em ambientes onde tudo se pratica. O uso de drogas, prática de sexo e várias outras coisas são feitas e admitidas no ambiente escuro do cinema.

Pessoas que assistem filmes cristãos no cinema, são incentivados a ir depois até lá para assistir qualquer outro tipo de filme. 

A IASD tem incentivado a produção de filmes para alcançar cristãos de outras denominações e não-cristãos, mas isso não é uma autorização para frequentar ambientes não apropriados.

O cinema não é um ambiente apropriado para cristãos que querem "guardar-se isento da corrupção do mundo" Tiago 1.27

Artistas não ditam as doutrinas da igreja; as Sagradas Escrituras é que as definem. O Espírito Santo "deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos" Efésios 4.11 e 12; e não cabe a mais ninguém desconstruir o que já foi construído em termos de doutrina.

Permaneça isento desta corrupção mundana; mantenha-se longe do ambiente do cinema, teatro, danceterias e estádios de futebol. O que ocorre nestes ambientes não é próprio em nenhum momento.

ESTADO LAICO


O laicismo é um princípio que defende a ausência de qualquer obrigação de caráter religioso nas instituições governamentais. É uma posição que visa a laicidade, ou seja, a não intervenção da religião no Estado.

A qualidade de ser laico pressupõe a não interferência da igreja em assuntos políticos e culturais. Quando se fala em Estado laico, existe a ideia de neutralidade sobre questões religiosas.

Deve haver liberdade para os cidadãos manifestarem a sua fé religiosa, qualquer que ela seja, sem haver controle ou imposição de uma religião específica.

“As liberdades – assim mesmo no plural – continuam ser o maior desejo do ser humano. Se ontem isso significava não ser escravo ou não estar aprisionado, hoje no século 21, lembremo-nos – ser livre é exercer o direito e ser igualado pela lei no respeito e na dignidade que as diferenças contêm” Galdino, 2006.

A liberdade religiosa e de crença está prevista na Constituição Brasileira de 1946: “A fé é a matriz das convicções religiosas. Nesse terreno não se pode privar nem impor, mas respeitar e tolerar”.

A questão tem sido que os cristãos pós-modernos são intolerantes. Querem fazer uso da política e do  poder do governo para impor suas crenças.

Sofreram essa imposição no passado e agora querem impor aos outros.

Separar Igreja e Estado foi um custo muito alto; milhares de cristãos morreram como mártires até que a consciência da humanidade foi despertada e as Revoluções Francesa e Americanas fizeram a separação entre fé e política.

O que os evangélicos querem hoje, os cristãos repudiaram ontem.

Muito se fala em representatividade dos crentes nas câmaras, no senado e até na presidência, mas o que os cristãos querem lá? Impor suas doutrinas sobre o aborto, homossexualismo, descanso semanal etc.

Crenças não se impõem. Direitos e liberdade de ir e vir são princípios universais e não precisam ser impostos.

Se o estado for laico, ele irá reconhecer a liberdade do indivíduo em expressar sua fé como assim acredita.

Mas um estado religioso não irá respeitar a religião do outro.

Um estado que impõem suas crenças, estará repetindo o erro do papado medieval. Não podemos cair no erro que condenamos.

Por 1290 anos o papado governou a Europa em um estado não laico; a religiosidade deste estado continental não garantiu a moralidade, a ortodoxia ou sequer a paz. Pelo contrário foi o  pior registro de atrocidades da humanidade, superando, em muito, o Holocausto de Hitler.

O Estado Laico foi uma conquista cristã, um dom, um presente. Hoje estamos pisando este dom e trabalhando contra seus princípios.

Parafraseando Augustus Nicodemos – “Vou votar e, no que puder, contribuir para que meu pais tenha um governo bom, que proteja os cidadãos de bem, puna os malfeitores e promova o desenvolvimento da sociedade. Mas a igreja de Cristo sempre sobreviveu mesmo debaixo dos piores regimes. O PT é fichinha perto do Império romano”.

A igreja sobreviveu  por séculos sem representatividade ou  manejos políticos. Foi quando sofreu a ajuda do Imperador Constantino que as coisas desandaram para a apostasia.

Usar a política para garantir que nossas crenças sejam respeitadas e adotadas é uma heresia. Nossa vida e testemunho deve ser o elemento transformador na sociedade.

No entanto, estado laico "não significa silenciar os cristãos" - Ronaldo Oliveira, pastor adventista da Associação Paulistana.

Afinal, a política não irá mudar as pessoas; o que muda a vida das pessoas é outro poder.

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA - O Mais Sagrado Direito do Homem


Foi o desejo de liberdade de consciência que inspirou os peregrinos a enfrentar os perigos da longa jornada através do mar, a suportar as agruras e riscos das selvas e lançar, com a bênção de Deus, nas praias da América do Norte, o fundamento de uma poderosa nação. Entretanto, sinceros e tementes a Deus como eram, os peregrinos não compreendiam ainda o grande princípio da liberdade religiosa. A liberdade, por cuja obtenção tanto se haviam sacrificado, não estavam igualmente dispostos a conceder a outros. "Muito poucos, mesmo dentre os mais eminentes pensadores e moralistas do século XVII, tinham exata concepção do grandioso princípio - emanado do Novo Testamento - que reconhece a Deus como único juiz da fé humana." - Martyn. 

    A doutrina de que Deus confiara à igreja o direito de reger a consciência e de definir e punir a heresia, é um dos erros papais mais profundamente arraigados. Conquanto os reformadores rejeitassem o credo de Roma, não estavam inteiramente livres de seu espírito de intolerância. As densas trevas em que, através dos longos séculos de domínio, havia o papado envolvido a cristandade inteira, não tinham sido mesmo então completamente dissipadas. Disse um dos principais ministros da colônia da Baía de Massachusetts: "Foi a tolerância que tornou o mundo anticristão; e a igreja nunca sofreu dano com a punição dos hereges." - Martyn. 

Foi adotado pelos colonos o regulamento de que apenas membros da igreja poderiam ter voz ativa no governo civil. Formou-se uma espécie de Estado eclesiástico, exigindo-se de todo o povo que contribuísse para o sustento do clero, concedendo-se aos magistrados autorização para suprimir a heresia. Assim, o poder secular encontrava-se nas mãos da igreja. Não levou muito tempo para que estas medidas tivessem o resultado inevitável: a perseguição. 

    Onze anos depois do estabelecimento da primeira colônia, Roger Williams veio ao Novo Mundo. Semelhantemente aos primeiros peregrinos, viera para gozar de liberdade religiosa; mas, divergindo deles, viu (o que tão poucos em seu tempo já haviam visto) que esta liberdade é direito inalienável de todos, seja qual for o credo professado. E era ele fervoroso inquiridor da verdade, sustentando, juntamente com Robinson, ser impossível que toda a luz da Palavra de Deus já houvesse sido recebida. Williams "foi a primeira pessoa da cristandade moderna a estabelecer o governo civil sobre a doutrina da liberdade de consciência, da igualdade de opiniões perante a lei".

Bancroft declarou ser o dever do magistrado restringir o crime, mas nunca dominar a consciência. "O público ou os magistrados podem decidir", disse, "o que é devido de homem para homem; mas, quando tentam prescrever os deveres do homem para com Deus, estão fora de seu lugar, e não poderá haver segurança; pois é claro que, se o magistrado tem esse poder, pode decretar um conjunto de opiniões ou crenças hoje e outro amanhã, como tem sido feito na Inglaterra por diferentes reis e rainhas, e por diferentes papas e concílios na Igreja Romana, de maneira que semelhante crença degeneraria em acervo de confusão." - Martyn. 

    A assistência aos cultos da igreja oficial era exigida sob pena de multa ou prisão. "Williams reprovou a lei; o pior regulamento do Código inglês era o que tornava obrigatória a assistência à igreja da paróquia. Obrigar os homens a unirem-se aos de credo diferente, considerava ele como flagrante violação de seus direitos naturais; arrastar ao culto público os irreligiosos e os que não queriam, apenas se assemelhava a exigir a hipocrisia. ... "Ninguém deveria ser obrigado a fazer culto", acrescentava ele, "ou custear um culto, contra a sua vontade." "Pois quê?" exclamavam seus antagonistas, aterrados com os seus dogmas, "não é o obreiro digno de seu salário?" "Sim", replicou ele, "dos que o assalariam."" - Bancroft. 

    Roger Williams era respeitado e amado como ministro fiel e homem de raros dons, de inflexível integridade e verdadeira benevolência; contudo, sua inabalável negação do direito dos magistrados civis à autoridade sobre a igreja, e sua petição de liberdade religiosa, não podiam ser toleradas. A aplicação desta nova doutrina, dizia-se insistentemente, "subverteria o fundamento do Estado e do governo do país". - Bancroft. Foi sentenciado a ser banido das colônias, e finalmente, para evitar a prisão, obrigado a fugir para a floresta virgem, debaixo do frio e das tempestades do inverno. 
    "Durante catorze semanas", diz ele, "fui dolorosamente torturado pelas inclemências do tempo, sem saber o que era pão ou cama. Mas os corvos me alimentaram no deserto". E uma árvore oca muitas vezes lhe serviu de abrigo. - Martyn. 

Assim continuou a penosa fuga através da neve e das florestas, até que encontrou refúgio numa tribo indígena, cuja confiança e afeição conquistara enquanto se esforçava por lhes ensinar as verdades do evangelho.

    Tomando finalmente, depois de meses de sofrimentos e vagueações, rumo às praias da Baía de Narragansett, lançou ali os fundamentos do primeiro Estado dos tempos modernos que, no mais amplo sentido, reconheceu o direito da liberdade religiosa.

    O princípio fundamental da colônia de Roger Williams era "que todo homem teria liberdade para adorar a Deus segundo os ditames de sua própria consciência". - Martyn. Seu pequeno Estado - Rhode Island - tornou-se o refúgio dos oprimidos, e cresceu e prosperou até que seus princípios básicos - a liberdade civil e religiosa - se tornaram as pedras angulares da República Americana.

    No grandioso e antigo documento que aqueles homens estabeleceram como a carta de seus direitos - a Declaração de Independência - afirmavam: "Consideramos como verdade evidente que todas as pessoas foram criadas iguais; que foram dotadas por seu Criador de certos direitos inalienáveis, encontrando-se entre estes a vida, a liberdade e a busca da felicidade." 

E a Constituição garante, nos termos mais explícitos, a inviolabilidade da consciência: "Nenhum requisito religioso jamais se exigirá como qualificação para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos." "O Congresso não fará nenhuma lei que estabeleça uma religião ou proíba seu livre exercício."

    "Os elaboradores da Constituição reconheceram o eterno princípio de que a relação do homem para com o seu Deus está acima de legislação humana, e de que seus direitos de consciência são inalienáveis. Não foi necessário o raciocínio para estabelecer esta verdade; temos consciência dela em nosso próprio íntimo. É essa consciência que, em desafio às leis humanas, tem sustentado tantos mártires nas torturas e nas chamas. Sentiam que seu dever para com Deus era superior às ordenanças humanas, e que nenhum homem poderia exercer autoridade sobre sua consciência. É um princípio inato que nada pode desarraigar." - Documentos do Congresso (Estados Unidos da América do Norte).

    Espalhando-se pelos países da Europa a notícia de uma terra onde todo homem gozava o fruto de seu próprio trabalho, obedecendo às convicções de sua consciência, milhares se concentraram nas praias do Novo Mundo. Multiplicaram-se rapidamente as colônias. "Massachusetts, em virtude de lei especial, estendia cordiais boas-vindas e auxílio, à expensa pública, aos cristãos de qualquer nacionalidade que fugissem através do Atlântico "para escaparem de guerras ou fome, ou da opressão de seus perseguidores". Assim os fugitivos e opressos pela lei se faziam hóspedes da comunidade pública." - Martyn. Vinte anos depois do primeiro embarque de Plymouth, outros tantos milhares de peregrinos se tinham estabelecido na Nova Inglaterra.

    A fim de assegurarem o objetivo que procuravam, "contentavam-se com ganhar parca subsistência, por uma vida de frugalidade e labuta. Nada pediam do solo senão o razoável produto de seu próprio labor. Nenhuma visão dourada projetava falsa luz sobre seu caminho. ... Estavam contentes com o progresso vagaroso mas firme de sua política social. Suportavam pacientemente as privações do sertão, regando a árvore da liberdade com lágrimas e com o suor de seu rosto, até deitar ela profundas raízes na terra".

    A Escritura Sagrada era tida como fundamento da fé, a fonte da sabedoria e a carta da liberdade. Seus princípios eram diligentemente ensinados no lar, na escola e na igreja, e seus frutos se faziam manifestos na economia, inteligência, pureza e temperança. Poderia alguém morar durante anos nas colônias dos puritanos, "e não ver um bêbado nem ouvir uma imprecação ou encontrar um mendigo". - Bancroft. Estava demonstrado que os princípios da Bíblia constituem a mais segura salvaguarda da grandeza nacional. As fracas e isoladas colônias desenvolveram-se em confederação de poderosos Estados, e o mundo notava com admiração a paz e prosperidade de "uma igreja sem papa e um Estado sem rei".

    Mas as praias da América do Norte atraíam um número de imigrantes sempre maior, em que atuavam motivos grandemente diversos dos que nortearam os primeiros peregrinos. Conquanto a fé e a pureza primitiva exercessem ampla e modeladora influência, veio a tornar-se cada vez menor ao aumentar o número dos que buscavam unicamente vantagens seculares.

    O regulamento adotado pelos primeiros colonos, permitindo apenas a membros da igreja votar ou ocupar cargos no governo civil, teve os mais perniciosos resultados. Esta medida fora aceita como meio para preservar a pureza do Estado, mas resultou na corrupção da igreja. Estipulando-se o professar religião como condição para o sufrágio e para o exercício de cargos públicos, muitos, influenciados apenas por motivos de conveniência mundana, uniram-se à igreja sem mudança de coração. 

Assim as igrejas vieram a compor-se, em considerável proporção, de pessoas não convertidas; e mesmo no ministério havia os que não somente mantinham erros de doutrinas, mas que eram ignorantes acerca do poder renovador do Espírito Santo. Assim novamente se demonstraram os maus resultados, tantas vezes testemunhados na história da igreja, desde os dias de Constantino até ao presente, de procurar edificar a igreja com o auxílio do Estado, apelando para o poder temporal em apoio do evangelho dAquele que declarou: "Meu reino não é deste mundo." João 18:36. A união da Igreja com o Estado, não importa quão fraca possa ser, conquanto pareça levar o mundo mais perto da igreja, não leva, em realidade, senão a igreja mais perto do mundo.

    O grande princípio tão nobremente advogado por Robinson e Rogério Williams, de que a verdade é progressiva, de que os cristãos devem estar prontos para aceitar toda a luz que resplandecer da santa Palavra de Deus, foi perdido de vista por seus descendentes. As igrejas protestantes da América do Norte, assim como as da Europa, tão altamente favorecidas pelo recebimento das bênçãos da Reforma, deixaram de prosseguir na senda que se haviam traçado. Posto que de tempos em tempos surgissem alguns homens fiéis, a fim de proclamar novas verdades e denunciar erros longamente acariciados, a maioria, como os judeus do tempo de Cristo ou os romanistas do tempo de Lutero, contentava-se em crer como creram seus pais, e viver como eles viveram. 

Portanto, a religião degenerou novamente em formalismo; e erros e superstições que, houvesse a igreja continuado a andar à luz da Palavra de Deus, teriam sido repudiados, foram acalentados e retidos. Destarte, o espírito que fora inspirado pela Reforma, foi gradualmente arrefecendo até haver quase tão grande necessidade de reforma nas igrejas protestantes como na igreja romana ao tempo de Lutero. Havia o mesmo mundanismo e apatia espiritual, idêntica reverência às opiniões de homens, e substituição dos ensinos da Palavra de Deus pelas teorias humanas.

    A ampla circulação da Escritura Sagrada nos princípios do século XIX, e a grande luz assim derramada sobre o mundo, não foram seguidas de um correspondente progresso no conhecimento da verdade revelada e na piedade prática. Satanás não pôde, como nos séculos anteriores, privar o povo da Palavra de Deus; esta foi posta ao alcance de todos; com o intuito porém, de ainda cumprir seu objetivo, levou muitos a tê-la em pouca conta. Os homens negligenciavam pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas interpretações e acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.


    Vendo o malogro de seus esforços em aniquilar a verdade pela perseguição, Satanás de novo recorreu ao plano de condescendência, que deu como resultado a grande apostasia e a formação da Igreja de Roma. Induziu os cristãos a se aliarem, não com os pagãos, mas com os que, por seu apego às coisas deste mundo, tinham demonstrado ser tão verdadeiramente idólatras como o eram os adoradores de imagens de escultura. 

E os resultados desta união não foram menos perniciosos então do que nos séculos anteriores; o orgulho e a extravagância eram incentivados sob o disfarce de religião, e as igrejas se tornaram corruptas. Satanás continuou a perverter as doutrinas da Escritura Sagrada, e tradições que deveriam fazer a ruína de milhões estavam a deitar profundas raízes. A igreja mantinha e defendia essas tradições, em vez de contender pela "fé que uma vez foi dada aos santos". Assim se degradaram os princípios por que os reformadores tanto haviam realizado e sofrido.

O Grande Conflito; pags 201-208.